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Incêndios em Portugal. A situação ao minuto

INEM tem apenas um helicóptero de emergência a operar 24 horas por dia

por RTP

Em comunicado enviado à comunicação social, o INEM destaca que a aeronave acidentada em Mondim de Basto deveria ter sido substituída num prazo de 24 horas, mas que até ao momento tal "não ocorreu". A Avincis adianta que a aeronave de reserva está em "manutenção programada".

"O contrato de locação de meios aéreos e aquisição de serviços de operação, gestão da aeronavegabilidade permanente e manutenção das aeronaves, estabelecido com o operador Avincis, prevê que a aeronave seja substituída num prazo de 24 horas. Até ao momento, esta substituição ainda não ocorreu", lê-se na nota. 

Mais de um dia após o acidente em Mondim de Basto, o INEM afirma que está "em contacto permanente com a empresa para que o serviço possa ser reposto com a maior brevidade possível".

Caso não seja possível assegurar de imediato a substituição da aeronave, o INEM pede para que se assegure "a colocação de equipas de pilotos em Viseu, por forma a operacionalizar o funcionamento daquele Helicóptero no período noturno", pedido para o qual ainda aguarda resposta.

Em resposta, a Avincis adianta que a aeronave de reserva do mesmo modelo, o AW139, "encontra-se em manutenção programada".

"Estamos a procurar concluir esses trabalhos tão rápido quanto seja possível, tendo em conta que a segurança é a nossa principal prioridade", acrescenta o comunicado.

"Permanece, contudo, em operação um outro helicóptero AW139, além de dois AW109", adianta a Avincis.

Só dois helicópteros do país trabalham durante o dia e durante a noite. Agora, depois do acidente em Mondim de Basto, na segunda-feira, há apenas um aparelho a trabalhar 24 horas por dia em todo o país.

Esse helicóptero está baseado em Loulé e é o único que está em condições de voar 24 horas por dia. O que sofreu o acidente na segunda-feira também voava por 24 horas/dia e estava sediado em Macedo de Cavaleiros.

Há ainda dois helicópteros com base em Viseu e em Évora, mas só trabalham 12 horas diurnas.

Em declarações à RTP esta terça-feira, o presidente da Associação Nacional Técnica de Emergência Médica, Paulo Paço, destacava que a situação já era complicada mesmo antes do acidente com um helicóptero em Mondim de Basto.

Paulo Paço, presidente da Associação Nacional Técnica de Emergência Médica, destaca que o país tinha quatro helicópteros disponíveis durante as 24 horas do dia, mas que a situação foi alterada após o estabelecimento de um novo protocolo com a Avincis.
De acordo com o responsável, é pago um valor "exponencialmente" superior ao que era pago anteriormente, mas o serviço foi reduzido de quatro para duas aeronaves a operar durante 24 horas em todo o país.

A situação "coloca em causa um socorro atempado a todas as vítimas em qualquer ponto do país".
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