Instaladas 60% das novas paragens em Lisboa. Iluminação vai ser colocada se for "insuficiente"

por Gonçalo Costa Martins - Antena 1
Foto: Andreia Martins - RTP

Até ao dia 5 de julho, foram instaladas 1.169 abrigos entre os 2.000 previstos nas paragens dos transportes públicos, revelou a Câmara de Lisboa à Antena 1.

Esse número representa quase 60% do total, ainda longe do fim e sem datas. Em resposta ao início da tarde a questões colocadas pela rádio pública na segunda-feira, a autarquia reconhece que a substituição dos abrigos antigos resultam numa "intervenção profunda" e com "impacto significativo no espaço público da cidade".

Tem sido necessário fazer cortes de ramal e coordenar as obras com várias entidades, mas a Câmara Municipal garante são aplicadas medidas para reduzir o impacto das obras.

Sobre as críticas aos novos abrigos, em que os passageiros têm falado dos bancos altos, da falta de iluminação e de proteção contra a chuva, o executivo diz apenas que vai pedir à empresa responsável, a JCDecaux, que corrija erros identificados.

"Em caso de inconformidades na instalação dos equipamentos, o concessionário é notificado para a correção necessária. O contrato também obriga o concessionário a cumprir a legislação de acessibilidade e a corrigir todas as situações não conformes", afirma à Antena 1.
Iluminação "adicional" se outras forem "insuficientes"
A Câmara de Lisboa já tinha prometido agir quanto à iluminação. Na reunião do executivo municipal no dia 26 de junho, o presidente Carlos Moedas disse que a JCDecaux teria de “acarretar com esse custo”, reconhecendo que a empresa "não se tem portado bem" com as obras e acenava com multas ou processos na justiça.

Agora, em resposta à Antena 1, a autarquia insiste que a iluminação será acrescentada pela empresa, embora não explique a forma como isso será feito.

"Em locais onde a iluminação proporcionada pelo painel publicitário e pela iluminação pública existentes no local seja insuficiente, a concessionária colocará iluminação adicional", refere, algo a que a JCDecaux não se opõe, apurou a rádio pública.

Foi em 2022 que entrou em vigor o contrato de 15 anos da Câmara Municipal de Lisboa para a empresa JCDecaux renovar o mobiliário urbano da cidade. Além da colocação de mupis (painéis publicitários) e de casas de banho públicas, está prevista a colocação de dois mil abrigos nas paragens de transporte público.

Desse número, cerca de 1.760 são renovações de abrigos já existentes - o objetivo era uniformizar paragens que tinham vários estilos - e cerca de 240 abrigos são novos, em locais onde antes não existiam.

A Câmara "tudo fará para garantir que este processo seja realizado de forma contínua, melhorando o espaço público com novos abrigos e funcionalidades", sublinhando que existiam equipamentos urbanos "que se encontravam, em muitos casos, degradados".

(artigo publicado originalmente no dia 10 de Julho de 2024, às 17:38, com atualização posterior para indicar a posição da JCDecaux)
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