Foto: António Cotrim - Lusa
O ativista e rapper Luaty Beirão afirmou quarta-feira, em Luanda, que a justiça angolana de que Isabel dos Santos se queixa é uma herança do pai, o ex-Presidente, José Eduardo dos Santos.
A empresária, cujos esquemas financeiros suspeitos foram expostos numa mega investigação jornalística conhecida como Luanda Leaks, queixa-se de ser vítima de perseguição judicial para ser neutralizada politicamente e alega não ter tido oportunidade de se defender nem ter sido ouvida antes de lhe serem arrestados os bens.
O ativista sublinhou que não defende uma justiça seletiva ou parcial e por isso os documentos vindos a público, através do Luanda Leaks ajudam a desmistificar "as bazófias" que Isabel dos Santos insiste em partilhar nas suas entrevistas.
"Ela insiste sempre que é uma perseguição política, uma caça às bruxas e que não vai ter um julgamento justo. Eu não posso dizer que sim, não confio ainda plenamente, quero acreditar que estaremos lá, mas seria falso se dissesse que o sistema de justiça já é plenamente confiável", admitiu o músico.
"Ela insiste sempre que é uma perseguição política, uma caça às bruxas e que não vai ter um julgamento justo. Eu não posso dizer que sim, não confio ainda plenamente, quero acreditar que estaremos lá, mas seria falso se dissesse que o sistema de justiça já é plenamente confiável", admitiu o músico.
Luaty Beirão falava à margem do colóquio "Juventude em Ação", promovido esta quarta-feira, em Luanda, pelo Centro de Estudos para a Boa Governação.
Questionado sobre se Isabel dos Santos deverá responder sobre as suspeitas perante a justiça angolana e se a família dos Santos tem condições para receber um tratamento justo, disse: "Se não for, a culpa é deles, porque foram eles que criaram este sistema de justiça no qual ninguém confia".
Questionado sobre se Isabel dos Santos deverá responder sobre as suspeitas perante a justiça angolana e se a família dos Santos tem condições para receber um tratamento justo, disse: "Se não for, a culpa é deles, porque foram eles que criaram este sistema de justiça no qual ninguém confia".
c/ Lusa