Mais de 1600 alunos entram no Ensino Superior na terceira fase

por RTP
Rafael Marchante - Reuters

Na terceira fase de acesso, foram 1.602 os alunos que conseguiram garantir a entrada no Ensino Superior público, perfazendo um total de 46.544 novos alunos nas universidades e politécnicos portugueses no conjunto das três fases.

Os resultados da terceira fase divulgados esta sexta-feira mostram um decréscimo no número de vagas que ficaram por preencher no final das colocações em relação ao ano passado. A Direção-Geral do Ensino Superior destaca em comunicado que “a existência de 2.569 vagas sobrantes representa um decréscimo de 26% face ao ano anterior, quando haviam sobrado 3.483 vagas”.

Para esta fase, em que as instituições de ensino decidiram disponibilizar 3.502 vagas – mais 655 vagas libertadas por candidatos colocados e matriculados numa fase anterior - apresentaram-se a concurso 4230 candidatos, dos quais 89 não tinham concorrido previamente e 1591 que, tendo sido candidatos numa fase anterior, não foram colocados.

No entanto, segundo o relatório do gabinete do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, grande parte dos alunos candidatos nesta terceira fase tinham sido colocados numa fase anterior, sendo que 1.977 chegaram a fazer matrícula numa instituição de Ensino Superior e 573 tinham sido colocados, mas não se matricularam.

Para estes alunos que agora conseguiram entrada no Ensino Superior, o período de matrículas e inscrições irá decorrer entre 13 e 19 de outubro.
91,6 por cento de ocupação
Concluídas todas as fases do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, quase 47 mil novos estudantes carimbaram o passaporte de entrada nas universidades e politécnicos portugueses, 59 por cento que deram entrada no ensino universitário e 41 por cento no ensino politécnico.

Quanto à taxa de ocupação no final da terceira fase, as universidades contam com uma taxa de ocupação de 97,9 por cento, enquanto os institutos politécnicos registam 83,6 por cento de taxa de ocupação.

De acordo com a opção de cada instituição, nem todas as vagas sobrantes da segunda fase foram colocadas a concurso nesta terceira fase.

Em média, entre Universidades e Politécnicos, 91,6 por cento das vagas dos dois subsistemas foram ocupadas. No ano passado, foram preenchidas 89,5 por cento das vagas no fim das três fases de concurso.

Com os diversos concursos especiais e regimes especiais, consideradas todas as vias possíveis de ingresso, o número de novos alunos no presente ano letivo ultrapasse os 73 mil.
Interior com menos procura
Segundo os dados disponibilizados pela Direção-Geral do Ensino Superior, vários cursos preencheram na totalidade o número de vagas que tinham sido disponibilizadas no início de setembro, por altura da 1ª fase de colocação. Destaque para os cursos nas áreas das Humanidades Matemática e Estatística, Serviços de Transporte, Informação e Jornalismo, Direito ou Saúde ou Ciências Físicas, todas com uma taxa de colocação superior a 90 por cento.

As áreas com menos colocações são sobretudo os cursos de Proteção do Ambiente, Indústrias Transformadoras, Serviços de Segurança ou Arquitetura e Engenharia.

Em relação às Universidades e Politécnicos, as primeiras apresentam percentagens mais elevadas de colocação. A tendência é de ocupação praticamente total nas Universidades das grandes cidades do país, entre elas a Universidade de Aveiro, a Universidade de Coimbra, a Universidade Nova de Lisboa, a Universidade do Minho, a Universidade de Lisboa a Universidade do Porto.

Quanto aos politécnicos, a ocupação é menos expressiva, sendo que vários institutos ultrapassam a marca dos 90 por cento. Aqui, regista-se a mesma tendência verificada nas Universidades: nos politécnicos, as maiores taxas de ocupação verificam-se nas grandes cidades.

Destaque para a ocupação completa ou quase completa na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, o Instituto Politécnico de Lisboa e o Instituto Politécnico do Porto.

Com níveis de ocupação mais reduzidos ficaram os Politécnicos nas regiões do Interior, nomeadamente os Institutos Politécnicos de Tomar, Viseu, Portalegre ou de Viseu.
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