São 20 enfermeiros, 13 médicos, dez técnicos superiores, quatro assistentes e três auxiliares. Mal acabou o estado de emergência, saíram para o setor privado.
À rádio TSF, o IPO de Lisboa admite que é a falta de enfermeiros que está a travar a entrada em funcionamento das novas salas do bloco operatório. “A resposta do IPO, neste momento e de imediato, não está comprometida”, diz João Oliveira.
“Conseguimos continuar a trabalhar como até aqui. O que está comprometida é a capacidade de intensificar a nossa atividade, o que é absolutamente necessário, sobretudo em termos quantitativos porque há listas de espera para recuperar”, afirma.
“Eu não tenho dúvida que o Ministério da Saúde está firmemente empenhado, a par dos hospitais e centros de saúde (…) mas existe esta obsessão do défice que faz com que o Ministério das Finanças restrinja as autorizações com alguma desconfiança em relação ao sistema de saúde, que podia ser mais eficaz se tivesse mais agilidade na contratação”, acrescenta João Oliveira.
O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, admite que esta situação se poderá alargar a outras unidades do país. Com o fim do estado de emergência, terminou a obrigatoriedade de permanecer no Serviço Nacional de Saúde. O bastonário diz que os profissionais estão descontentes e é necessário melhorar as condições de trabalho.
Ao mesmo tempo, um aumento da autonomia dos hospitais poderia ser benéfica. Miguel Guimarães reitera que a obsessão com os números e com o défice continua presente. O bastonário dá como exemplo o tempo da pandemia, em que as unidades trabalham com mais autonomia.
Ao mesmo tempo, um aumento da autonomia dos hospitais poderia ser benéfica. Miguel Guimarães reitera que a obsessão com os números e com o défice continua presente. O bastonário dá como exemplo o tempo da pandemia, em que as unidades trabalham com mais autonomia.