Foto: Jonathan Ernst - Reuters
Quatro jovens investigadoras recebem hoje as Medalhas de Honra L'Oréal 2019 - Mulheres na Ciência - por estudos relacionados com bactérias resistentes, distrofia muscular, células imunitárias e tratamento de esgotos industriais com microalgas.
Cada uma é reconhecida com um prémio individual de 15 mil euros.
Quais os Mecanismos que desencadeiam as distrofias musculares congénitas, em particular a merosina-negativa (MDC1A), uma doença sem cura e que é muitas vezes letal?
É a questão colocada por Ana Rita Carlos, 34 anos, do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Ana Rita Carlos
Como é que a desregulação do "relógio biológico" afecta as células linfóides inatas do tipo 2, impedindo-as de manter a saúde e a função de órgãos essenciais como os rins?
É a pergunta de partida para a investigação de Cristina Godinho-Silva, 33 anos, da Fundação Champalimaud.
Cristina Godinho-Silva
Como melhorar a eficácia dos bacteriófagos no combate à Pseudomonas aeruginosa, uma bactéria resistente a antibióticos, associada a graves infecções hospitalares e a elevada mortalidade?
É o tema em análise por parte de Diana Priscila Pires, 32 anos, do Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho.
Diana Priscila Pires
Serão as microalgas capazes de assimilar o azoto e o fósforo que subsistem nos efluentes industriais mesmo depois de tratados? E como pode a sua biomassa ser valorizada em novas aplicações?
São as questões para as quais Ana Luísa Gonçalves procura dar resposta nesta investigação. Com 30 anos, é investigadora no Laboratório de Engenharia de Processos, Ambiente, Biotecnologia e Energia (LEPABE) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
Ana Luísa Gonçalves
As reportagens são dos jornalistas Marta Pacheco e Luís Peixoto, e contaram ainda com a colaboração da jornalista Ana Gonçalves.