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Intervenção de Bordalo II. SSI diz que responsabilidade é do "empreiteiro da obra" e empresa privada de segurança

por RTP
Imagem: Bordalo II (Instagram)

Em comunicado, o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna reagiu esta sexta-feira à ação levada a cabo pelo artista plástico Bordalo II no altar-palco no Parque Tejo, em Lisboa, num dos espaços onde irá decorrer a Jornada Mundial da Juventude na próxima semana.

O responsável adianta que a responsabilidade de vigilância daquela área é da PSP, mas que, uma vez que ainda decorrem “trabalhos de construção na zona do palco”, o espaço “ainda não é considerado um espaço público”. 

Assim, a responsabilidade é "do empreiteiro da obra, bem como da empresa privada contratada para o serviço de segurança", considera o secretário-geral do SSI.

"Nesta fase, o fluxo de construção obriga à entrada e saída de muitos funcionários nas diferentes áreas do recinto", acrescenta em comunicado.

Adianta ainda que o plano setorial de segurança do Parque Tejo "só será colocado em vigor a partir do momento em que a obra estiver concluída".

O secretário-geral do Sistema de Segurança Interna sublinha também que "será efetuada uma vistoria aos recintos por parte da PSP" antes dos eventos da próxima semana e logo após a implementação do plano setorial de segurança.

Estes recintos "só serão abertos após confirmação de que reúnem as condições necessárias de segurança", lê-se no comunicado enviado às redações.

"O SSI encontra-se a acompanhar de perto a situação e a articular com a PSP as medidas necessárias a acautelar a segurança do recinto", conclui ainda o SSI.

Na quinta-feira, o artista plástico português Bordalo II partilhou a intervenção "Walk of Shame" (Passadeira da Vergonha) com representações de notas de 500 euros no altar-palco do Parque Tejo, em Lisboa.

O objetivo do artista foi criticar os gastos com a Jornada Mundial da Juventude. 

Em declarações à RTP, Bordalo II diz que não faltou ao respeito ao Vaticano ou aos crentes, mas que quis apenas chamar a atenção para o investimento de muitos milhões de euros no evento.

Esta sexta-feira, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, considerou que é importante que todos sejam ouvidos e que este tipo de protesto "faz parte da participação nas jornadas".

Questionado pelos jornalistas sobre a ação de Bordalo II, realçou que a intervenção partiu de um artista "que todos nós conhecemos" e que até tem colaborado com a autarquia.

"Deixaram entrar por ser um artista conhecido", concluiu ainda Carlos Moedas, realçando que se tratou de "uma brincadeira".
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