Interrupção da gravidez. ERS comprovou violação da lei em várias unidades

por RTP

A Entidade Reguladora da Saúde comprovou a existência de obstáculos à interrupção voluntária da gravidez no Serviço Nacional de Saúde.

Apurou que no final de fevereiro, 15 em 29 unidades hospitalares não realizavam o procedimento e apenas 13 garantiam encaminhamento atempado.

Ao nível dos Cuidados de Saúde Primários, nenhum dos 55 agrupamentos de centros de saúde fazia abortos e apenas cinco realizavam consultas prévias.

O regulador constatou ainda violações dos tempos de reflexão e atendimento, principalmente em Lisboa e Vale do Tejo, e que não existe um registo completo e atualizado dos profissionais de saúde objetores de consciência.

Garante por isso a atuação da entidade para o cumprimento da lei, por parte das unidades incumpridoras.

No ano passado foram realizadas 15.600 interrupções voluntárias da gravidez nas dez primeiras semanas de gestação.

Trata-se de um aumento de 15% face a 2021, com mais recurso a unidades privadas.
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