Ao final da tarde desta quarta-feira, o dispositivo de combate enfrentava dezenas de incêndios ativos. Foi declarada a situação de calamidade nos concelhos afetados. Acompanhamos aqui, ao minuto, o evoluir da situação.
Ao final da tarde desta quarta-feira, o dispositivo de combate enfrentava dezenas de incêndios ativos. Foi declarada a situação de calamidade nos concelhos afetados. Acompanhamos aqui, ao minuto, o evoluir da situação.
Foto: António Antunes - RTP
Oitenta por cento da zona ardida em Vila Pouca de Aguiar está já extinta. Os bombeiros estão agora a resolver a única frente ainda ativa que deverá entrar em rescaldo ainda esta noite.
Depois de três dias a lavrar, o incêndio em Águeda foi dado como dominado. O autarca deu conta da situação e criticou ainda os que ateiam fogos, aproveitando situações climáticas complicadas. A solidariedade das populações foi elogiada.
Mais de 4.900 operacionais, apoiados por 1.500 meios terrestres continuavam às 00:00 de hoje a combater 129 fogos em Portugal continental, de acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Às 00:00 de hoje estavam ativos 129 incêndios no território continental que eram combatidos por 4.987 operacionais, segundo a informação disponível na página oficial da ANEPC na Internet.
Os fogos que lavram há vários dias no distrito de Aveiro continuam a ser os que mobilizam mais operacionais e meios.
Em Sever do Vouga, mantinham-se ativos dois incêndios.
O fogo que deflagrou às 02:17 de domingo estava a ser combatido por 575 operacionais, apoiados por 177 meios terrestres. Já o que teve início pelas 15:00 do mesmo dia mobilizava 397 operacionais, apoiados por 116 veículos.
Não muito longe, em Albergaria-a-Velha, a resolução do incêndio que deflagrou às 07:20 de segunda-feira mobilizava 136 operacionais, assistidos por 42 meios terrestres.
Também os trabalhos de resolução do incêndio que deflagrou no domingo, pelas 15:00, no concelho de Oliveira de Azeméis, mobilizava 417 operacionais, apoiados por 148 veículos.
Em Arouca, o incêndio, que se alastrou na madrugada de terça-feira a partir de Castro Daire, no distrito de Viseu, e rapidamente gerou três frente ativas, estava a ser combatido por 177 operacionais, apoiados de 52 viaturas.
No distrito de Viseu são três os fogos que mobilizam mais operacionais e meios.
Em Castro Daire, mantinham-se ativos dois incêndios, sendo que o que começou pelas 21:30 de segunda-feira em Mões mobilizava 462 operacionais, assistidos por 148 meios terrestres. O que deflagrou terça-feira ao 12:45 em Pinheiro mobilizava 154 operacionais e 48 viaturas.
O fogo de Penalva do Castelo, que deflagrou às 00:15 de segunda-feira, era combatido por 306 operacionais, apoiados por 78 veículos.
O fogo que lavra em Nelas desde as 11:53 de segunda-feira era combatido por 171 operacionais, apoiados por 48 veículos.
Mais a Norte, no distrito do Porto, o incêndio que deflagrou pelas 12:00 de terça-feira em Santo Tirso e que está em resolução mobiliza 83 operacionais e 27 veículos.
Ainda no Porto, o fogo que começou em Amarante pelas 02:55 de terça-feira, mobilizava 102 operacionais, apoiados por 35 veículos.
O fogo que lavra em Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real, desde as 07:36 de segunda-feira mobilizava 75 operacionais e 25 meios terrestres nos trabalhos de resolução.
Ainda em Vila Real, o incêndio que lavra desde as 19:00 de terça-feira em Alijó mobilizava 109 operacionais, apoiados por 37 meios terrestres e os trabalhos de resolução do incêndio que deflagrou às 16:00 de segunda-feira em Chaves mobilizavam 43 operacionais e 17 viaturas.
Sete pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas nos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, já arderam perto de 76 mil hectares.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabilizava, às 19:30 de quarta-feira, 34 incêndios ativos, sendo que destes 18 assumiam uma dimensão "significativa" e mobilizavam mais meios. No combate a estes 18 incêndios estavam envolvidos 2.434 operacionais, apoiados por 734 meios terrestres e 23 meios aéreos.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.
Em Sever do Vouga, há instantes, o jornalista Paulo Rolão registou os esforços dos bombeiros para evitarem que o fogo chegue às habitações da freguesia de Silva Escura.
Em Castro Daire a situação continua complicada, com o vento a dificultar a luta contra as chamas.
A atuação de oito aviões ajudou a acalmar o incêndio que estava a causar mais preocupações em Vila Pouca de Aguiar, onde outros três fogos entraram em resolução, disse hoje o comandante sub-regional do Alto Tâmega.
"Neste momento, a situação está mais calma. Foi muito importante termos aqui a utilização dos `canadairs` que nos vieram dar uma ajuda importante, tínhamos uma frente com muita atividade que podia colocar em risco a vila de Vidago (Chaves)", afirmou Artur Mota.
Os oito aviões, que chegaram a Portugal ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, atuaram depois das 18:30 no incêndio de Sabroso de Aguiar, onde o fogo lavrava com intensidade numa área de pinhal e se encaminhava para a zona de Vidago, já no concelho de Chaves.
No total foram realizadas 24 descargas de água.
"Estiveram em trabalho até à ultima, fizeram aqui as últimas descargas enquanto tinham autonomia e depois regressaram às bases", apontou Artur Mota.
O responsável explicou que as descargas foram mais eficazes na parte superior, onde o terreno era mais plano e onde os aviões conseguiram fazer uma aproximação. "Onde fizeram as descargas, foram 100% eficazes", salientou.
No resto da área onde descarregaram, explicou, permitiu arrefecer o combustível e possibilitou a colocação de um grupo de operacionais, com ferramentas manuais, para consolidação do resto deste incêndio que estava a causar preocupações.
O responsável disse que cerca de 80% deste fogo está dominado e, segundo adiantou, os restantes três incêndios que lavravam no concelho entraram em fase de resolução.
A noite será passada em trabalhos de consolidação e rescaldo. Pelos quatro incêndios no concelho estão espalhados cerca de 130 homens.
"Sempre atentos, porque temos muitas aldeias ali pelo meio e não podemos estar a descurar, mas durante a noite vamos ter uma situação muito mais calma", anteviu.
Com as condições meteorológicas mais favoráveis durante a noite, com menos vento, baixas temperaturas e alguma humidade, vai ser possível, frisou, dar algum descanso aos operacionais para que, na quinta-feira, estejam preparados para possíveis reativações.
O alerta para o primeiro incêndio em Vila Pouca de Aguiar foi dado pelas 07:30 de segunda-feira e a situação foi-se agravando ao longo do dia, com as chamas a manterem-se ativas até hoje.
Sete pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas nos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, já arderam perto de 76 mil hectares.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabilizava, às 19:30 de quarta-feira, 34 incêndios ativos, sendo que destes 18 assumiam uma dimensão "significativa" e mobilizavam mais meios. No combate a estes 18 incêndios estavam envolvidos 2.434 operacionais, apoiados por 734 meios terrestres e 23 meios aéreos.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.
Pedro Lopes, especialista em Segurança de incêndios, considera que as medidas que deveriam ter sido adotadas para evitar incêndios florestais ficaram por aplicar. "A floresta está bem pior do que estava em 2017 nas mesmas zonas que arderam nessa altura", considerou em entrevista ao Telejornal da RTP.
A Polícia Judiciária e a Guarda Nacional Republicana detiveram desde o início do ano, 71 pessoas suspeitas de atear fogos florestais. Há 58 incendiários nas cadeias, mais 16 estão ainda em prisão preventiva.
Foto: António Antunes - RTP
Já começou o levantamento dos prejuízos nos municípios mais atingidos pelos incêndios. O ministro da Coesão Territorial esteve reunido com autarcas do norte e do centro e prometeu apoios "muito brevemente" mas com fiscalização nos apoios públicos.
Espanha enviou 248 militares e 82 meios para combater incêndios em Portugal. A ajuda dos espanhóis tem sido imprescindível. O exército português também está no terreno.
Mantém-se o risco máximo de incêndio em Portugal mas alguns dos mais graves parecem agora começar a diminuir de intensidade. Os incêndios de Gondomar estão finalmente em resolução, depois de 24 horas muito difíceis.
Foto: Nuno Miguel Fernandes - RTP
Desde domingo já arderam mais de 106 mil hectares em Portugal continental. É o equivalente a dez vezes a cidade de Lisboa. Na última década, só a destruição dos incêndios de 2017 supera o deste ano. A maior mancha negra dos últimos dias está na região centro.
Os incêndios destruíram dezenas de casas. Há desalojados e empresas completamente arrasadas pelo fogo. Quem ficou sem nada pede apoios rápidos ao Estado.
Em Gondomar, arderam anexos, carros e terrenos. A RTP falou com um morador que conseguiu defender das chamas uma casa construída há pouco mais de um mês.
Em Castro Daire ainda não se espera uma noite tranquila. Os bombeiros estão a tentar dominar o fogo, apesar do vento que se sente na região.
Em Cabeço do Cão, no concelho de Águeda, os meios aéreos fizeram toda a diferença para apagar as chamas. Durante a tarde, este incêndio ameaçou várias habitações.
Em Águeda, o incêndio na serra Cabeço do Cão continua a lavrar. Durante o dia ameaçou aldeias, mas agora já não há habitações em perigo.
O meios aéreos foram decisivos no combate ao fogo em Castro Daire e São Pedro do Sul. A noite que passou foi de grande sobressalto e apesar da melhoria do combate às chamas, as populações destas regiões continuam preocupadas.
Profundamente consternada com fogos florestais. Solidária com comunidades atingidas e heróica acção bombeiros.
— Elisa Ferreira (@ElisaFerreiraEC) September 18, 2024
UE coordenou já envio meios aéreos para ajudar debelar situação.
Portugal poderá também recorrer ao Fundo Solidariedade 🇪🇺para ajudar reconstrução das áreas afectadas. pic.twitter.com/hM2EnRhKSb
Mantém-se o risco máximo de incêndio em Portugal mas alguns dos incêndios mais graves parecem agora começar a diminuir de intensidade. No concelho de Arouca a situação ainda é preocupante com três frentes de fogo ativas.
Uma reativação com alguma intensidade hoje no Alto de Fiães, Alijó, está a ser combatida por 112 operacionais com o apoio de 33 viaturas, disse o segundo comandante sub-regional do Douro da Proteção Civil.
O fogo deflagrou pelas 18:00 de terça-feira, esteve em resolução e reativou durante a tarde na zona do Alto de Fiães, freguesia de Vilar de Maçada, no concelho de Alijó.
José Requeijo disse à agência Lusa que os operacionais estão a ser posicionados e que o incêndio tem duas frentes ativas, mas "a ceder aos trabalho dos meios terrestres".
"Não temos, para já, habitações em perigo, arde mato e pinhal, os trabalhos estão a decorrer favoravelmente para as equipas que estão no terreno", afirmou o comandante.
Sete pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas nos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, já arderam 47.376 hectares.
Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), hoje pelas 11:00, estavam em curso 38 incêndios, dos quais 15 eram considerados ocorrências significativas que envolviam mais de 3.000 operacionais, apoiados por cerca de mil meios terrestres e 25 meios aéreos.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e alargou até quinta-feira a situação de alerta, face às previsões meteorológicas.
Setenta e quatro pessoas estão atualmente presas ou detidas em prisões do país à ordem de processos por crimes de incêndios florestais, informou hoje a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).
Em resposta à agência Lusa, a DGRSP especificou que, entre este total, existem no sistema prisional 58 reclusos condenados e 16 outros preventivos a aguardar julgamento.
A Polícia Judiciária (PJ) disse na segunda-feira que já deteve pelo menos 29 pessoas por suspeitas de incêndio florestal em 2024, num registo próximo daquele que foi alcançado no mesmo período do ano passado.
De acordo com as informações facultadas à Lusa, os dados consolidados da PJ indicam 20 detidos até ao final de agosto, tendo entretanto o órgão de polícia criminal divulgado em setembro pelo menos outros nove comunicados de detenções de suspeitos pelo crime de incêndio florestal, em localidades tão diversas como Alvaiázere, Condeixa-a-Nova, Montalegre, Braga, Mondim de Basto, Loures, Tabuaço, Murça ou Vila Nova de Gaia.
Os 29 detidos até à data ficam abaixo das 35 detenções efetuadas pela PJ por suspeitas de incêndio florestal entre janeiro e setembro de 2023, mas ainda restam cerca de duas semanas até ao final do mês, pelo que o número de detidos pode subir e alcançar o registo de 2023.
Nos últimos dias, fortes incêndios estão a afetar o centro e norte do país, a GNR já informou da detenção de pelo menos sete pessoas suspeitas de terem ateado fogos florestais naquelas zonas e a PSP anunciou hoje a detenção de um homem por provocar um pequeno incêndio junto à estação de Metro de Matosinhos, Porto.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabilizou cinco mortos nos incêndios, não juntando as duas pessoas que morreram de morte súbita durante os fogos.
Cerca 120 pessoas ficaram feridas, das quais 10 em estado grave, devido aos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões norte e centro, já arderam perto de 76 mil hectares.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.
Hoje, às 13:30, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registava 127 ocorrências, envolvendo mais de 5.400 operacionais, apoiados por 1.700 meios terrestres e 25 meios aéreos.
Foto: Miguel A. Lopes - Lusa
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse esta quarta-feira estar a acompanhar a situação dos fogos em Portugal com muita atenção e vinculou esse cenário ao agravamento da crise climática.
Um homem de 41 anos foi hoje detido por suspeita de ter ateado um incêndio com um isqueiro em terrenos junto à estação do metro Fonte do Cuco, em Matosinhos, disse hoje a PSP.
Em comunicado, a PSP refere que o suspeito estava na estação de metro, dirigiu-se para a vedação que divide o cais com os terrenos ali existentes, baixou-se e provocou a ignição de um foco de incêndio naquele local.
"Populares que se encontravam na estação de imediato acorreram ao local, munindo-se de garrafas de água e envidando esforços conjuntos conseguiram a extinção do foco de incêndio", afirma, acrescentando que o homem, "verificando a pronta intervenção das pessoas e a sua indignação, fugiu" a pé pela linha do metro em direção a Custóias.
Os seguranças do metro, que transmitiram à PSP a informação, conseguiram intercetar o suspeito na estação de Custóias.
A PSP, que já tinha sido acionada, "chegou momentos após, procedendo à detenção" do homem, desempregado e residente na Maia.
O detido será presente às autoridades judiciárias na quinta-feira.
O incêndio que começou na segunda-feira em Paços de Ferreira e passou para Santo Tirso "está dominado" e pelas 18:50 de hoje decorriam operações de rescaldo e vigilância, disse fonte dos bombeiros.
À Lusa, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, Pedro Santos, adiantou que todas as pessoas que tinham sido retiradas de casa por precaução já regressaram a casa.
"Ainda há cerca de uma hora fizemos o retorno de uma pessoa à sua habitação", adiantou.
No terreno, e segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, estão 84 operacionais, apoiados por 28 viaturas.
À Lusa, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, Pedro Santos, explicou que o fogo que lavra "em vários pontos do concelho, com "várias frentes ativas", teve início no município vizinho de Paços de Ferreira, distrito do Porto.
"Neste momento temos uma das frentes dominadas, mas há várias frentes. A situação começa a ficar mais tranquila, a previsão é que o vento diminua [de intensidade] nas próximas horas e esperamos, com isso, que o fogo nos dê algumas tréguas", disse pelas 11:00, adiantando que no terreno estavam 102 operacionais, apoiados por 32 viaturas e um meio aéreo.
Segundo aquele operacional, "durante esta madrugada houve casas em risco, foram evacuadas por precaução".
Fonte da autarquia disse à Lusa que a maioria das pessoas retiradas esta madrugada de casa são idoso que, contudo, já regressaram às suas habitações esta manhã.
Sete pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas nos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, já arderam 47.376 hectares.
O presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, confirmou hoje que o incêndio que lavra naquele concelho desde segunda-feira "está dominado" e em resolução, esperando-se que o rescaldo seja feito "nas próximas horas".
"Neste momento o incêndio está dominado, tecnicamente em resolução. Entrará, nas próximas horas, na fase de rescaldo se não houver surpresas entretanto", disse à Lusa pelas 17:50 o também presidente da Comissão Distrital da Proteção Civil do Porto.
O incêndio em Gondomar deflagrou na segunda-feira e atingiu as zonas de Medas, Jovim, Jancido (Foz do Sousa) e Melres, bem como em Gens.
"O incêndio foi cedendo sobretudo devido à inexistência de vento durante o dia e, entretanto, devido ao reforço de meios aéreos", acrescentou.
Marco Martins disse ainda esperar que o rescaldo "durante o dia de amanhã [quinta-feira] possa ficar concluído", caso não haja más surpresas durante a noite.
"Vamos ver. Não se podem criar demasiadas expectativas. Vamos estar vigilantes e aguardar", concluiu.
Pelas 15:20, já tinha sido dado pela Proteção Civil como em resolução, algo agora confirmado pelo presidente da autarquia.
À hora do almoço, a Câmara de Gondomar tinha informado que dos quatro focos de incêndio a lavrar desde segunda-feira no concelho apenas um, em Medas, continuava ativo, estando as outras três frentes, Jovim, Jancido e Melres, a ceder aos meios.
No total, há a registar oito bombeiros feridos, seis na segunda-feira, dia em que deflagrou o incêndio, e dois na terça-feira, um deles em estado grave, que continua hospitalizado.
Ainda segundo os dados disponibilizados, "não há desalojados nem perdas de primeiras habitações".
"Contudo, há registo de danos em estruturas anexas e armazéns de apoio e em duas oficinas, em Jovim", acrescenta.
Foram realizadas evacuações preventivas em Covelo, Jancido (Foz do Sousa), e Branzelo (Melres).
Ao início da manhã, em declarações aos jornalistas, o presidente da autarquia, Marco Martins, apelou às autoridades para que disponibilizassem mais meios para o combate ao incêndio, afirmando que já não havia bombeiros para substituir os que estavam "exaustos no terreno".
"A noite foi terrível, as populações foram inexcedíveis e os bombeiros foram incansáveis, mas é um dia que começa dramático", sobretudo na zona sul do concelho, em Medas.
Sete pessoas morreram e cerca 120 ficaram feridas, das quais 10 em estado grave, devido aos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu, que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, já arderam perto de 76 mil hectares.
Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), hoje pelas 12:00, estavam em curso 44 incêndios, dos quais 23 eram considerados ocorrências significativas, que envolviam mais de 3.000 operacionais, apoiados por perto de mil meios terrestres e 19 meios aéreos.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e alargou até quinta-feira a situação de alerta, face às previsões meteorológicas.
Cerca de 340 hectares do concelho de Oliveira do Hospital foram destruídos pelas chamas no sábado, faltando ainda contabilizar a área ardida na terça-feira, revelou hoje o presidente da Câmara Municipal, José Francisco Rolo.
Em declarações à agência Lusa, o autarca de Oliveira do Hospital explicou que em menos de oito horas foram consumidos cerca de 340 hectares do seu concelho, depois do incêndio de Seia ter atravessado de Paranhos para Seixo da Beira.
"Agora falta contabilizar a área ardida durante o dia de ontem [terça-feira]. Já está a ser feito o levantamento da área ardida e dos danos", informou.
De acordo com José Francisco Rolo, o incêndio que atingiu o concelho na terça-feira ficou resolvido durante a manhã de hoje, vivendo-se agora "um momento estável e controlado".
"Não há nenhum incêndio ativo no concelho. Está tudo tranquilo, mas em vigilância e alerta permanente, depois de Oliveira do Hospital ter estado cercada pelas chamas", evidenciou.
O autarca recordou que na terça-feira tiveram "a norte um fogo a cercar Oliveira do Hospital do lado de Nelas e outro na zona das Caldas da Felgueira, também do lado de Nelas".
"As chamas também nos cercaram do lado de Oliveira do Conde, concelho de Carregal do Sal, e ainda do lado do concelho de Tábua", acrescentou.
À Lusa, disse ainda que durante a madrugada de hoje, por volta das 01:30, registou-se mais uma ocorrência entre Lagares da Beira e Meruge que, atendendo à hora e ao facto de a zona "estar tranquila", "levanta suspeitas de fogo posto".
"Depois de dias com grande preocupação, com o concelho de Oliveira do Hospital cercado por várias ocorrências de grande dimensão, felizmente conseguimos acorrer com meios. Deixo uma palavra de reconhecimento e apreço ao esforço e organização dos bombeiros e a boa coordenação de meios", concluiu.
Sete pessoas morreram e cerca 120 ficaram feridas, das quais 10 em estado grave, devido aos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu, que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, já arderam perto de 76 mil hectares.
Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), hoje pelas 12:00, estavam em curso 44 incêndios, dos quais 23 eram considerados ocorrências significativas, que envolviam mais de 3.000 operacionais, apoiados por perto de mil meios terrestres e 19 meios aéreos.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e alargou até quinta-feira a situação de alerta, face às previsões meteorológicas.
António Guterres não tem dúvidas que os incêndios em Portugal estão diretamente relacionados com o agravamento da crise climática e das alterações climáticas.
Foto: António Cotrim - Lusa
O presidente do Chega anunciou esta quarta-feira o adiamento da manifestação convocada pelo partido contra a "imigração descontrolada" e "pela segurança", inicialmente prevista para este sábado, para o dia 29 de setembro, em Lisboa.
Uma mulher de 47 anos ficou hoje em prisão preventiva depois de ter sido indiciada pela prática de seis crimes de incêndio florestal agravado, no concelho de Condeixa-a-Nova, anunciou hoje o Ministério Público (MP) de Coimbra.
De acordo com a página de internet da Procuradoria da República da Comarca de Coimbra, a mulher foi hoje presente a primeiro interrogatório judicial, depois de ter sido detida fora de flagrante delito.
"Os factos considerados fortemente indiciados ocorreram nos dias 12, 13, 15 e 16 de setembro, no concelho de Condeixa-a-Nova".
Segundo o MP de Coimbra, a mulher de 47 anos terá ateado, na quinta-feira, fogo à vegetação rasteira existente junto a um caminho florestal, tendo ardido uma extensão de cerca de quatro hectares de pinhal e eucaliptal.
No dia seguinte, noutro caminho florestal, terá ateado fogo ao mato rasteiro ali existente, sendo consumida uma extensão de cerca de 42 metros quadrados de pinhal e eucaliptal.
Já no dia 15, nesse mesmo caminho florestal, "ateou fogo ao mato rasteiro", junto a um bidão que continha lixo, tendo ardido uma extensão de 32 metros quadrados de silvas e mato.
Na segunda-feira, em três momentos e locais distintos, "ateou fogo a vegetação e mato rasteiro ali existentes, o qual alastrou e provocou a deflagração de três incêndios".
"Em cada uma dessas ocasiões, a arguida abandonou os locais, onde arderam, respetivamente, cerca de 50 metros quadrados de feno, silvas e mato, 10 metros quadrados de fenos rasteiros e 1.004 metros quadrados de mato, silvas e feno", acrescentou.
No comunicado é ainda evidenciado que "apenas a rápida intervenção bombeiros permitiu evitar que os incêndios tomassem maiores dimensões".
"As condutas da arguida ocorreram em período de perigo muito elevado de incêndio florestal, face às condições climatéricas que se faziam sentir", refere.
A investigação prossegue sob a direção do Ministério Público de Coimbra do Departamento de Investigação e Ação Penal, com a coadjuvação da Diretoria do Centro da Polícia Judiciária (PJ).
O incêndio em Sabroso de Aguiar, Vila Pouca de Aguiar, está a avançar "completamente incontrolável" numa zona de pinhal, com meios insuficientes para o combate, disse o comandante dos bombeiros.
"Temos uma reativação forte em Sabroso, uma frente completamente incontrolável e não temos meios disponíveis para reforçar. O único meio de reforço que veio hoje dos bombeiros foram duas viaturas isoladas", afirmou à agência Lusa Hugo Silva.
O comandante referiu que o incêndio progride em direção a norte.
"E se isto evoluir assim até ao fim do dia vamos ter o incêndio à porta de Vidago (Chaves)", referiu ainda o responsável.
Hugo Silva reforçou que esta frente está a causar muita preocupação porque não há meios de combate.
"Nem sequer para substituir os que já andam aqui em trabalho há vários dias, nem para reforçar isto", frisou.
Ao início da tarde ainda atuaram nesta zona dois aviões, mas já não se encontram neste teatro de operações.
Para além da frente em Sabroso de Aguiar, o comandante apontou também preocupações nas frentes que se desenvolvem na zona de Soutelinho do Mezio e na Samardã.
Hugo Silva referiu que, em Vila Pouca de Aguiar, estão a operar cerca de 130 operacionais.
De Vila Pouca de Aguiar as chamas galgaram para o concelho de Vila Real, por Covelo e Samardã, onde estão hoje a atuar cerca de 100 operacionais.
O alerta para o primeiro incêndio em Vila Pouca de Aguiar foi dado pelas 07:30 de segunda-feira e a situação foi-se agravando ao longo do dia, com as chamas a manterem-se ativas até hoje.
A presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Ana Rita Dias, já disse que em apenas três das 14 freguesias do concelho não houve alerta de incêndio desde segunda-feira, antevendo prejuízos enormes na floresta e agricultura.
O presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida, apelou hoje à canalização de meios para combater o incêndio que lavra no município, alertando para o risco de as chamas passarem para os concelhos vizinhos de Anadia, Mortágua e Tondela.
"Temos um fogo que sobrou de Sever do Vouga, que entrou no nosso concelho de madrugada, em Lourizela, e que tem um potencial incrível para ser uma coisa brutal", disse à Lusa o autarca, pelas 15:30.
Jorge Almeida disse que, neste momento, há "muitos bombeiros mobilizados para o local", auxiliados por seis aviões canadair e máquinas de rasto, mas teme que isso não seja suficiente.
"Esta é a nossa janela de oportunidade para agir. Precisamos indiscutivelmente de estruturação de trabalho, de sermos eficazes (...) O dia só tem mais algumas horas e se houver o vento noturno, como foi costume, os meus prognósticos são péssimos", afirmou o autarca.
O autarca avisou que se foram ultrapassadas "determinadas margens" o fogo "vai parar muito longe e daqui a alguns dias", alertando para o risco de o incêndio galgar as fronteiras do município e passar para os concelhos de Anadia, no distrito de Aveiro, e Mortágua e Tondela, no distrito de Viseu.
"É uma mancha florestal incrível. Neste momento tenho alguns focos de incêndio às portas da cidade e estou focado numa coisa que está a mais de 20 quilómetros do centro da cidade", vincou.
Jorge Almeida criticou também a decisão do delegado de saúde local que, "de forma unilateral e sem falar com ninguém", mandou encerrar as escolas do concelho.
"Tenho as escolas fechadas e tenho um ar límpido aqui em Águeda, e tenho pessoas que estavam a trabalhar que tiveram de ir para casa cuidar dos filhos", observou.
O autarca disse ainda estar "fortemente chateado", com aquilo que disse ser "um caos", no que diz respeito à problemática dos incêndios florestais e da gestão das florestas em Portugal.
"Isto não é um problema deste ou do anterior governo. Os grandes partidos têm que se unir na criação de soluções para este tipo de problemas. É uma necessidade absoluta que temos de avançar com medidas que efetivamente mudem este estado de coisas", concluiu.
Cinco aldeias de duas freguesias de São Pedro do Sul estão isoladas devido ao incêndio que está, cerca das 15:30 de hoje, com cinco frentes ativas, disse à agência Lusa o presidente do município.
"Neste momento, temos quatro populações isoladas: as mais pequenas da freguesia de São Martinho das Moitas, uma das freguesias mais distante e pequena do concelho, e ainda a aldeia de Fujaco, na freguesia do Sul", disse à agência Lusa Vítor Figueiredo.
O autarca contabilizou que, ao todo, "devem ser um pouco mais de 20 pessoas, todas com mais de 40 anos, que estão a ser acompanhadas, da forma possível, pelas equipas de proteção civil municipal".
"Até ao momento não há informação de que haja algum problema e estamos com cinco veículos pesados no combate aos incêndios nesta zona onde as pessoas estão isoladas, ou seja, é onde estamos a fazer um reforço dos meios precisamente para que essas pessoas possam sair o mais rápido possível", sublinhou.
O autarca acrescentou que as escolas vão manter-se encerradas na quinta-feira, até porque "há várias estradas cortadas no concelho" e "há a necessidade de evitar deslocações".
O incêndio, que entrou ao início da noite de terça-feira no concelho de São Pedro do Sul, depois de ter começado em Castro, Daire "está com cinco frentes ativas e com grande intensidade, e já provocou ferimentos a um bombeiro, de Vouzela, que terá partido um pé e foi para o hospital".
Deputados e membros do Governo aplaudiram hoje, de pé, a mensagem de condolências que o presidente da Assembleia da República dirigiu aos familiares e amigos das vítimas dos mais recentes incêndios em Portugal.
A breve mensagem de José Pedro Aguiar-Branco foi transmitida logo no início da sessão plenária, em que também estavam presentes os ministros dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, e da Justiça, Rita Alarcão Júdice.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabiliza cinco mortos nos incêndios do norte e centro do país nos últimos dois dias, assim como a existência de 118 feridos, dos quais 10 em estado grave.
Na sua mensagem, o presidente da Assembleia da República salientou os momentos difíceis que se vivem em Portugal, mas acentuou que "a democracia não pode parar nem nos bons, nem, sobretudo, nos maus momentos".
"É por isso que estamos aqui todos a cumprir os nossos trabalhos. Quero uma vez mais - e julgo que o posso fazer em nome de todas e todos os senhores deputados - apresentar as nossas condolências às famílias e amigos de todos aqueles que perderam a vida na defesa dos seus bens e na defesa de todos nós. Estou certo que o seu exemplo não será esquecido", declarou José Pedro Aguiar-Branco.
A seguir, recebeu uma prolongada salva de palmas de deputados de todas as bancadas e dos dois ministros presentes na sessão plenária.
Na terça-feira, ainda antes do Conselho de Ministros extraordinário que foi presidido pelo chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, em declarações aos jornalistas, manifestou profunda consternação pelos incêndios no centro e norte do país e expressou condolências pelas vítimas mortais.
Após ter recebido em audiência na Assembleia da República o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, José Pedro Aguiar-Branco referiu que se tem assistido "com grande consternação às várias situações que têm ocorrido no país, com consequências de perdas materiais e de vidas humanas".
Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, o secretário-geral do PS disse que "há muitas perguntas a fazer" ao Governo relativamente à sua atuação nos incêndios, mas ressalvou que "este não é o momento".
O Chega e o PCP consideraram hoje que os incêndios dos últimos dias exigem solidariedade e união com as populações, e que debate sobre as causas e responsabilidades deve ficar para depois.
Em reação, na Assembleia da República, ao Conselho de Ministros extraordinário desta terça-feira sobre os incêndios, o Chega, pelo deputado Pedro Frazão, e o PCP, por António Filipe, salientaram que as medidas anunciadas pelo Governo foram positivas e as necessárias, dado o atual cenário.
Pedro Frazão considerou, porém, que o "Governo tem uma tendência para anunciar em cima do momento, e a quente, algumas medidas para tentar apaziguar a opinião pública", mas disse que o anunciado reforço da investigação dos órgãos de polícia criminal é positivo.
"No entanto, é preciso saber como é que ela [a investigação] é feita. E também aqui sublinhar que não adianta estar a reforçar a investigação de um crime que já foi cometido, se ao mesmo tempo não se fizer a prevenção desse crime. E aqui, na prevenção do crime, está exatamente tratar os incendiários como terroristas e, ao mesmo tempo, fazer toda a reforma florestal que o país necessita", defendeu.
O Chega voltou a defender um agravamento da moldura penal para incendiários, apelando que estes sejam "encarcerados" durante a época de incêndios, mas sublinhou que este é um debate que terá de ser feito posteriormente. Para o partido, não é "altura para fazer a avaliação da resposta do Governo", mas, sim, de solidariedade com a "luta nacional".
António Filipe disse que o PCP não vê "nada de criticável nos anúncios que o Governo fez", tendo em conta a gravidade da situação em vários concelhos do país.
O deputado comunista considerou ainda que o país está novamente confrontado com a "necessidade de refletir muito seriamente sobre as causas desta situação", mas que este não é o momento.
"Esse momento chegará e esse debate deve fazer-se. Agora, na situação em que estamos, o momento ainda é de mobilização de esforços para o combate aos incêndios que continuam a lavrar pelo país, de manifestar toda a nossa solidariedade às populações afetadas e a todos os que estão a combater estes incêndios", acrescentou o deputado.
Sobre as palavras do primeiro-ministro, António Filipe sublinhou que, apesar da atual situação motivar reações "muito emotivas", o "combate à criminalidade exige também a necessária serenidade".
"Não é pelo caráter mais violento ou mais ou menos contundente das palavras do primeiro-ministro que a situação se resolve. Nós temos confiança na Polícia Judiciária, nas demais forças de segurança, na GNR, enfim, nas várias forças de segurança chamadas a intervir, confiamos na sua competência", garantiu.
Momentos mais tarde, em declarações aos jornalistas no parlamento, o porta-voz do Livre Rui Tavares afirmou que este é um momento de "união e solidariedade" e que o tempo "da análise e diagnóstico terá que ser feito" num momento posterior.
O deputado defendeu que "não se apagam fogos a incendiar a opinião pública algo que algumas opiniões já têm feito, na equiparação entre incendiários e terroristas", numa crítica ao Chega, que já avançou com esta proposta, lamentando que algumas forças políticas queiram "apenas lançar a confusão" e "extrair dividendos políticos".
Sobre o aumento de molduras penais para incendiários, Tavares afirmou que "se duplicar penas fosse suficiente para diminuir o crime pela metade seria fácil".
O deputado afirmou que "pode fazer sentido" um grupo de trabalho na Assembleia da República sobre a prevenção de incêndios e alertou para a importância de uma "floresta regrada": "Sabemos que tal como a ocasião faz o ladrão, também a floresta ao Deus dará faz o incendiário".
A Proteção Civil antecipou hoje que as próximas 24 horas vão ser "muito complexas e difíceis" para os operacionais e populações afetadas pelos incêndios e não está à espera que a situação acalme nas próximas 48 horas.
"Não estamos à espera de uma acalmia nas próximas 48 horas, o que é expectável é que possam surgir janelas de oportunidade para poder começar a reverter a situação", disse aos jornalistas o comandante nacional de emergência e proteção civil.
Na conferência de imprensa realizada na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para fazer um ponto de situação dos incêndios que lavram nas regiões do norte e centro de Portugal desde domingo, André Fernandes precisou que "a situação meteorológica ainda se mantém bastante desfavorável", significando que ainda "é adversa" e que nas próximas 48 horas "o risco de incêndio não reduza significativamente".
"Mantemos este risco nas próximas 48 horas, mas em particular as próximas 24 horas vão ser muito complexas e difíceis para os bombeiros e população que está a ser afetada" pelos fogos.
Segundo o comandante nacional, os incêndios que atualmente preocupam continuam a ser os fogos do complexo da área metropolitana do Porto e da região de Aveiro, dos concelhos de Gondomar, Amarante, Baião, Vila Pouca de Aguiar e Vila Real.
André Fernandes deu conta de que, na região de Viseu, em especial no concelho de Castro Daire a situação é "muito complicada", tendo o fogo já entrado no concelho de Arouca.
Questionado sobre as queixas dos autarcas sobre a falta de meios para combater os incêndios, nomeadamente o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, André Fernandes respondeu: "a situação é complicada, há meios dispersos em vastas áreas da região norte e centro, às vezes pensamos que não temos os meios corretos para fazer face a essas solicitações. Gondomar acionou o plano municipal de proteção civil e tem o ao dispor os meios existentes e a coordenação existente no plano".
"Vamos sempre reforçando o teatro de operações após ser feita a análise e a gestão operacional", disse.
Sete pessoas morreram e cerca 120 ficaram feridas, das quais 10 em estado grave, devido aos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro ,do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu, que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.
Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, hoje pelas 12:00, estavam em curso 44 incêndios, dos quais 23 eram considerados ocorrências significativas, que envolviam mais de 3.000 operacionais, apoiados por perto de mil meios terrestres e 19 meios aéreos.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.
A TAP vai permitir que os passageiros que foram impedidos de voar a partir do Porto devido aos incêndios possam alterar os seus voos e fazê-los a partir de Lisboa, sem custo, adiantou, em comunicado.
"Todos os passageiros que foram impedidos de voar para qualquer destino servido pela TAP a partir do Porto devido aos incêndios dos últimos dias poderão também alterar os seus voos e fazê-lo a partir de Lisboa, sem qualquer custo", disse a transportadora.
A companhia disse ainda que, "já a partir de hoje e durante uma semana, quem quiser voar com a TAP entre estas duas cidades poderá fazê-lo em qualquer uma das nove ligações diárias pelo preço fixo de apenas 39 euros por percurso".
Sete pessoas morreram e cerca 120 ficaram feridas, das quais 10 em estado grave, devido aos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu, que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, já arderam perto de 76 mil hectares.
Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), hoje pelas 12:00, estavam em curso 44 incêndios, dos quais 23 eram considerados ocorrências significativas, que envolviam mais de 3.000 operacionais, apoiados por perto de mil meios terrestres e 19 meios aéreos.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e alargou até quinta-feira a situação de alerta, face às previsões meteorológicas.
O Governo espanhol enviou para Portugal 248 militares e 82 meios da Unidade Militar de Emergências (UME) para o combate aos incêndios, revelou hoje o Ministério da Defesa de Espanha.
"As unidades da UME já estão em Portugal, a colaborar na extinção dos incêndios florestais", escreveu o Ministério da Defesa de Espanha, numa publicação na rede social X.
"Com 248 militares e 82 meios, trabalham no ataque direto para defender a população", segundo a mesma publicação.
O Ministério da Administração Interna português já tinha dito à Lusa, na terça-feira à noite, que iriam chegar a Portugal, durante a última madrugada, 230 bombeiros espanhóis da UME, uma unidade militar que é ativada em casos de emergência.
Segundo o Governo espanhol, foram enviados 248 militares, em resposta a um pedido feito pela ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, aos seus homólogos de Espanha e Marrocos ao abrigo dos acordos bilaterais existentes entre Portugal e aqueles dois países.
Além dos 248 militares e 82 meios da UME, Espanha enviou para Portugal dois aviões Canadair para combater os fogos, ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
O Rei Felipe VI de Espanha manifestou na terça-feira disponibilidade de envio de mais meios para Portugal, num telefonema que fez ao Presidente da República divulgado hoje pelo Palácio de Belém.
"O monarca espanhol transmitiu ao Presidente da República a sua total solidariedade e do povo espanhol face à tragédia provocada pelos incêndios que têm lavrado na região centro de Portugal, tendo ainda manifestado disponibilidade para reforçar os apoios aéreos e outros do Estado espanhol", lê-se numa nota da Presidência da República.
Sete pessoas morreram e cerca de 120 ficaram feridas devido aos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país.
Os fogos destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus.
Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 12:00 de hoje estavam em curso 44 incêndios, 23 dos quais eram consideradas ocorrências significativas, que envolviam mais de 3.000 operacionais, apoiados por perto de mil meios terrestres e 19 meios aéreos.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e alargou até quinta-feira a situação de alerta, face às previsões meteorológicas.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões norte e centro, atingidas pelos incêndios desde o fim de semana, já arderam 75.645 hectares.
As zonas mais afetadas localizam-se nas regiões de Aveiro, Tâmega e Sousa e Viseu Dão Lafões, que totalizam 75.645 hectares de área ardida, 71% da área ardida em todo o território nacional.
De acordo com o sistema Copernicus, que recorre a imagens de satélite com resolução espacial a 20 metros e 250 metros, a contabilização do total de área ardida desde domingo chega aos 106.222 hectares, perto do dobro em relação a terça-feira, quando a área ardida ascendia aos 62.646 hectares.
No último dia, a situação agravou-se particularmente na sub-região de Viseu Dão Lafões, onde a área ardida mais que duplicou em apenas um dia, contabilizando-se agora 33.970 hectares, mais 17.098 hectares do que na terça-feira.
Na Região de Aveiro, que inclui as zonas entre Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Águeda, o sistema Copernicus contabiliza 21.964 hectares de área ardida desde segunda-feira.
Com 19.710 hectares de área ardida, desde domingo, Tâmega e Sousa segue-se entre as zonas mais afetadas, surgindo depois a Área Metropolitana do Porto, onde já arderam 13.481 hectares.
Na sub-região do Ave, arderam 9.172 hectares, contabilizando-se ainda 5.830 hectares de área ardida no Alto Tâmega.
A área ardida em Portugal continental este ano totaliza já, segundo o sistema Copernicus, 124.904 hectares consumidos por 162 incêndios significativos (com 30 hectares ou mais de área ardida) contabilizados pelo sistema europeu de observação da Terra.
Sete pessoas morreram e cerca 120 ficaram feridas, das quais 10 em estado grave, devido aos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu, que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.
Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), hoje pelas 12:00, estavam em curso 44 incêndios, dos quais 23 eram considerados ocorrências significativas, que envolviam mais de 3.000 operacionais, apoiados por perto de mil meios terrestres e 19 meios aéreos.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e alargou até quinta-feira a situação de alerta, face às previsões meteorológicas.
Dois aviões reforçaram pelas 13:30 de hoje o combate aos incêndios que lavram em Vila Pouca de Aguiar, segundo o comandante sub-regional da Proteção Civil do Alto Tâmega.
Artur Mota disse à agência Lusa que os aviões, uma parelha de alfas de Vila Real, vai atuar num primeiro momento na ocorrência que começou em Sabroso de Aguiar e que lavra numa zona de pinhal e próximo de aldeias, e que poderá seguir depois para Soutelinho do Mezio e Bornes de Aguiar.
O responsável referiu que, durante a tarde, regressarão ao terreno equipas de sapadores que estiveram a descansar, o que poderá elevar o número de operacionais para os 130.
A operar no teatro de operações estão também pelo menos cinco máquinas de rastos.
Neste concelho do distrito de Vila Real há, neste momento, quatro incêndios que avançam em seis frentes distintas.
O alerta para o primeiro incêndio foi dado pelas 07:30 de segunda-feira e a situação foi-se agravando ao longo do dia, com as chamas a manterem-se ativas até hoje.
De Vila Pouca de Aguiar as chamas galgaram para o concelho de Vila Real, por Covelo e Samardã, onde estão hoje a atuar 83 operacionais e 24 veículos.
A presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Ana Rita Dias, já disse que em apenas três das 14 freguesias do concelho não houve alerta de incêndio desde segunda-feira, antevendo prejuízos enormes na floresta e agricultura.
Segundo Artur Mota, um outro incêndio que deflagrou no Planalto de Monforte, em Chaves, está em fase de resolução, mantendo-se os meios no terreno com o apoio de três máquinas de rastos.
Foto: Andreia Filipa Novo - RTP
O ministro da Coesão garante que os apoios financeiros para a reconstrução pós-incêndios vão chegar ao terreno em breve.
Foto: Andreia Filipa Novo - RTP
Foram evacuadas esta manhã, por precaução, duas aldeias na Serra do Marão. Os Bombeiros de Baião retiraram quinze pessoas. Em Vila Pouca de Aguiar ardeu um armazém com animais.
A noite foi de sobressalto em São Pedro do Sul. As frentes de fogo puseram em risco aldeias e povoações. Há casas e palheiros atingidos pelas chamas.
No concelho de Albergaria-a-Velha, a Proteção Civil declarou o incêndio como estando em fase de resolução, que deixa umas perspetivas mais animadoras. Em relação a Sever do Vouga e Oliveira de Azeméis as autoridades avançaram que o combate às chamas está a decorrer de uma forma favorável e em breve deve passar a estar em fase de resolução.
No concelho de Águeda a situação complicou-se nas últimas horas devido ao vento forte, há três aldeias, de difícil acesso, que estão na parte inferior de uma encosta, como reporta a Rita Macedo.
Patrícia de Melo Moreira - AFP
Uma frente de fogo lavra em Baião, no distrito do Porto, e aproxima-se de casas. Há meios dos bombeiros posicionados no local, mas limitam-se a proteger as habitações e as pessoas, segundo o presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira, que diz estar desesperado pela chegada dos meios aéreos que pede "desde a primeira hora", mas que não ainda foram disponibilizados.
Na zona de Arouca, a situação mais preocupante vive-se em Telhe onde os meios foram reforçados, como conta a jornalista Beatriz Veloso. A densidade do fogo está a provocar problemas com a utilização dos meios aéreos.
O perigo de incêndio rural vai começar a desagravar a partir de quinta-feira, dia em que são esperados aguaceiros, sendo mais prováveis nas regiões do Norte e Centro apenas na sexta-feira, disse a meteorologista Patrícia Gomes.
Em declarações à agência Lusa, a meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), disse que a partir de hoje está prevista alguma entrada de humidade, as temperaturas vão baixar e estão previstos aguaceiros, que, no entanto, só vão chegar na sexta-feira às regiões do Norte e Centro, as mais afetadas pelos incêndios.
Segundo Patrícia Gomes, as temperaturas máximas vão começar a descer a partir da tarde de hoje, com uma variação de 04 a 06 graus Celsius, dependendo da região.
Também começará a haver uma ligeira alteração da massa de ar que afeta o território do continente.
"Estes dias mais quentes têm sido consequência de uma corrente de leste muito intensa que transporta um ar quente e seco e a partir da tarde de hoje o vento terá uma componente mais de oeste, ou seja acaba também por ter alguma humidade, mas que pode não chegar às regiões do interior, pode ficar apenas na região do Litoral, mas ainda assim com alguma entrada de humidade", afirmou.
De acordo com Patrícia Gomes, o tempo vai mudar a partir de quinta-feira, com o anticiclone a começar a deixar a sua influência.
"Vamos estar com uma depressão centrada a oeste da Península Ibérica com um vale depressionário nos níveis médios e altos. Esta situação vai originar aguaceiros um pouco por todo o território, que poderão ser acompanhados de trovoada. Amanhã [quinta-feira] ainda estamos a falar no campo das probabilidades e a ocorrer serão essencialmente na região Sul, no interior do Alentejo e interior do Algarve", indicou.
No entanto, segundo a meteorologista, na sexta-feira estão previstos aguaceiros que vão ocorrer também nas regiões do Norte e Centro.
Quanto à descida da temperatura, Patrícia Gomes exemplificou com a máxima de 29 graus para hoje em Aveiro, quando na sexta-feira são esperados 23.
"Tudo isto conjugado acaba por fazer com que o risco de incêndio comece a ter um desagravamento gradualmente. O parâmetro mais significativo não são as temperaturas. O mais significativo são a humidade e principalmente a intensidade do vento. As pessoas associam o aumento da temperatura com o risco de incêndio, mas este não é o parâmetro mais significativo para o risco de incêndio", adiantou.
O autarca de Gondomar revelou que o combate às chamas no concelho está a evoluir favoravelmente. Está apenas um foco ativo que está a ser combatido por dois meios aéreos, no terreno estão 215 operacionais, apoiados por 58 viaturas e os dois aviões.
Foi complicada a noite no concelho de Gondomar. Na freguesia de Melres viveram-se momentos de aflição, com as chamas descontroladas a ameaçar casas.
Foto: Sara Araújo de Almeida - Antena 1
Marco Martins queixa-se de que o Governo não fez chegar meios ao local porque ficaram pelo caminho no combate a outros incêndios. E pede ainda ajuda urgente de meios aéreos.
Estela Silva - Lusa
Perante o fumo no ar, nas regiões norte e centro do país, os médicos de Saúde Pública aconselham a população a manter as janelas de casa fechadas e a usar máscara, tanto na rua como em casa.
Os incêndios em Vila Pouca de Aguiar avançam em seis frentes e estão hoje a ser combatidos por 108 operacionais e um helicóptero, meios considerados "muito insuficientes" pelo comandante dos bombeiros.
Hugo Silva disse à agência Lusa, num ponto de situação feito pelas 12:00, que há seis frentes ativas junto a aldeias como Soutelinho de Aguiar, Samardã, Guilhado, Sabroso de Aguiar e Vilela da Cabugueira.
É em Vilela da Cabugueira que está a operar um helicóptero porque, segundo Hugo Silva, este é, neste momento, o "ponto mais crítico", já que se trata de uma área de pinhal que tem uma aldeia na parte de baixo (Sabroso de Aguiar) e outra na parte de cima (Vilela da Cabugueira).
Os meios são considerados "muito insuficientes" pelo comandante para a quantidade de fogos, referindo que já foram pedidos reforços por várias vezes, mas que estes não estão disponíveis.
Hugo Silva referiu que, com a quantidade de operacionais disponíveis, é difícil montar uma estratégia de combate.
"Anda-se atrás do prejuízo", referiu, explicando que os homens são posicionados mais perto das localidades, dando-se prioridade às pessoas e bens.
Apesar de hoje haver uma diminuição do vento, o aumento da temperatura e a diminuição da humidade são preocupações durante o dia.
João Machado vive em Vilela da Cabugueira e à Lusa disse que há "muitas horas" que a população está com o coração nas mãos por causa do fogo que lavra no pinhal por baixo da aldeia.
"Vamos ver se acabamos com isto ou estamos desgraçados. Temos aqui finalmente um helicóptero e os bombeiros que nos estão a ajudar e estamos à espera que isto se acabe", referiu, confessando ter ficado mais descansado quando viu o meio aéreo porque "em pouco tempo conseguiu já quase acabar" com esta frente.
Fez, frisou, "muita diferença".
De Vila Pouca de Aguiar o incêndio galgou para Vila Real, pelas zonas de Covelo e da Samardã, repartindo-se também em diferentes frentes que estão a ser combatidas por cerca de 80 operacionais.
"Neste momento, para a dispersão que é e para os pontos quentes que existem, é um número insuficiente, mas também é o número possível", afirmou o comandante dos bombeiros da Cruz Branca, Orlando Matos.
O fogo dispersou-se pela Samardã, Fojo do Lobo, Vilarinho da Samardã, São Bento e Covelo.
Por causa dos incêndios, verificam-se constrangimentos em alguns troços da Estrada Nacional 2 (EN2) que atravessa o concelho de Vila Pouca de Aguiar.
O incêndio que atingiu o concelho de Tábua desde terça-feira foi considerado dominado por volta das 11:10 de hoje, garantiu o comandante dos Bombeiros Voluntários de Tábua, Rui Leitão.
"Confirmo que as chamas foram dominadas pelas 11:10", referiu, à agência Lusa.
Por volta das 10:00, o incêndio já se encontrava apenas com uma frente ativa, embora a progredir em local de difícil acesso, nas encostas do Mondego.
Para além de um meio aéreo, no terreno encontram-se, por volta das 12:00, 231 bombeiros, apoiados por 70 veículos.
O incêndio neste município do distrito de Coimbra teve origem no fogo que na segunda-feira eclodiu em Nelas e se estendeu a Carregal do Sal, no distrito de Viseu.
Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Tábua, Ricardo Cruz, explicou que, com o incêndio em resolução, espera-se "que tudo regresse à normalidade e que quinta-feira os alunos voltem à escola".
Por razões de segurança, o Município de Tábua, em articulação com o Agrupamento de Escolas de Tábua e a EPTOLIVA, tinha decidido encerrar, durante o dia de hoje, todos os estabelecimentos de educação e ensino do concelho.
"O trabalho das equipas de apoio psicossocial irá continuar com a sua intervenção", concluiu.
Parte do troço de madeira dos Passadiços do Paiva, em Arouca, está a arder e, embora nessa zona não haja risco habitacional, a autarquia diz que o combate ao restante incêndio está "sem meios" suficientes e é "inglório".
O fogo nesse concelho do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana de Porto deflagrou a partir daquele que teve início em Castro Caire, no distrito de Viseu, e está a lavrar desde as 23:00 de terça-feira, sendo que ao fim da manhã envolvia o trabalho de cerca de 100 operacionais, apoiados por 25 veículos.
"Isto é totalmente inglório", declarou à agência Lusa a presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém.
"Estamos sem meios, precisamos de muito mais gente aqui a combater o fogo e quem está a fazer a gestão destes recursos a nível nacional tem que ter noção do terreno e atuar de acordo com o ele exige, sob pena de, a esta velocidade de propagação, se repetir aqui o que aconteceu em 2016", realça.
A referência da autarca é ao incêndio que, em agosto desse ano, consumiu numa semana cerca de 8.600 hectares de floresta em Arouca e outros 17.000 no concelho contíguo de São Pedro do Sul. Só no primeiro desses municípios, os prejuízos foram na altura estimados em mais de 100 milhões de euros.
É com base nessa memória que a presidente da câmara defende agora: "Já cá deviam estar mais operacionais de outras corporações. E isto não é desvalorizar o que está a acontecer nos outros concelhos -- é sim realçar a gravidade do que está a acontecer no nosso".
A secção destruída do passadiço ao longo do rio Paiva é a do extremo junto à praia fluvial do Areínho: "Está a arder a escadaria próxima da Ponte de Alvarenga e ainda não temos noção exata da extensão da área queimada, mas prolonga-se para lá da ponte suspensa".
Margarida Belém defende, contudo, que essa não é a situação que mais aflige as autoridades. "Claro que é património valioso que se perde, mas muito mais valiosa é a vida humana e é essa que nos preocupa, já que o fogo está a circundar alguns povoados e nós não conseguimos ter bombeiros em todos os pontos onde há casas", justifica.
A mancha verde do concelho agrava os riscos: com 329,11 quilómetros quadrados, o território classificado como geoparque da UNESCO é composto em 85% por área florestal e parte dessa "está a arder com uma intensidade brutal" nas três frentes ativas do incêndio, nomeadamente em Alvarenga, na zona de Covêlo de Paivó e Janarde, e também na de Canelas e Espiunca.
A zona que gera mais inquietação é Ponte de Telhe, já que, se o fogo transpuser o rio Paivó, poderá a partir daí alastrar para novas frentes -- como aconteceu, aliás, em 2016.
Ao início desta manha já estavam confinadas as aldeias de Telhe, Covelo de Paivô, Meitriz, Regoufe, Silveiras, Vila Galega, Vila Nova, Santo António, Travessa, Várzeas, Vilarinho, Vila Cova e Serabigões, de onde foram retirados os habitantes com mobilidade reduzida, assim conduzidos para casa de familiares, noutras localidades.
Pela mesma altura, a câmara municipal fechou todos os estabelecimentos de ensino da rede pública do concelho, afetando as escolas-sede dos agrupamentos de Arouca e Escariz ao acolhimento exclusivo de "filhos e dependentes a cargo dos profissionais diretamente envolvidos nas operações de socorro no âmbito dos incêndios", entre os quais os da área da saúde, das forças de segurança e dos serviços de socorro.
Quatro estradas foram também cortadas ao trânsito nos dois sentidos: a EN 326-1, no troço entre Alvarenga e a saída para Castelo de Paiva; a EM 510, no trajeto entre Ponte de Telhe, Covêlo de Paivó e Janarde; a EM 505, na secção entre Canelas e Espiunca; e o CM 1227, desde o Espírito Santo até Bustelo.
A Câmara de Nelas tem várias equipas no terreno a acompanhar as populações ao nível social e da saúde e a fazer o levantamento dos prejuízos, disse à agência Lusa o presidente da autarquia.
"Há dois tipos de trabalhos que estão a ser realizados por duas equipas diferentes multidisciplinares. Uma primeira no âmbito da intervenção social, constituída por psicólogos, assistentes sociais e mediadores sociais, no sentido do apoio às populações de uma forma generalizada", adiantou o presidente da Câmara, Joaquim Amaral.
A autarquia também tem no terreno "uma outra equipa com outros técnicos, que irão realizar uma inventariação dos danos patrimoniais, juntamente com os presidentes de junta, nos territórios afetados".
Joaquim Amaral salientou que a perda de matas e vinhas que sofreram muitas pessoas "causa-lhes muita perturbação".
"Como é óbvio, são os danos patrimoniais, mas também a forma como se sente a perda destes bens patrimoniais, que tem também uma afetuosidade grande. Portanto, há um acompanhamento na área social aos munícipes em geral, com particular incidência naqueles que vivem em situação de isolamento", acrescentou o presidente da Câmara de Nelas, no distrito de Viseu.
Os "mais desprotegidos terão também apoio ao nível da saúde ligada à medicação dos próprios idosos, a verificação de alguns parâmetros como a medição da tensão arterial e da glicemia, com o apoio das farmácias", precisou.
Joaquim Amaral adiantou que entre os prejuízos causados pelo incêndio está a destruição de uma casa de primeira habitação, cuja residente optou por ficar em casa de familiares.
"Naturalmente que o edifício será reabilitado para permitir o realojamento da munícipe. Não há mais nenhum dado a registar. Os danos, essencialmente, são na parte agrícola e de infraestruturas. Estamos a falar de vinhas, de olivais, da floresta, também do que eram alfaias agrícolas, tratores, carrinhas de material agrícola e do que estava já em acervo nos anexos das pessoas", revelou.
Segundo o presidente, os prejuízos são também ao nível da alimentação para os animais, lenha, utensílios agrícolas e o aprovisionamento do que são bens alimentares resultantes da atividade agrícola.
"Estamos a falar de perdas bastante significativas", sublinhou.
O autarca confirmou ainda que as instalações do Sport Vale de Madeiros e Benfica, clube de futebol, foram afetadas por um dos incêndios.
"O estádio está inserido numa parte florestal, tem algumas danificações, mas nada que felizmente não seja reparável".
Joaquim Amaral assegurou que, neste momento, está a ser feito "o acompanhamento das ignições e dos incêndios que ocorreram no território, o processo da consolidação também já está a efetuado", "para que não haja reacendimentos", apesar "de os incêndios que ocorreram estarem já controlados".
O autarca iria agora reunir-se com a equipa do ministro Adjunto e da Coesão Territorial para abordarem os apoios que possam ser dados à autarquia, à semelhança do que sucedeu noutros municípios.
Segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o fogo que deflagrou em Senhorim, no concelho de Nelas, na segunda-feira, entrou em fase de resolução, estando às 11:30 no terreno 26 operacionais, apoiados por 9 veículos.
Já o incêndio que teve início em Folhadal, também ao final da manhã de segunda-feira, continua ativo, tendo no teatro de operações 205 operacionais, apoiados por 57 veículos e um meio aéreo.
Sete pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas nos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e alargou até quinta-feira a situação de alerta.
O presidente da Câmara de Mangualde diz que ainda é cedo para fazer o balanço dos estragos. Para já, sublinha que a prioridade é salvar vidas e habitações.
O ministro Adjunto da Coesão Territorial anda nos concelhos afetados para por em prática a equipa multidisciplinar a para avaliar a necessidade de apoio. O governante disse esta manhã que que é possível evitar fraudes no que toca aos apoios públicos.
O incêndio florestal que deflagrou na segunda-feira, pelas 07:20, em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, entrou hoje de manhã em fase de resolução, informou a proteção civil.
Este é um dos quatro grandes incêndios que lavram no distrito de Aveiro e que mobilizou nos últimos dias o maior número de meios no combate às chamas.
Em declarações à Lusa, o comandante dos Bombeiros de Albergaria-a-Velha, Albano Ferreira, disse que o fogo entrou em resolução cerca das 10:30.
O responsável referiu ainda que uma parte do dispositivo que se encontrava no terreno já foi desmobilizada para combater o incêndio de Águeda, adiantando que os restantes meios irão manter-se em "prontidão e vigilância".
"A área ardida é muito extensa e por isso vamos manter meios no local atentos a reativações e novos focos de incêndio que surjam", referiu o responsável.
Segundo o `site` da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 10:50, o incêndio de Albergaria-a-Velha mobilizava 408 operacionais, apoiados por 126 viaturas.
A presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar disse hoje que em apenas três das 14 freguesias do concelho não houve alerta de incêndio desde segunda-feira, antevendo prejuízos enormes na floresta e agricultura.
Esta manhã, o concelho mantém três fogos ativos, distantes, que lavram em quatro frentes. O alerta para o primeiro incêndio foi dado pelas 07:30 de segunda-feira e a situação foi-se agravando ao longo do dia, com as chamas a manterem-se ativas até hoje, com preocupações centradas nas frentes de Vilela da Cabugueira e do Guilhado.
Por isso mesmo, Ana Rita Dias disse que não é possível contabilizar, para já, a área ardida, mas antevê "prejuízos enormes" nas principais atividades económicas do concelho, a agricultura e a floresta.
"Das 14 freguesias que há no concelho, só não tivemos alerta de incêndio em três", afirmou à agência Lusa.
Como consequências patrimoniais há a registar, desde segunda-feira, uma casa de habitação ardida na aldeia de Zimão, que deixou um idoso desalojado, sendo que o fogo atingiu pelo menos cinco casas devolutas e três armazéns.
Segundo a autarca, esta manhã havia 68 operacionais, entre bombeiros e sapadores, distribuídos pelos três incêndios (Sabroso de Aguiar, Bornes de Aguiar e Vreia de Jales), que estiveram toda a noite no terreno, sem se perspetivar um reforço de meios.
O apoio dos meios aéreos, que Ana Rita Dias considerou importante para travar a progressão das frentes em Vilela da Cabugueira e do Guilhado, foi pedido às 06:30.
"A resposta é que está em lista de espera. É a resposta que temos tido desde segunda-feira. Só espero que entendam que o território não pode ficar em lista de espera com as catástrofes que temos verificado aqui", afirmou.
No entanto, segundo a página da Internet a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), está mobilizado um helicóptero para atuar na zona de Vilela da Cabugueira.
Sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real e Viseu, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, atingidas pelos incêndios desde o fim de semana, já arderam 47.376 hectares.
O Governo já declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.
O incêndio que atingiu Gibraltar, no concelho da Covilhã, durante a madrugada de hoje, consumiu uma zona de pinhal adulto que tinha escapado às chamas no fogo de 2022 na serra da Estrela.
O alerta foi dado às 21:49 de terça-feira e o coordenador municipal de proteção civil, Luís Marques, informou que entrou em resolução cerca das 04:00.
Às 10:00, estavam a ser feitos trabalhos de consolidação.
"É uma zona com muito declive, muita dificuldade, com trabalho apeado e também com trabalho com máquinas e linhas de mangueira, para se fazer um rescaldo em todo o perímetro do incêndio", explicou, em declarações à agência Lusa, Luís Marques.
Segundo o também comandante dos Bombeiros Voluntários da Covilhã, a principal dificuldade no combate às chamas foi o vento e a falta de acessos.
De acordo com Luís Marques, se os trabalhos decorrerem como o esperado, é previsível que o incêndio entre em fase de conclusão "possivelmente ao final do dia".
O coordenador municipal de proteção civil disse que ainda não foi possível apurar a área ardida e adiantou que o fogo esteve próximo das casas em Gibraltar, anexa da freguesia do Teixoso, "mas nunca colocou em perigo nenhuma habitação".
O que ardeu "foi sobretudo pinhal adulto, uma zona que ficou verde no incêndio de 2022" na serra da Estrela.
Durante a manhã de hoje, um meio aéreo esteve a operar na área.
Segundo a página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 10:10 encontravam-se mobilizados para este fogo no distrito de Castelo Branco 86 operacionais, acompanhados por 26 viaturas.
Duas autoestradas e seis estradas nacionais estão hoje totalmente ou parcialmente cortadas ao trânsito nos distritos do Porto, Aveiro e Viseu, devido aos incêndios que assolam o país, indicou à Lusa fonte da GNR.
Num balanço feito cerca das 09:00, a GNR indica que, no distrito do Porto, a autoestrada 43 (A43) está cortada entre Gondomar e a A41 e, também em Gondomar, a A41 está cortada entre Medas e Aguiar de Sousa.
Em Aveiro, de acordo com a GNR, há duas estradas nacionais (EN) totalmente cortadas, a EN16 entre Cacia e Sever do Vouga, bem como a EN333 entre Talhadas e Águeda.
Já em Viseu, registam-se cortes totais na EN228 entre Figueira Alva e Fermentel, na EN231 entre Vila Viçosa e Mourelos (Cinfães), na N222 entre Oliveira do Douro e Freigil e na EN225 entre Cabril e Pinheiros.
À Lusa, a mesma fonte indicou que esta manhã já todas as estradas estão reabertas em Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real, em Arganil (Coimbra), bem como em concelhos dos distritos de Braga e Bragança, onde algumas vias estiveram na terça-feira e durante a madrugada cortadas ou condicionadas devido aos incêndios.
Sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Coimbra, Vila Real e Viseu, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas, como a A1, a A25 e a A13.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam 47.376 hectares.
O Governo já declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.
O combate ao fogo em Águeda começou hoje a ser "organizado" devido ao abrandamento do vento, mas há "incêndios perto de casas" e todas as escolas foram encerradas devido à qualidade do ar, revelou o presidente da Câmara.
"Não conseguimos contabilizar o número de frentes de fogo. São várias, e em várias direções. Agora o vento parou, o que permite organizar o combate às chamas, sobretudo na parte florestal", descreveu Jorge Almeida, em declarações à Lusa pelas 10:00.
Questionado sobre a existência de casas ameaçadas pelo fogo, o autarca preferiu usar a expressão de que "há incêndios próximos de habitações", indicando existirem apenas situações "pontuais" de retirada de pessoas das residências naquele concelho do distrito de Aveiro.
Por outro lado, "o delegado de saúde determinou o encerramento de todas as escolas, devido à qualidade do ar", acrescentou.
Jorge Almeida alertou que "o teto de fumo" sobre Águeda é "muito grande" e a "visibilidade é pouca", pelo que a recomendação é que as pessoas "se mantenham próximas das suas casas ou dos seus haveres, para identificarem eventuais focos de incêndio o mais depressa possível".
Questionado sobre se os meios são suficientes para o combate às chamas, o presidente explicou que há outros fatores a ter em conta.
"Na terça-feira à noite fiquei muito feliz com um reforço de meios, até porque precisávamos que os nossos descansassem, mas isso não impediu que o fogo se descontrolasse", observou.
Ao início da manhã o autarca revelou que o incêndio se complicou durante a noite, com a alteração do vento e reacendimentos.
Em declarações à agência Lusa ao início da manhã, o presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida, disse que o incêndio rural se "complicou extraordinariamente" - com a alteração do vento e os reacendimentos, "pequenos focos de incêndio tornaram-se grandes incêndios".
"Neste momento temos o incêndio novamente descontrolado", disse o autarca pelas 09:00, explicando que o fogo "está muito próximo de núcleos urbanos e da própria cidade".
Em Águeda, foram ativadas cinco zonas de concentração de apoio à população e, segundo a Proteção Civil, estas estruturas realojaram na terça-feira 62 pessoas.
De acordo com um ponto de situação sobre o distrito de Aveiro feito pela Proteção Civil ao final da tarde de terça-feira, em Albergaria-a-Velha foram apoiadas 23 pessoas, em Águeda 33 e em Sever do Vouga seis.
Ainda nos incêndios do distrito, os que mobilizam mais meios, foram evacuados dois lares em Águeda, sendo as pessoas transferidas para as instalações da Santa Casa da Misericórdia local.
Os dados disponíveis na página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) indicam que, no total, abrangendo ocorrências em resolução e não significativas, pelas 08:30, estavam hoje no terreno 5.226 operacionais, cerca de 1.622 meios terrestres e 19 meios aéreos.
Sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Coimbra, Vila Real e Viseu, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas, como a A1, a A25 e a A13.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam 47.376 hectares.
O Governo já declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.
Foto: Emanuel Boavista - RTP
Depois de o primeiro-ministro, Luís Montenegro ter prometido não largar os criminosos e a criação de uma equipa dedicada a investigar os incêndios dos últimos dias, o advogado Carlos Melo Alves veio defender essa necessidade.
Foto: Rui Rodrigues
A culpa não pode morrer solteira, refere o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses. António Nunes desafia a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil a assumir a responsabilidade pelas morte dos três bombeiros no incêndio de Tábua.
O incêndio que está a atingir o concelho de São Pedro do Sul tem várias frentes ativas e afetou casas durante a madrugada de hoje, disse o presidente da Câmara, às 09:00.
"Foi uma noite muito complicada, com várias frentes de fogo a entrarem por quatro a cinco localidades diferentes e longínquas, o que dificultou a distribuição dos já poucos meios existentes", disse à agência Lusa Vítor Figueiredo.
O autarca de São Pedro do Sul acrescentou ainda que, durante a noite, "foram várias as casas e palheiros que arderam, mas ainda não é possível contabilizar quantas e onde", apesar de adiantar que, em Maceiras e Pesos "há registos de habitações queimadas".
"Há crianças que não conseguiram chegar às suas residências ao final do dia de ontem [terça-feira] e que tiveram de ser deslocadas para outras residências. E há pessoas alojadas em IPSS" (Instituições Particulares de Solidariedade Social), relatou.
Vítor Figueiredo disse que já foi informado de que "chegaram militares espanhóis ao território para ajudar no combate às chamas" no concelho de São Pedro do Sul, que tem as localidades de Rio de Mel, Pindelo dos Milagres e Figueiredo de Alva em risco.
Este incêndio chegou a São Pedro do Sul através do concelho de Castro Daire. Foi um fogo que teve origem pelas 21:23 de segunda-feira, em Soutelo, freguesia de Mões. Pelas 09:30, mobilizava 469 operacionais, apoiados por 137 veículos e sete meios aéreos.
Sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, atingidas pelos incêndios desde o fim de semana, já arderam 47.376 hectares.
O incêndio que lavra em Águeda, distrito de Aveiro, complicou-se durante a noite, com a alteração do vento e reacendimentos, e ao início da manhã de hoje a situação estava novamente descontrolada, segundo o presidente do município.
Em declarações à agência Lusa ao início da manhã, o presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida, disse que o incêndio rural se "complicou extraordinariamente" - com a alteração do vento e os reacendimentos, "pequenos focos de incêndio tornaram-se grandes incêndios".
"Neste momento temos o incêndio novamente descontrolado", disse o autarca, explicando que o fogo "está muito próximo de núcleos urbanos e da própria cidade".
A Lusa questionou o responsável sobre se tinha havido durante a noite necessidade de retirar pessoas de casas e Jorge Almeida disse estar ainda a recolher essa informação.
Em Águeda, foram ativadas cinco zonas de concentração de apoio à população e, segundo a Proteção Civil, estas estruturas realojaram na terça-feira 62 pessoas.
De acordo com um ponto de situação sobre o distrito de Aveiro feito pela Proteção Civil ao final da tarde de terça-feira, em Albergaria-a-Velha foram apoiadas 23 pessoas, em Águeda 33 e em Sever do Vouga seis.
Ainda nos incêndios do distrito, os que mobilizam mais meios, foram evacuados dois lares em Águeda, sendo as pessoas transferidas para as instalações da Santa Casa da Misericórdia local.
Os dados disponíveis na página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) indicam que, no total, abrangendo ocorrências em resolução e não significativas, pelas 08:30, estavam hoje no terreno 5.226 operacionais, cerca de 1.622 meios terrestres e 19 meios aéreos.
Sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Coimbra, Vila Real e Viseu, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas, como a A1, a A25 e a A13.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam 47.376 hectares.
O Governo já declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.
Mais de 4.400 operacionais, apoiados por 1.600 meios terrestres, continuavam às 08:00 de hoje a combater cerca de 50 fogos rurais em Portugal continental, de acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Às 07:45 estavam ativos 46 incêndios no território continental que eram combatidos por 4.492 operacionais, segundo a informação disponível na página oficial da ANEPC na Internet.
Os fogos que lavram há vários dias no distrito de Aveiro continuam a ser os que mobilizam mais operacionais e outros meios.
Em Sever do Vouga, mantinham-se ativos dois incêndios àquela hora: um mobilizava 320 operacionais, com o apoio de 101 veículos, e o outro 296 elementos das forças de socorro e segurança, com o auxílio de 96 veículos.
Em Albergaria-a-Velha, o incêndio que deflagrou às 07:20 de segunda-feira mobilizava 406 operacionais, assistidos por 125 meios terrestres.
O fogo que deflagrou no domingo, pelas 15:00, no concelho de Oliveira de Azeméis estava a ser combatido por 408 elementos, apoiados por 156 veículos.
Já no distrito de Viseu, continuava ativo o fogo que lavra em Nelas desde o final da manhã de segunda-feira, com 261 operacionais e 75 veículos no combate às chamas.
Em Castro Daire, o incêndio que começou pelas 21:30 de segunda-feira mobilizava 295 operacionais, assistidos por 90 meios terrestres.
O fogo de Penalva do Castelo, que deflagrou cerca das 00:00 de segunda-feira, era combatido por 157 operacionais, com 43 veículos.
No distrito de Coimbra, o fogo de Tábua para o qual foi dado alerta às 10:39 de terça-feira mobilizava 252 operacionais e 81 meios terrestres.
O incêndio de Arganil, que chegou a ter três frentes ativas e obrigou à evacuação do Centro de Recolha Animal e das aldeias de Salgueiral e Medas, entrou em resolução às 23:01 de terça-feira.
Já no distrito do Porto, o incêndio que deflagrou pelas 13:00 de segunda-feira em Gondomar era combatido por 174 elementos das forças de socorro e segurança e 38 meios terrestres.
Perto das 00:00 de hoje, algumas habitações na zona de Branzelo, em Melres, concelho de Gondomar, foram evacuadas e a população retirada devido aos incêndios, avançou à Lusa o comando-geral da GNR.
Ainda no Porto, o fogo que começou em Paredes pelas 05:20 de terça-feira ocupava 134 operacionais, apoiados por 44 veículos.
O fogo que lavrava em Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real, estava a ser combatido por 79 operacionais, apoiados por 27 meios terrestres.
Sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam 47.376 hectares.
O Governo já declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.
Reuters
Os incêndios em Arouca obrigaram a autarquia a ativar o plano de emergência. Sete mil hectares arderam, só na última noite, desde que o fogo vindo de Castro de Aire passou do distrito de Viseu para o distrito de Aveiro.
Johanna Geron - Reuters
Os eurodeputados portugueses admitem pedir a ativação do fundo de solidariedade europeu para ajudar na recuperação das zonas atingidas pelos incêndios em Portugal.
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Dois aviões Canadair provenientes de Marrocos vão reforçar o dispositivo de combate aos fogos, a pedido do Governo português.
A Autoestrada 24 (A24) reabriu pelas 03:00 de hoje em toda a extensão na zona de Vila Pouca de Aguiar, depois de ter estado cortada devido aos incêndios que lavram no concelho, disse fonte da GNR.
Desde segunda-feira que a A24 sofre constrangimentos por causa dos fogos que atingiram o município (no distrito de Vila Real), tendo sido cortada ao trânsito entre Vila Pouca de Aguiar e Vidago (Chaves) ao início da noite de terça-feira, por causa do incêndio que lavrava na zona de Sabroso de Aguiar.
A GNR disse que a autoestrada está hoje sem constrangimentos, tal como a Estrada Nacional 2 (EN2), que também sofreu cortes por causa dos fogos na área dos concelhos de Vila Pouca de Aguiar e Vila Real.
Desde segunda-feira que fogos rurais lavram no concelho de Vila Pouca de Aguiar, com três grandes ocorrências em zonas distantes, tendo um deles passado para Vila Real pela zona de Covelo e Samardã, onde também progridem as chamas esta manhã.
Sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Coimbra, Vila Real e Viseu, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas, como a A1, a A25, a A13 e a A24.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já foram atingidos 47.376 hectares.
Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), na terça-feira, às 20:00, havia ainda 64 incêndios em curso, dos quais 30 considerados ocorrências significativas, que envolviam 3.888 operacionais, apoiados por 1.208 meios terrestres. No total, abrangendo ocorrências em resolução e não significativas, estavam no terreno 6.041 operacionais e 1.837 meios terrestres.
O Governo já declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.
Foto: Hugo Melo - RTP
O incêndio de São Pedro do Sul continua ativo e a jornalista Soraia Ramos tem estado a acompanhar a evolução do fogo.
Foto: Nuno Miguel Fernandes - RTP
Em Gondomar, zona de Branzelo, habitações foram evacuadas e a população retirada devido aos incêndios que lavram neste concelho.
Mais de 50 concelhos de nove distritos do continente estão hoje em perigo máximo de incêndio devido ao tempo quente, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Em perigo máximo de incêndio estão mais de 50 concelhos dos distritos de Faro, Portalegre, Santarém, Castelo Branco, Leiria, Coimbra, Guarda, Braga e Bragança.
Vários concelhos de todos os distritos de Portugal continental apresentam um perigo muito elevado e elevado de incêndio, de acordo com o IPMA.
Este risco, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo. Os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.
O IPMA prevê para hoje no continente tempo seco com céu pouco nublado e vento leste moderado a forte até ao fim da manhã, nas regiões Norte e Centro e pequena descida da temperatura mínima.
A temperatura máxima mais elevada prevista para hoje será alcançada em Santarém com 32, seguida de Leiria, Coimbra e Braga com 31 e em Évora 30.
Sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real e Viseu, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.
O Governo alargou até quinta-feira a situação de alerta devido ao risco de incêndios, face às previsões meteorológicas, anunciou a criação de uma equipa multidisciplinar para lidar com as consequências dos fogos e já declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados.
São muitas as localidades afectadas pelos incêndios. Em Águeda, os moradores não conseguiram combater o fogo com os meios que tinham. Em Mangualde, as chamas passaram duas vezes pelo mesmo sítio. O incêndio que começou em Vila Pouca de Aguiar já passou para os concelhos de Ribeira de Pena e Vila Real. Em Póvoa do Lanhoso um bombeiro ficou ferido.
A Proteção Civil garante que não existiram falhas na rede no sistema de comunicações de emergência.
Foto: António Antunes - RTP
A noite de segunda para terça-feira foi de sobressalto e aflição em muitas de localidades no norte e centro do país.
Em Covelos, na zona de Póvoa de Lanhoso, as chamas aproximam-se e os populares unem esforços para lutar contra o fogo.
As populações de São Pedro do Sul viveram momentos complicados com o chegar das chamas a partir de Castro Daire.
Em Águeda a situação está complicada. Várias casas estão em perigo e os moradores tentam salvar as suas posses. Os operacionais tentam conter a frente de fogo que já se acercaram de casas.