A Ministra da Administração Interna garantiu aos jornalistas que não vai apresentar a demissão, já que este não é o momento de se demitir, mas sim a de ação.
"Não é numa altura difícil que as pessoas abandonam o barco", reiterou a ministra da Administração Interna, dizendo que a demissão seria "o mais fácil" para ela. "Isso resolvia o problema, senhora jornalista? Não, não ia resolver o problema. Portanto, o que temos de ter aqui é ações", refere Constança Urbano de Sousa.
Há "problemas estruturais pela frente que é necessário resolver", destacou, afirmando que esta foi "uma situação absolutamente extraordinária".
"Tivemos muitas ocorrências, imensas ignições que não surgem do nada", afirmou, considerando que não foram necessariamente provocadas por mão criminosa mas por "mão negligente".
Constança Urbano de Sousa indicou que há "pessoas que fazem queimadas quando é absolutamente proibido fazê-las, depois fogem do controlo, o país está em seca extrema" e houve "ventos fortíssimos, muito por influência do furacão Ofélia", que passou junto aos Açores.
Às famílias das vítimas mortais, que já ascendem a 31, enviou "uma palavra de pesar e de condolência" e estendeu solidariedade "aos operacionais que têm estado e continuam a estar no terreno".
Questionada sobre o que está a falhar para se repetirem incêndios desta dimensão e gravidade, afirmou que é algo que já "falha há muito tempo, a prevenção estrutural".
É preciso "tirar lições no que diz respeito à preparação do sistema de Proteção Civil", defendeu, indicando que a profissionalização dos bombeiros é "uma das conclusões muito fortes" a tirar.