Nos últimos 44 anos morreram em serviço 254 bombeiros, incluindo os quatro que morreram nos últimos três dias no combate aos incêndios florestais, segundo a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).
Os dados enviados à Lusa indicam que o ano com o maior número de bombeiros mortos foi em 1985, com 19 óbitos, dos quais 14 ocorreram num incêndio em Armamar, no distrito de Viseu.
Em sentido contrário, a LBP refere que, nas últimas quatro décadas, 2019 foi o único ano de exceção, não tendo contabilizado qualquer morte.
Desde janeiro deste ano até agora já foram registadas cinco mortes, das quais quatro aconteceram entre domingo e hoje.
Três bombeiros da corporação de Vila Nova de Oliveirinha (Tábua) morreram hoje num incêndio em Nelas, distrito de Viseu.
Antes, no domingo, um bombeiro da corporação de São Mamede de Infesta (Matosinhos) havia sido vítima de morte súbita, na pausa para refeição no combate que travava contra o incêndio que lavra na freguesia de Pinheiro da Bemposta, concelho de Oliveira de Azeméis.
De acordo com a LBP, além de 1985, foram contados mais seis anos com o número de mortes a ultrapassar a casa dos dois dígitos.
Em 1986 e 2005 foram assinalados 16 óbitos e em 1996 registados 13, enquanto em 1989, 1998 e 2013 contabilizados 10.
A LBP acrescenta que em 1995 foram registados nove mortos, em 2007 e 2020 oito, em 1990, 1994, 1997, 1999, 2000, 2006 e 2010 sete, em 1991, 2011 e 2012 seis, em 1980, 1981, 1982 e 1992 cinco, em 1988, 2003 e 2009 quatro, em 1984, 2008, 2017 e 2022 três, em 2002, 2004, 2014, 2015, 2016, 2018 e 2021 dois e em 1983, 1987, 1993, 2001 e 2023 um.