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Lisboa exige operacionalidade de hospitais em caso de sismo

por Lusa
Lisboa requer um plano de operacionalidade em caso de sismo D.R. - Frank Eiffert on Unsplash

A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou uma moção do PSD para propor ao Governo que altere o projeto dos hospitais a construir, em particular o previsto em Marvila, para garantir a operacionalidade em caso de sismo.

"Porque as obras não começaram, entendemos que ainda é possível proceder à revisão do projeto do novo Hospital de Todos os Santos (a construir na freguesia lisboeta de Marvila), bem como de outras estruturas hospitalares a implementar no futuro, nas mesmas condições, com a introdução no mesmo das técnicas implícitas ao conceito de isolamento de base", afirmou o deputado municipal do PSD Francisco Domingues.

A moção do PSD para a operacionalidade dos hospitais em caso de sismo foi aprovada por maioria, com a abstenção do PS e os votos a favor dos restantes deputados municipais.

As técnicas de isolamento de base na construção de equipamentos como hospitais "são de grande importância para todos aqueles que residem, trabalham ou visitam a cidade de Lisboa, para que estejam mais protegidos em caso de ocorrência de um sismo", apontou o social-democrata.

Francisco Domingues disse que vários especialistas alertaram para a problemática decorrente do projeto base do futuro Hospital de Todos os Santos, a construir na freguesia de Marvila, "que será garantidamente de grande importância no socorro aos feridos decorrentes de um eventual abalo sismo e de tal projeto não ter contemplado o isolamento base, ou seja, um sistema de fundações com pilares móveis que, na prática, quase separam as fundações do edifício das deslocações do solo".

O deputado do PSD sublinhou o histórico de Portugal em termos de ocorrências sísmicas, em que se destaca o terramoto de Lisboa em 1755, que provocou a destruição quase completa da cidade e que causou milhares de vítimas mortais, e lembrou os recentes sismos na Turquia e na Síria.

"É de capital importância, obviamente, tentar minimizar ao máximo o número de vítimas através da prevenção do colapso de edifícios e outras estruturas (...), bem como garantir que estruturas estratégicas se mantenham operacionais, como sejam hospitais, quartéis de bombeiros, centros operacionais da proteção civil, esquadras de polícia e de outras forças de segurança e outras estruturas utilizadas por agentes de proteção civil", declarou.

Antes da votação desta moção, coincidentemente, a assembleia fez um simulacro de sismo e incêndio, o que obrigou à interrupção da reunião.

 

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