Entrevistado no Telejornal, o ministro da Administração Interna respondeu às críticas sobre a alegada de falta de meios nos primeiros instantes do combate às chamas em Vila de Rei e na Sertã, antes da propagação a Mação, no passado sábado. "Tivemos cinco incêndios que começaram à mesma hora", acrescentou.
"Três desses incêndios assumiram dimensão significativa e um deles, o que se iniciou em Vila de Rei, teve uma evolução extremamente rápida, como que com a forma de um charuto, ao longo de 21 quilómetros durante as primeiras 12 horas", prosseguiu Eduardo Cabrita, que recusou a ideia de que o incêndio tenha ficado sem controlo.
Confrontado com as críticas dos autarcas relativas aos meios destacados para a região, o ministro disse que os presidentes de câmara "são parceiros fundamentais e são os primeiros responsáveis da Proteção Civil nos seus municípios".
"A Câmara da Sertã e a Câmara de Vila de Rei ativaram imediatamente os planos municipais de emergência, prestaram todo o apoio logístico àquilo que foram as operações de uma operação de Proteção Civil de grande dimensão, que envolveu mais de mil operacionais", insistiu.
"O senhor presidente da Câmara de Mação, com quem estive hoje à tarde, vejo com desgosto que - aquilo que julgava ser uma perturbação motivada pela tensão da ocorrência que estava a passar-se no seu concelho - optou por não promover a ativação do Plano Municipal de Emergência, não dar qualquer cooperação ao esforço de Proteção Civil e ser verdadeiramente um comentador televisivo", redarguiu o titular da pasta da Administração Interna, referindo-se a Vasco Estrela.
Eduardo Cabrita retomou ainda a afirmação de que corresponde a "demagogia" sugerir que o país não terá mais incêndios de grandes proporções.