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Jovem acusado de preparar atentado enfrenta primeiro interrogatório

por RTP

Foto: Facebook - Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Vai ser ouvido, esta sexta-feira em tribunal, o jovem de dezoito anos, detido pela Polícia Judiciária, que estaria a planear para hoje mesmo um atentado na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

O suspeito é um estudante português de engenharia informática, que teria como alvo os colegas da faculdade e que foi detido.

O suspeito do ataque terrorista programado para hoje na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e travado pela Polícia Judiciária na quinta-feira, é hoje ouvido em primeiro interrogatório judicial.

Em comunicado com o título "Impedida ação terrorista", a PJ diz que a investigação que levou à detenção foi desencadeada "por suspeitas de atentado dirigido a estudantes universitários da Universidade de Lisboa".

Através da Unidade Nacional Contraterrorismo, a PJ encetou na quinta-feira de manhã a operação, cumprindo mandados de busca domiciliária.

Fonte ligada ao processo disse entretanto que o alerta para o atentado terrorista foi dado pelo FBI, unidade de polícia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

A mesma fonte confirmou que o detido tem nacionalidade portuguesa e que o ataque estava previsto para esta sexta-feira.

No entanto, a fonte adiantou que seria um atentado a título individual e não teria por detrás a ação de um grupo.

Referiu ainda que relativamente a esta cooperação entre as polícias dos vários países no combate ao terrorismo tem levado os Estados Unidos, na sequência dos atentados do 11 de setembro de 2001, a "fazerem um varrimento regular transversal da `dark net` e de `sites` considerados perigosos, o que tem permitido antecipar atentados terroristas".

Segundo o comunicado da PJ, foram apreendidos "vastos elementos de prova, que confirmariam as suspeitas iniciais".

Além de armas proibidas foram apreendidos outros artigos, "suscetíveis de serem usados na prática de crimes violentos" e vasta documentação, "além um plano escrito com os detalhes da ação criminal a desencadear".

O arguido, detido em flagrante pela posse das armas, está também indiciado pela prática do crime de terrorismo.

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