Kits distribuídos não são para proteção individual, explica Proteção Civil

por RTP

Na sequência da notícia sobre as golas de proteção de fumo serem inflamáveis, a Proteção Civil diz que estes materiais são distribuídos para divulgação. A 2.ª Comandante Operacional Nacional da Proteção Civil esclarece esta questão à RTP.

Patrícia Gaspar começa por explicar que, após os incêndios de 2017, tornou-se fundamental capacitar as populações para se protegerem dos incêndios.

O programa "Aldeia Segura, Pessoas Seguras" foi criado, em 2018, com o objetivo de sensibilizar e prevenir as pessoas para os riscos em caso de incêndio, em aldeias em risco, e capacitá-las no sentido de reforçar a sua segurança.

O kit de emergência foi distribuído através dos comandos distritais às populações das aldeias que já implementaram este programa. Relativamente às golas antifumo, Patrícia Gaspar diz que "servem, sobretudo, (...) como algo que pode ser usado" em momentos "rápidos" e pontuais, caso as pessoas necessitem de sair de casa para fugir de um incêndio.

No entanto, a 2.º comandante Operacional da Proteção Civil explica que em nenhum momento se identificou este material como material de proteção individual. "Este equipamento, ou equipamento semelhante a este, é fundamental para uma proteção" imediata e pontual em situação de incêndio, mas não para fazer face a uma situação de fogo.

"O nosso objetivo foi, sobretudo, chegar ao maior número de pessoas (...). É, sobretudo, uma campanha de formação e sensibilização".

Este equipamento, explica, serve apenas para uma proteção temporária e rápida, não para enfrentar um incêndio florestal, tendo sido distribuído para divulgação.
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