Os meios de combate a incêndios estiveram, esta segunda-feira, concentrados em Leiria e Odemira. Quatro povoações de Odemira foram evacuadas. Mil e quatrocentas pessoas e 125 animais foram deslocados por prevenção.
Os meios de combate a incêndios estiveram, esta segunda-feira, concentrados em Leiria e Odemira. Quatro povoações de Odemira foram evacuadas. Mil e quatrocentas pessoas e 125 animais foram deslocados por prevenção.
Luís Forra - Lusa
Um incêndio que deflagrou hoje em Arcos, concelho de Vila do Conde, distrito do Porto, tem três frentes ativas e levou ao corte da Autoestrada 7 (A7) nos dois sentidos, adiantou à Lusa fonte da proteção civil.
O alerta para o fogo foi dado pelas 13:24, tendo-se iniciado em Arcos, freguesia de Rio Mau e Arcos, concelho de Vila do Conde.
Num balanço pelas 23:00, fonte do Comando Sub-regional da Área Metropolitana do Porto referiu à Lusa que o incêndio continuava com três frentes ativas, com uma a ceder aos meios.
Devido ao fogo e por precaução, a Autoestrada 7 (A7) entre Vila do Conde e Famalicão está cortada nos dois sentidos.
Fonte do Comando Territorial da GNR de Braga confirmou à Lusa, pelas 23:00, que a A7 ainda se encontrava cortada.
O Comando Sub-regional da Área Metropolitana do Porto revelou também que, durante a tarde, quatro bombeiros foram assistidos por exaustão, sendo considerados feridos leves.
De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 23:00 encontravam-se no local 118 operacionais, apoiados por 39 viaturas.
???? Fires???? near São Teotónio, #Portugal???????? - 7 August 2023 #Copernicus???????? #Sentinel-2????? Full-size ?? https://t.co/q6hFlmWR2Q Image is about 52 kilometers wide #OpenData #SciComm #Fire pic.twitter.com/1IZIRwxWUW
— Pierre Markuse (@Pierre_Markuse) August 7, 2023
O presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, apelou hoje a uma "investigação contundente" para encontrar eventuais "criminosos" responsáveis pelos incêndios na freguesia da Caranguejeira.
"Tem de existir uma estratégia de investigação mais contundente para que se consiga apurar os criminosos que estão por detrás deste tipo de incêndio e que haja outro tipo de penalizações para este tipo de crime, se não vai-se repetir", apelou Gonçalo Lopes (PS).
O autarca, que hoje esteve a acompanhar no terreno os incêndios no Arrabal e na Caranguejeira, adiantou à Lusa que é "estranho que esta freguesia [Caranguejeira] seja sistematicamente alvo de ignições, estratégicas, pensadas, premeditadas, ano após ano".
"É no Vale da Rosa ou no Vale Sobreiro... Infelizmente, no ano passado, o incêndio foi da Caranguejeira para a zona das Colmeias, com prejuízos florestais de 4000 hectares ardidos. Toda a gente diz nestas freguesias, em especial na Caranguejeira, que só poderá ser de origem criminosa e que possivelmente poderá ser só uma pessoa que está na origem deste tipo de acontecimentos, o que nos deixa muito preocupados", revelou.
Gonçalo Lopes reforçou: "é necessário montar e planear uma estrutura de investigação que consiga apanhar estas pessoas".
As ignições de hoje à tarde tiveram um minuto de diferença e o presidente da Câmara admite que tal é "estranho".
"O que mais receámos em alguns momentos da tarde é que os dois incêndios caminhassem um em direção ao outro e se as duas colunas de fogo se pegassem podíamos ter aqui um dia catastrófico para o país", acrescentou.
O presidente considerou que hoje foi um "muito difícil", com os dois incêndios "muito intensos".
"Aquilo que foi a estratégia ao final do dia, foi estancar um incêndio nas localidades mais urbanas, onde há mais habitações e que nesta altura está controlado, mas com muito esforço por parte da população que se manteve em alerta e que permitiu salvar muito património", afirmou Gonçalo Lopes.
O autarca destacou a importância do "controlo de faixas de gestão de combustível que impediu que se chegasse às casas", pelo que apelou às pessoas para manterem os terreno limpos em torno das suas casas, "porque, se em alguns casos isso não tivesse sido feito, as casas teriam ardido".
Segundo Gonçalo Lopes, a noite vai ser "longa" e a expectativa é que esta terça-feira, com as condições meteorológicas adversas seja de novo um "dia difícil, sobretudo durante o período da tarde, quando começa a existir mais calor".
Segundo a página de Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o alerta para o incêndio do Arrabal, foi dado pelas 13:47. Pelas 22:19, estavam no local 191 operacionais, apoiados por 57 viaturas.
Também no concelho de Leiria, na freguesia de Caranguejeira, está ainda ativo um incêndio na localidade de Lagoa da Pedra. O alerta foi dado pelas 13:48 e estão no teatro de operações 238 operacionais, apoiados por 69 veículos.
Hélder Guerreiro, presidente da Câmara de Odemira, disse à RTP que as condições atmosféricas melhoraram e espera, por isso, que esta noite seja uma "janela de oportunidade" para conter o incêndio que lavra desde sábado.
Cerca de 350 pessoas deslocadas por causa do incêndio que lavra no concelho de Odemira, no distrito de Beja, já foram acolhidas em duas estruturas de apoio criadas pela câmara municipal, revelou hoje o presidente do município.
O balanço foi feito pelo autarca de Odemira, Hélder Guerreiro, durante um ponto de situação aos jornalistas realizado, ao início da noite, no posto de comando em São Teotónio, freguesia deste concelho onde o fogo rural teve início.
"Criámos um centro de acolhimento em São Teotónio, na [escola] EB 2,3 de São Teotónio, e já passaram por ali 271 pessoas", adiantou, referindo que agora "são cerca de 180 pessoas" que se encontram naquele espaço.
Hélder Guerreiro salientou que as pessoas que, entretanto, saíram deste centro de acolhimento encontraram "soluções mais favoráveis" e outras, como turistas, acabaram por continuar as férias noutro local ou por encurtar as férias.
"E em Odemira, com uma parceria com a Segurança Social de Beja, também já montámos um outro centro de acolhimento à população, tendo em conta a evacuação que foi feita à localidade de São Miguel", realçou.
Segundo o autarca, este espaço situado na sede do concelho acolhe 80 das cerca de 250 pessoas que vivem na aldeia de São Miguel, uma das povoações que teve que ser evacuada, por precaução, devido ao incêndio.
O presidente do município assinalou que foram evacuadas quatro unidades turísticas no concelho e que, para já, não há informação de casas atingidas pelas chamas.
"Existem muitas habitações no perímetro do incêndio" cuja área envolvente "sofreu as consequências naturais da passagem do incêndio", acrescentou.
No total, este incêndio já obrigou à deslocação preventiva de cerca de 1.400 pessoas.
Também em declarações aos jornalistas, o comandante territorial de Beja da GNR, Galvão da Silva, disse que, até agora, foram evacuadas 19 pequenas povoações, a maioria no concelho de Odemira e uma no de Monchique, além do Parque de Campismo de São Miguel.
Os lugares evacuados, precisou, são Vale de Alhos, Vale de Água, Relva Grande, Selão, Corgos, Choças, Sobral, Escolas Vale de Água, Vale dos Alhinhos, Reguengos, Delfeira, São Miguel, Maroco, Moita, Monte Moinho, Zambujeira de Baixo, Vale Juncal, Juncalinho e Baiona.
De acordo com o responsável, a circulação rodoviária está cortada na Estrada Nacional (EN) 120, entre São Teotónio e Odeceixe, no concelho vizinho de Aljezur.
O militar salientou que estão igualmente cortadas ao trânsito as Estradas Municipais (EM) 501, entre São Teotónio e Relva Grande, e 1186, entre São Miguel e Vale dos Olhos, na freguesia de São Teotónio.
O incêndio rural numa área de mato e pinhal deflagrou na zona de Baiona, na freguesia de São Teotónio, a meio da tarde de sábado, e já entrou por algumas vezes no Algarve, tendo hoje à tarde rodeado Odeceixe, no concelho de Aljezur, no distrito de Faro.
O fogo levou a Câmara de Odemira a ativar o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil, com efeitos desde as 14h30 de domingo.
A Autoestrada 1 (A1), encerrada ao trânsito hoje à tarde devido a um incêndio no Arrabal, no concelho de Leiria, já foi reaberta, disse à Lusa fonte da GNR.
Segundo a mesma fonte, a via, que liga Lisboa ao Porto, foi reaberta nos dois sentidos pelas 20:27.
"Já se circula sem restrições, mas a qualquer momento poderá vir a ser de novo encerrada, caso o fumo se intensifique", acrescentou.
Segundo a página de Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o alerta para o incêndio foi dado pelas 13:47.
Pelas 21:10, estavam no local 213 operacionais, apoiados por 63 viaturas.
A Estrada Nacional 113 (EN 113), que liga Leiria a Ourém, no distrito de Santarém, também foi encerrada durante a tarde devido a outro incêndio que deflagrou na Caranguejeira, na localidade de Lagoa da Pedra, no concelho de Leiria, e continua ainda encerrada nos dois sentidos, entre as localidades de Padrão e Parracheira, revelou fonte da GNR.
O alerta para este fogo foi dado pelas 13:48 e estão no teatro de operações 171 operacionais, apoiados por 50 veículos.
O vereador da Proteção Civil da Câmara de Leiria, Luís Lopes, adiantou que os incêndios "diminuíram de intensidade" e que as máquinas de rasto estão no terreno.
"Os meios estão a ser posicionados para fazer o perímetro dos fogos. Esperamos nas próximas horas ter a situação controlada", referiu o autarca.
Perto de Montinho das Quartas, no Algarve, as chamas inspiram algumas preocupações com possibilidade de reacendimentos.
Perto da localidade do Brejão, em Odemira, a repórter Diana Santos Gomez, refere que as chamas lavram com muita intensidade em três frentes ativas, uma das quais em direção ao Algarve.
O reporter da RTP, Paulo Rolão, verificou o abrandamento da gravidade das chamas em Vale do Sobreiro, depois de uma tarde de susto entre temperaturas muito elevadas e vento errático.
Foto: Paulo Cunha - Lusa
A situação complicou-se muito no concelho de Leiria. Duas novas ignições, ocorridas quase em simultâneo, obrigaram à dispersão dos meios no terreno.
Cerca de 1.400 pessoas foram já "deslocadas de forma preventiva" devido ao incêndio que deflagrou no sábado em Odemira (distrito de Beja) e que durante a tarde de hoje avançou 1.257 hectares por hora, segundo a Proteção Civil.
Num ponto de situação aos jornalistas pelas 19:30, no posto de comando em São Teotónio -- freguesia onde o fogo rural teve início, na zona de Baiona -, o comandante regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo, José Ribeiro, referiu que foram também deslocados 125 animais e que 22 pessoas receberam assistência médica, todas em "situações de menor gravidade".
Destas 22 pessoas, quatro (três bombeiros e um civil) foram atendidas em contexto hospitalar e 18 (14 bombeiros e quatro civis) foram assistidas no local.
Em causa estiveram casos de fadiga e ansiedade, especificou.
Segundo José Ribeiro, o combate às chamas - que hoje à tarde entraram em Odeceixe, no concelho algarvio de Aljezur - tem sido feito em "condições muito difíceis", devido à rotação e à intensidade do vento.
"A taxa de expansão do incêndio entre as 12:00 e as 17:00 foi de 1.257 hectares por hora e temos nesta fase uma área de interesse do teatro de operações na casa dos 6.700 hectares", afirmou.
O incêndio que deflagrou este domingo em Ourém, no distrito de Santarém, está em fase de rescaldo, disse à Lusa fonte do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Médio Tejo.
Segundo o comandante de serviço à sala, Jorge Gama, o incêndio entrou em fase de rescaldo por volta das 16:00, embora ainda "haja algumas reativações".
"A situação está controlada", afirmou o comandante, ao referir que a sua preocupação é agora com o incêndio no concelho vizinho de Leiria, que está muito perto do Lavradio, no concelho de Ourém.
Segundo a página da internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 19:00, estavam ainda no local 200 operacionais, 62 bombeiros e um meio aéreo.
O incêndio deflagrou no domingo numa zona de mato e floresta, pelas 17:20 na freguesia de Matas e Cercal, na localidade de Casal Menino, em Ourém.
Reuters
Mértola registou até agora a temperatura mais elevada este ano em Portugal: 43,6 graus Celsius.
No outro sentido a circulação continua cortada por precaução, devido ao fumo. O incêndio no Lordelo deverá ser extinto nas próximas horas de acordo com as previsões dos bombeiros, com especial atenção posterior a reacendimentos.
Há nesta altura cinco incêndios florestais e de mato, com mais de três mil operacionais no terreno. O que mobiliza mais meios é nesta altura o fogo de Odemira que já tem mais de 800 bombeiros no combate e 261 meios terrestres.
Na freguesia da Caranguejeira as altas temperaturas e o vento têm alimentado as chamas, levando ao corte da A1, na zona de Cardosos. São dois incêndios na mesma freguesia e não estão relacionados com incêndio de Ourém.
A Autoestrada 42 (A42) voltou hoje a estar cortada junto ao nó de Seroa, em Paços de Ferreira, devido ao incêndio que lavra em Lordelo, no concelho de Paredes, informou hoje a Proteção Civil.
Fonte do comando sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Área Metropolitana do Porto (AMP) confirmou na tarde de hoje à Lusa que a autoestrada ficou cortada desde as 12:56, pouco depois da reativação do incêndio que começou no domingo.
Segundo a mesma fonte, o incêndio continua a ser combatido por 111 operacionais, 39 meios terrestres e dois meios aéreos, após uma "uma reativação com grande intensidade" que ocorreu pelas 12:45.
Ao final da tarde de domingo, fonte do comando sub-regional tinha adiantado, pelas 19:50, que o combate às chamas estava em fase de conclusão, mas hoje deu-se uma reativação.
O alerta para o incêndio tinha sido dado às 14:40 de domingo, e as chamas já tinham obrigarado ao corte da autoestrada A42 nos dois sentidos, próximo do nó de Seroa, em Paços de Ferreira, durante cerca de meia hora.
Uma casa de primeira habitação de um emigrante na Suíça foi destruída, na localidade de Moitas, pelo incêndio que deflagrou na sexta-feira no concelho de Castelo Branco e que progrediu para Proença-a-Nova.
"Trata-se de uma casa de madeira que é propriedade de um emigrante na Suíça. O senhor já tinha regressado definitivamente [às Moitas], mas o antigo patrão pediu-lhe ajuda e ele deslocou-se novamente à Suíça e tem o regresso marcado para setembro", afirmou hoje, à agência Lusa, o presidente da Câmara de Proença-a-Nova João Lobo.
O autarca adiantou ainda que o emigrante vive sozinho e que a Câmara Municipal vai apoiá-lo.
"Trata-se de um caso prioritário porque é uma primeira habitação. Vamos dar nota dos danos ao Governo e pedir apoio", afirmou.
O incêndio deflagrou na tarde de sexta-feira, na localidade de Carrascal, Santo André das Tojeiras, concelho de Castelo Branco, e progrediu para o concelho vizinho de Proença-a-Nova, e entrou no domingo em fase de resolução.
De acordo com o segundo comandante Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo, José Guilherme, o perímetro do incêndio ascende a cerca de 60 quilómetros, tendo ardido 7.000 hectares de um potencial "para cerca de 20.000 hectares", referiu.
Este responsável adiantou ainda, à agência Lusa, que o incêndio provocou um total de 14 feridos ligeiros.
Destes, oito feridos foram assistidos no teatro de operações e seis (quatro bombeiros, um civil e um militar) foram transportados para o hospital, sendo que todos já tiveram alta.
Face ao fogo, os municípios de Castelo Branco e Proença-a-Nova ativaram, no domingo, os seus planos municipais de emergência e proteção civil.
"Quer Proença-a-Nova, quer Castelo Branco, declararam estado de alerta e tem os planos de emergência municipais ativados. Solicitamos ainda a declaração de calamidade pelo Governo", afirmou João Lobo.
O autarca sublinhou ainda que a zona balnear de Cerejeira se encontra temporariamente encerrada e, na Serra das Talhadas, todos os percursos pedestres (PR3, PR6 e etapas 5 e 6 da Grande Rota da Cortiçada), percursos de Enduro BTT e Via Ferrata, se encontram desativados até serem repostas as condições para a sua prática. Também o PR1 na zona da Moita foi afetado.
O incêndio em Odemira levou ao corte da estrada nacional 120 e poderá já ter passado para o Algarve.
Ao início da tarde desta segunda-feira, combatiam as chamas mais de 300 bombeiros, apoiados por 96 viaturas e três meios aéreos.
Fotografia da página do Facebook de São Teotónio (Odemira, Portugal)
Continua por controlar o incêndio no concelho de Odemira que começou sábado à tarde, na freguesia de São Teotónio. O fogo tem três frentes ativas e há habitações em risco.
O Executivo exclui declarar "para já" a situação de alerta devido aos incêndios, revelou esta segunda-feira o ministro da Administração Interna. José Luís Carneiro invocou a resposta do dispositivo e as condições meteorológicas para justificar a posição.
"Quer pela resposta do dispositivo, quer pelo número de incêndios, quer pela alteração que parece ser positiva do movimento dos ventos e também porque tem havido, de ontem para hoje, uma relativa reposição da humidade noturna, para já não vai ser determinada a situação de alerta", afirmou o governante aos jornalistas.
José Luís Carneiro, que falava após o balanço da operação de segurança da Jornada Mundial da Juventude, que chegou ao fim no domingo, sustentou ainda que o dispositivo de combate a incêndios "está mostrar eficiência".
Antena 1"O dispositivo está a conseguir demonstrar capacidade na resposta aos incêndios, apesar de termos tido dois grandes incêndios e de maior dimensão de área ardida", apontou o ministro da Administração Interna, referindo-se às situações em Proença-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, e Ourém, no distrito de Santarém.
No domingo, a secretária de Estado da Proteção Civil havia dito que Governo estava a ponderar declarar situação de alerta.
A circulação na Estrada Nacional (EN) 120 está hoje com constrangimentos entre São Miguel e São Teotónio, em Odemira, devido ao incêndio rural que lavra desde sábado no concelho, informou o município.
A indicação foi dada pela autarquia (distrito de Beja) de manhã, na sua página na rede social Facebook.
Noutra publicação, o Serviço Municipal de Proteção Civil referiu que "durante o dia poderão ocorrer constrangimentos no abastecimento de água à população na vila de São Teotónio".
Este incêndio, que deflagrou na zona de Baiona, na freguesia de São Teotónio, a meio da tarde de sábado, já obrigou a evacuar quatro locais no concelho de Odemira (Vale dos Alhos, Vale de Água, Choça dos Vales e Relva Grande) e uma unidade de turismo rural, num total de mais de 100 pessoas retiradas.
Foi ativado o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil, com efeitos desde as 14h30 de domingo.
Segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil na internet, pelas 12h00 estavam mobilizados para o combate às chamas 649 operacionais, 209 viaturas e 13 meios aéreos.
Os três incêndios que destruíram mais de 1.000 hectares no fim de semana em Espanha estão controlados, mas a maioria do país está em estado de alerta, no primeiro dia de uma nova onda de calor, a terceira no verão.
Várias províncias da Andaluzia (sul), Castela-La Mancha (centro) e Extremadura (oeste) foram colocadas em vigilância laranja por causa do calor, com temperaturas que podem chegar a 43°C hoje, segundo a agência meteorológica nacional (Aemet).
Quase toda a Andaluzia e Extremadura, assim como o sul de Castilla-La Mancha, estão em alerta vermelho para o risco de incêndio, enquanto o alerta laranja prevalece em quase todas as outras regiões, segundo a Aemet.
Esta terceira onda de calor do verão, que afeta toda a Península Ibérica, deve durar até quinta-feira e surge depois de um fim de semana intenso para os bombeiros espanhóis.
O incêndio que deflagrou a menos de 10 quilómetros da cidade de Cádis (Andaluzia) na tarde de domingo foi "estabilizado" pouco antes da meia-noite, informou no Twitter, rebatizado de "X", o serviço regional de incêndios florestais (Infoca).
As chamas atingiram uma floresta de pinheiros adjacente à cidade de Puerto Real, causando o encerramento temporário da estrada que liga a Cádiz, cidade turística, e obrigando a mobilizar várias dezenas de bombeiros durante a noite.
Outro incêndio, também já controlado, afetou cerca de 450 hectares na província andaluza de Huelva no fim de semana.
Na Catalunha (nordeste), do lado do Mediterrâneo, na fronteira com a França, os bombeiros lutam desde sexta-feira contra um outro incêndio e as rajadas de vento têm complicado a intervenção dos meios aéreos.
Os bombeiros catalães anunciaram hoje na rede social X ter "controlado" o incêndio, depois de o terem "estabilizado" no sábado à noite. Trinta unidades ainda estão no local e quase 600 hectares foram queimados, segundo guardas florestais catalães.
A Catalunha e a Andaluzia são as duas regiões de Espanha mais afetadas por uma seca intensa que favorece a propagação dos incêndios.
Mais de 70.000 hectares arderam em Espanha desde o início do ano, uma avaliação distante do registo de 2022, quando mais de 300.000 hectares foram destruídos pelas chamas, segundo o sistema europeu de informação sobre incêndios florestais (Effis).
Especialistas acreditam que a multiplicação dessas ondas de calor, assim como o aumento da sua duração e intensidade, são consequência das alterações climáticas.
Espanha, com 75% do território atualmente ameaçado pela desertificação, segundo a ONU, é de todos os países da Europa Ocidental o mais ameaçado por este fenómeno.
O ministro da Administração Interna indicou esta segunda-feira, no Bom Dia Portugal, que o Governo está "em fase de reavaliação" do risco de incêndios, tendo em conta as previsões meteorológicas que apontam para dias de temperaturas elevadas.
Cerca de mil bombeiros combatiam ao início da manhã de hoje os três incêndios em curso que mais preocupações levantam às autoridades, em Odemira, Ourém e Mangualde, segundo a Proteção Civil.
De acordo com a informação disponível no site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o incêndio que começou em São Teotónio, Odemira, no sábado é o que mais meios mobilizava pelas 7h25, com um total de 566 operacionais, apoiados por 202 viaturas.
Este incêndio, no distrito de Beja, já obrigou a evacuar quatro locais no concelho de Odemira (Vale dos Alhos, Vale de Água, Choça dos Vales e Relva Grande) e mais uma unidade de Turismo Rural, num total de mais de 100 pessoas retiradas.
Numa nota publicada na página oficial da autarquia na rede social Facebook, a Câmara de Odemira revelou que o presidente, Hélder Guerreiro, determinou a ativação do Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil, com efeitos às 14h30 de domingo.
Segundo a informação disponibilizada no site da ANEPC, o incêndio que deflagrou no domingo em Ourém, no distrito de Santarém, mobilizava ao início da manhã de hoje 339 operacionais, apoiados por 103 viaturas.
Já durante a madrugada de hoje, pelas 3h00, deflagrou um outro fogo em Mangualde, no distrito de Viseu, que pelas 7h25 mobilizava 59 operacionais, apoiados por 15 viaturas.
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), mais de 120 concelhos do interior Norte e Centro e dos distritos de Beja e Faro estão hoje em perigo máximo de incêndio.
Face às previsões meteorológicas para os próximos dias, o Governo está a ponderar declarar situação de alerta devido ao elevado perigo de incêndios rurais, disse hoje a secretária de Estado da Proteção Civil.
Desde o início do ano, as mais de 5.529 ocorrências de fogo já afetaram 19.106 hectares de espaços rurais.
O aviso vermelho para hoje devido ao calor foi alargado aos distritos de Lisboa e Setúbal, depois de já terem sido acionados para Castelo Branco, Santarém, Évora e Portalegre, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O aviso vermelho, o mais grave, está ativo desde as 04:30 e pelo menos até às 23:00 de hoje, de acordo com o IPMA.
Estes avisos passam a laranja até final do dia de terça-feira em Évora, Santarém, Castelo Branco e Portalegre.
Nos distritos de Lisboa e Setúbal o aviso passa diretamente para amarelo (o terceiro mais grave) a partir das 23:00 de hoje, mantendo-se assim pelo menos até final de terça-feira.
Também sob aviso laranja até final do dia de hoje estão Braga e Beja, enquanto nos distritos de Viseu, Leiria e Coimbra o aviso laranja mantém-se até final do dia de terça-feira, passando depois para amarelo.
Já em Bragança e na Guarda o aviso laranja permanece ativo até às 23:00 de quarta-feira.
Dos 18 distritos de Portugal continental, Faro é o único que não se encontrará nos próximos dias sob qualquer tipo de aviso, segundo o IPMA.
Face às previsões meteorológicas para os próximos dias, o Governo está a ponderar declarar situação de alerta devido ao elevado perigo de incêndios rurais, disse hoje a secretária de Estado da Proteção Civil.
De acordo com o instituto responsável pelo serviço meteorológico, desde sábado que se assiste a uma subida generalizada dos valores de temperatura máxima, "salientando-se alguns locais das regiões centro e sul, com valores observados superiores a 40°C [graus Celsius]".
A partir de terça-feira, o IPMA prevê uma rotação do vento para o quadrante sul, e, por conseguinte, uma descida gradual dos valores de temperatura, que deverá ocorrer, inicialmente, na região sul, estendendo-se ao restante território na quarta e quinta-feira.
Para hoje, o IPMA prevê uma pequena subida da temperatura no Norte e Centro, e a continuação de tempo quente com céu limpo. O vento vai soprar mais intenso nas terras altas.
Quanto a temperaturas, as mínimas vão variar entre os 14º Celsius (Bragança) e os 28ºC (Portalegre) e as máximas entre os 29ºC (Faro e Sines) e os 44ºC (Évora).