Terminaram esta quinta-feira as buscas na barragem do Arade, em Silves, relacionadas com o desaparecimento de Madeleine McCann. Ao fim de três dias - mais um do que inicialmente previsto -, os meios começaram a desmobilizar. Não são ainda conhecidas as conclusões desta investigação, levada a cabo por autoridades alemãs, britânicas e portuguesas.
Segundo a PJ, “salvaguardados que foram os interesses da investigação ainda em curso em Portugal, o material recolhido será entregue às autoridades alemãs”, que solicitaram as buscas na barragem do Arade.
Os investigadores regressaram esta manhã ao terreno, acompanhados por sapadores florestais munidos de equipamentos para limpar zonas de mato numa das margens da bacia da barragem do Arade.
Durante a manhã e início da tarde, as buscas decorreram com movimentações no terreno de várias equipas de operacionais, acompanhados por investigadores das polícias portuguesa, britânica e germânica.
Por fim, começaram a ser desmobilizados os meios logísticos e materiais instalados tanto na base das operações, como nas zonas onde foram realizados os trabalhos, circulando também entre os jornalistas a informação do término da investigação no local.
Na estrada junto à área onde estão concentrados os jornalistas, foi visível a saída de carros dos sapadores a transportar as máquinas que estiveram envolvidas, nos três dias, nos trabalhos de desmatação e limpeza, assim como de viaturas com vários elementos da PJ, GNR e Proteção Civil.
Buscas ao fim de 16 anos
Madeleine McCann desapareceu em 2007, num aldeamento turístico na Praia da Luz, no concelho de Lagos, onde estava a passar férias com os pais e os irmãos, a cerca de 50 quilómetros da barragem do Arade.
As buscas foram solicitadas pelas autoridades alemãs, que suspeitam do envolvimento de um cidadão alemão no desaparecimento da criança, e que alegadamente frequentava aquele local na barragem do Arade, no concelho de Silves, no distrito de Faro.
O homem, Christian Brückner, foi detido na Alemanha por um crime de violação.
A realização das atuais buscas, 16 anos após o desaparecimento da menina britânica, foi acompanhada pela Polícia Metropolitana de Londres e pela Polícia Judiciária, com o apoio da Guarda Nacional Republicana, Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e Bombeiros Voluntários de Silves.
c/ Lusa