Mais de 1.600 operacionais combatiam às 22:30 de hoje os incêndios na Covilhã e Oliveira do Hospital, os dois fogos ativos em Portugal continental que mobilizavam um maior número de meios, segundo a Proteção Civil.
De acordo com a informação disponível às 22:30 no `site` da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o incêndio que deflagrou no sábado na localidade de Garrocho (Covilhã), mobilizava 1.293 operacionais, apoiados por 403 viaturas.
O fogo que começou no concelho da Covilhã e que se estendeu a Manteigas, já passou para os concelhos da Guarda e Gouveia (distrito da Guarda).
Segundo um balanço realizado ao início da noite pelo comandante Operacional Regional de Lisboa e Vale do Tejo, a situação "mantém-se complicada e difícil" e o objetivo dos operacionais no terreno "é tirar força à cabeça do incêndio".
Durante o período da tarde, o incêndio obrigou à "evacuação de um parque campismo no concelho de Manteigas", numa atitude que o comandante operacional de Lisboa e Vale do Tejo considera de proatividade do município, "garantindo a segurança das pessoas".
Na conferência de imprensa, o comandante disse que estiveram no combate os meios aéreos disponíveis.
"Gostaríamos de ter muito mais. Os Canadair estiveram inoperacionais durante todo o dia", salientou.
Em Meruge, concelho de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, o incêndio que teve início às 14:59 de hoje mobilizava, às 22:30, 344 bombeiros, com o apoio de 99 meios terrestres.
Durante a tarde, o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, José Francisco Rolo, explicou à Lusa que o fogo tinha duas frentes ativas, uma em direção a Seia e outra em direção a Viseu.
De acordo com o autarca, as chamas lavravam numa zona de "povoamento disperso e de quintas" e o vento era fator de preocupação.
No total, nos oito incêndios ativos em Portugal continental, estavam mobilizados 1.701 operacionais, com 514 viaturas.
Já nos 21 fogos em conclusão ou extintos, concentravam-se no terreno 334 operacionais, apoiados por 93 viaturas.
Cerca de 80 concelhos do interior Norte e Centro e norte Alentejo estão hoje em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
De acordo com a informação disponível no `site` do IPMA, as concelhos que estão sob risco máximo localizam-se nos distritos de Bragança, Vila Real, Braga, Porto, Coimbra, Guarda, Viseu, Castelo Branco, Santarém e Portalegre.
O IPMA colocou também em risco muito elevado de incêndio rural mais de 50 municípios dos distritos Viana do Castelo, Vila Real, Braga, Porto, Aveiro, Viseu, Coimbra, Leiria, Santarém, Guarda, Castelo Branco, Portalegre e Faro.