O projecto insere-se num programa internacional da American Cancer Society, que na Primavera passada contactou a LPCC para dinamizar a iniciativa em Portugal e tentar estender a sua acção à Europa, disse à Agência Lusa Ana Cavaleiro Ferreira, coordenadora de "Um Dia pela Vida".

A escolha incidiu em Coruche por ser uma comunidade pequena, próxima de Lisboa, e porque tem "a pessoa certa, que vestiu a camisola e agarrou o projecto de alma e coração", a voluntária Rita Teles Branco, disse Ana Ferreira, sublinhando ainda o apoio da câmara municipal e de toda a comunidade, "que está a apoiar o projecto de forma extraordinária".

A iniciativa centra-se tem num caminho (uma pista) que é simbolicamente aberto, na primeira volta, por pessoas que sobreviveram ao cancro e vai ser percorrido ao longo de todo o dia por vários grupos de pessoas, num "movimento que faz pensar 24 horas por dia, porque quem luta contra o cancro o faz 24 horas por dia 365 dias por ano", afirmou a coordenadora do projecto.

Durante todo o dia, pelo palco que vai ser montado no interior de uma tenda com mil metros quadrados, passarão artistas famosos e outros desconhecidos (principalmente locais) e testemunhos de sobreviventes.

Haverá também jogos, gincanas, insufláveis, tasquinhas que acolherão desde restaurantes da zona até vendas, por exemplo de velharias, num dia de "animação, mas também de coragem e de ajuda", acrescentou.

Segundo disse, a Liga tenciona realizar mais três acções em 2005, no Norte, no Centro e no Sul do país, mas as localidades não estão ainda escolhidas, havendo sempre a preocupação que projecto envolva toda uma comunidade "porque a prevenção contra o cancro é uma luta de todos".

Como exemplo do impacto que estas acções têm nas localidades onde se desenvolvem, Ana Cavaleiro Ferreira referiu que as escolas do concelho de Coruche escolheram este ano para tema da Área de Projecto a prevenção contra o cancro.

"Só por isto já teria valido a pena", afirmou.

Ana Cavaleiro Ferreira lembrou que a LPCC desenvolve já um importante trabalho ao nível da prevenção, tendo a circular pelo país várias unidades móveis que fazem rastreio, principalmente do cancro da mama, um dos que se forem detectados muito cedo têm resolução, mas também da pele, além dos grupos de trabalho, constituídos por jovens voluntários, que estão a percorrer as escolas do país numa campanha anti-tabaco.

"Fazemos uma grande aposta na prevenção, porque, quando detectado numa fase inicial, o cancro tem cura", frisou.