Reportagem

Incêndios em Portugal. A situação ao minuto

por Mariana Ribeiro Soares, Joana Raposo Santos, Carlos Santos Neves - RTP

Simão Martinho - RTP

Acompanhamos neste artigo, ao minuto, a evolução dos incêndios em Portugal.

Mais atualizações

00h45 - Fogo em Ponte de Lima em conclusão

O incêndio que deflagrou na quinta-feira às 14:56 na freguesia da Labruja, no concelho de Ponte de Lima (Viana do Castelo), entrou em conclusão às 23:02 do mesmo dia, confirmou à Lusa a Proteção Civil.

Ao início da noite de quinta-feira, o comandante dos bombeiros de Ponte de Lima dizia esperar travar o incêndio "a partir da meia-noite".

Contactado pela agência Lusa, Carlos Lima adiantou na ocasião que o fogo tinha duas frentes na freguesia da Labruja, e era o segundo que deflagrou no concelho, na freguesia de Arcozelo.

O responsável adiantou que o incêndio não causou ferimentos nem em bombeiros nem na população e não afetou habitações.

Anteriormente à Lusa, o presidente da Câmara Vasco Ferraz disse "haver suspeita de fogo posto, uma vez que o incêndio começou num local, os bombeiros conseguiram extingui-lo, mas já outro surgia num outro ponto, completamente oposto".

De acordo com o `site` da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 00:30 encontravam-se ainda no local 73 operacionais, com o apoio de 22 viaturas, a realizar trabalhos de rescaldo.

(agência Lusa)

00h20 - Valpaços. Incêndio praticamente circunscrito pelas 00h00
00h00 - Ponto da situação

Há sete incêndios ativos, em Portugal, a esta hora.
O mais preocupante é do Valpaços que, durante a tarde, ameaçou casas e chegou à cidade transmontana.

23h30 - Combate decorre de forma favorável em Valpaços

O combate ao incêndio que deflagrou quarta-feira, em Lamas, Valpaços, está a "decorrer favoravelmente", havendo "pouca chama ativa" pelo perímetro, disse o segundo comandante distrital de operações de socorro (CODIS) de Vila Real.

"As operações de combate estão a decorrer favoravelmente, já temos pouca chama ativa. Tínhamos uma parte que vinha em direção a uma aldeia, mas agora já está dominada e não oferece perigo", disse Artur Mota, num ponto de situação feito à agência Lusa pelas 23:00.

(agência Lusa)

22h36 - Mais de 600 bombeiros combatiam 11 fogos ativos às 22:30

Mais de 600 operacionais combatiam às 22:30 onze incêndios ativos em Portugal continental, sendo o do concelho de Valpaços, Vila Real, o que está a colocar mais bombeiros em alerta, segundo o ‘site’ da Proteção Civil.

Os 11 fogos em curso estavam a ser combatidos por 649 operacionais e 203 meios terrestres.

De acordo com a página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 22:30, estavam em resolução seis fogos, com 385 bombeiros e 105 viaturas.

Em Valpaços estavam 260 operacionais, apoiados por 82 veículos.

Ao início da noite, o presidente da Câmara de Valpaços disse que o vento forte ia manter em alerta todos os operacionais que combatem o incêndio.

(agência Lusa)


21h48 - Vento forte vai manter em alerta operacionais em Valpaços

O vento forte vai manter em alerta todos os operacionais que combatem o incêndio que deflagrou na quarta-feira, em Lamas, e que chegou hoje à cidade de Valpaços, disse o presidente da câmara local.

Amílcar Almeida disse que, pelas 20:00, a "situação estava mais calma" no concelho de Valpaços, depois de, durante a tarde, se terem vivido "momentos de aflição".

"Felizmente já não temos fogo ao pé das casas", afirmou, referindo que o incêndio lavrou junto a casas de um bairro residencial da cidade, onde as máquinas de rasto também estiveram a limpar e a abrir uma zona de contenção.

Antes tinha também ameaçado algumas habitações na aldeia de Vassal, situada muito próxima da sede deste concelho do distrito de Vila Real.

"A nossa maior preocupação são as rajadas fortes de vento que se fazem sentir e que fazem com que tenhamos de estar alerta toda a noite. Vamos permanecer por aqui. Queremos acreditar que vamos ter uma noite mais serena, mas é sempre imprevisível porque não sabemos a direção que o vento vai tomar e que ainda pode trazer algumas preocupações e prejuízos", afirmou Amílcar Almeida.

Pelas 22:00 prevê-se a intensificação do vento que poderá ter rajadas de cerca de 40 quilómetros por hora.

(agência Lusa)


21h34 - Valpaços pede um reservatório de água para ajudar no combate aos incêndios

Amílcar Almeida, presidente da Câmara Municipal de Valpaços, exige a construção de um reservatório de água no concelho para ajudar a combater os incêndios.

Amílcar Almeida fala num "problema crónico" e explica que os meios aéreos têm, atualmente, de ir abastecer a Ribeira de Pena, Macedo de Cavaleiros ou Montalegre, demorando cerca de 40 minutos em cada viagem.
O autarca sublinha que aguarda por uma resposta acerca deste assunto há cinco anos.

As chamas chegaram durante a tarde desta quinta-feira à cidade de Valpaços, ameaçando as habitações. Durante a noite prevê-se um agravamento do vento.

20h50 - Chamas chegaram muito perto das casas em Valpaços

O incêndio em Valpaços que tinha sido dado como dominado ontem à noite, voltou em força esta tarde. A tarde foi de aflição na aldeia de Vassal. Puxam-se mangueiras, enchem-se baldes. Faz-se de tudo para evitar o pior.


19h38 - Valpaços exige reservatório de água que faria "a diferença" no combate

O presidente da Câmara de Valpaços exigiu a construção de um reservatório de água no concelho que poderá ajudar a combater incêndios como o que lavra hoje neste território e ameaçou casas na aldeia de Vassal.

Amigos e vizinhos juntaram-se numa vivenda à entrada da aldeia de Vassal, a poucos quilómetros da cidade de Valpaços, distrito de Vila Real, para ajudar os proprietários a proteger a casa de onde as chamas se aproximaram esta tarde.

Dentro da propriedade estavam elementos da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da GNR, posicionaram-se os bombeiros e também o presidente da Câmara de Valpaços, Amílcar Almeida, se encontrava no local, onde, em declarações aos jornalistas, apelou à construção de um aproveitamento hidroagrícola.

"Pela riqueza do setor primário, mas acima de tudo para fazer face aos fogos florestais que, ano após ano, continuam a devastar o nosso território. De uma vez por todas que nos aprovem o nosso projeto de um reservatório de água. Será uma salvação para este território e outros que confinam connosco", afirmou o autarca.

Os meios aéreos que estão a combater este fogo têm, segundo o autarca, de ir abastecer a Ribeira de Pena (Daivões), Montalegre (Alto Rabagão) ou Macedo de Cavaleiros (Azibo).

"Estaríamos aqui a cinco minutos (do reservatório) e agora demoramos 40 a 45 minutos, a diferença está aí. Os nossos governantes que ajudem o concelho de Valpaços", afirmou.

Amílcar Almeida disse que aguarda "há cinco anos pela aprovação" deste projeto, que se pretende construir na parte mais alta do concelho, junto à serra da Padrela, e que "poderia fazer toda a diferença para a agricultura, o pilar da economia local, e, também, no combate aos fogos".

"Não faz sentido. Somos um país desenvolvido mas por vezes peca por tanto excesso de papéis e papelada. Daqui a uns anos será tarde porque já não teremos, sequer, uma folha verde", frisou.

(agência Lusa)

19h25 - Valpaços. Chamas atingem perímetro urbano da cidade

Os bombeiros estão a combater o fogo que já chegou a Valpaços pouco antes das 19h00, com o apoio de sete meios aéreos.

A população assiste sobressaltada ao avanço das chamas que ameaçam casas, campos e recursos agrícolas.


18h06 - Restabelecida circulação ferroviária da Fertagus em Almada

A circulação ferroviária da Fertagus entre o Pragal (Almada) e Corroios (Seixal), no distrito de Setúbal, foi restabelecida às 17:33, depois de ter estado suspensa devido a um incêndio, informou a Infraestruturas de Portugal (IP).

A circulação entre estas duas estações estava suspensa desde as 15:30 e, no restante percurso apresentava "fortes perturbações", segundo indicou a Fertagus na sua página da internet.

Um incêndio deflagrou pelas 15:00 numa zona de mato no concelho de Almada, distrito de Setúbal, e encontra-se já numa fase de resolução, segundo a página de internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

No local, pelas 18:00, permaneciam 92 operacionais, apoiados por 28 viaturas.


17h49 – Governo alarga a mais freguesias o apoio à alimentação animal

O Governo alargou a lista de freguesias afetadas pelos fogos cujos agricultores podem recorrer ao mecanismo de apoio para a alimentação animal, que tem uma dotação global de 500.000 euros.

O aditamento à portaria de 16 de agosto foi publicado hoje em Diário da República e produz efeitos a dia 17.

Assinado pela ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, o despacho publicado hoje inclui mais 26 freguesias, "em virtude das suas áreas terem sido abrangidas pelos incêndios".

Segundo a informação, estão em causa as freguesias de Belmonte e Colmeal da Torre (concelho de Belmonte), Prados, Rapa e Cadafaz (Celorico da Beira), Orjais, Vale Formoso e Aldeia do Souto (Covilhã), Fatela (Fundão), Alvares (Góis), Gouveia - São Pedro e São Julião, Melo e Nabais, São Paio (Gouveia), Aldeia Viçosa, Casal de Cinza, Gonçalo, Jarmelo São Pedro, Mizarela, Pêro Soares e Vila Soeiro, Pêra do Moço, Pousade e Albardo, Rochoso e Monte Margarida, Sobral da Serra, Vila Cortês do Mondego, Vila Fernando (Guarda), Tavares (Mangualde), Lorvão, Penacova (Penacova) Antenas e Matela, Germil (Penalva do Castelo).

(Agência Lusa)

17h20 – Circulação ferroviária entre Pragal e Corroios continua suspensa

A circulação ferroviária da Fertagus entre o Pragal (Almada) e Corroios (Seixal), no distrito de Setúbal, continua suspensa devido a um incêndio que deflagrou junto à linha, informa a empresa na sua página da internet.

Em alternativa, a Fertagus aconselha os passageiros a utilizar o Metro Sul do Tejo.

Numa pequena nota publicada no seu `site`, a empresa que assegura a ligação ferroviária entre as margens sul e norte do Tejo na região de Lisboa explica que a circulação entre as restantes estações está com "fortes perturbações".

De acordo com a página da internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), 84 operacionais, apoiados por 24 viaturas, combatem o incêndio, que deflagrou pelas 15h00 numa zona de mato no concelho de Almada.

17h06 – Homem de 43 anos detido pela PJ suspeito de atear incêndios em Sardoal

Um homem de 43 anos foi detido pela Polícia Judiciária em Sardoal, local onde reside, por ser suspeito da autoria de vários crimes de incêndio florestal neste concelho do distrito de Santarém, foi hoje anunciado.

Em comunicado, a PJ de Leiria explicou que a detenção decorreu após trabalhos de investigação do Departamento de Investigação Criminal de Leiria, em articulação com o Grupo de Trabalho para a Redução das Ignições em Espaço Rural (GT), na sequência de vários incêndios florestais verificados no concelho do Sardoal, em datas e momentos não mencionados, e que culminaram na identificação e detenção do presumível autor.

"Trata-se de um homem de 43 anos de idade, residente na zona do Sardoal", refere a PJ no comunicado, dando conta que, "dos incêndios em causa resultaram elevados prejuízos patrimoniais e para o meio ambiente, consubstanciados na destruição de extensa área florestal".

(Agência Lusa)

16h36 – População de lugar em Ponte de Lima retirada por precaução

A população do lugar de Felgueiras, em Moreira do Lima, Ponte de Lima, vai ser retirada das habitações devido ao incêndio que deflagrou hoje na freguesia de Arcozelo, informou o presidente da Câmara.

Contactado pela agência Lusa, Vasco Ferraz adiantou que a medida, tomada por "apenas por precaução, envolve cerca de 20 a 30 pessoas, sobretudo idosos".

"Se até final da tarde, que é o que esperamos, o incêndio estiver resolvido, a população volta para casa. Há ainda uma indústria de extração e transformação de granito, no cimo da serra de Antelas, que não será afetada pelo fogo, já que na envolvente não existe nada para arder, mas face à possibilidade de os caminhos ficarem impedidos e à inalação de fumo, solicitamos ao dono da empresa que retirasse os funcionários", adiantou o autarca do CDS-PP.

(Agência Lusa)

16h24 – Incêndio em Almada obriga ao corte da linha ferroviária da Fertagus nos dois sentidos

Um incêndio em Almada obrigou esta tarde ao corte, nos dois sentidos, da linha ferroviária da Fertagus.

É o comboio que faz a ligação entre a margem sul e Lisboa.

Neste incêndio estão mobilizados quase 100 operacionais.

16h13 – Chamas em Valpaços aproximam-se de habitações e obrigam ao corte de estrada nacional

Subiram para sete os meios aéreos que combatem o reacendimento em Valpaços. A RTP está na aldeia de Vassal, onde falou com um habitante que relatou os momentos de aflição vividos nesta altura.

O incêndio aproxima-se de habitações e obrigou já ao corte da estrada nacional que liga Valpaços a Vila Pouca de Aguiar.

A tarde adivinha-se bastante quente e não há pontos de água nas proximidades, pelo que os operacionais têm de se dirigir ao concelho vizinho de Montalegre para que os meios possam atuar.

15h51 – Situação complica-se em Valpaços

O incêndio que começou na terça-feira em Valverde, no concelho de Valpaços, continua a preocupar as autoridades.

Nesta altura, as duas frentes ativas mobilizam mais de duas centenas de operacionais e três meios aéreos.

O fogo já tinha sido dado como dominado, mas reativou-se ontem. Esteve perto de uma aldeia e chegou a cortar a Estrada Nacional 213, que, entretanto, foi reaberta.

O vento, as temperaturas altas e as condições do terreno têm dificultado o trabalho dos bombeiros e a situação complicou-se na última hora.

15h23 – Bispo de Viseu fala em "cenário de terrorismo" que é preciso denunciar

O bispo de Viseu, António Luciano, considerou hoje que os "terríveis incêndios" que se têm registado em Portugal são "um cenário de terrorismo, de mão criminosa, de uma outra guerra que é preciso denunciar".

"Não podemos ficar calados e indiferentes. É preciso reagir para pôr termo a tão grande mal. Numa visão teológica da fé são grandes pecados sociais, que devemos saber reparar com respostas de amor e de um bem maior para todos", referiu António Luciano, num texto publicado no 'site' da diocese, intitulado "Senhor, livrai-nos do fogo dos incêndios".

No seu entender, "estes incêndios são um sinal da presença do mal no mundo de hoje" e os cristãos são convidados "a construir o bem e a vencer o mal que acontece na natureza e no mundo" com a sua oração e ação.

"O fogo provocado nas florestas e campos agrícolas, por descuido e incúria de muitos, ou mesmo causado por mão criminosa, tem sempre uma desculpa e um sujeito responsável. Têm de se responsabilizados os autores de tão grandes desgraças e devemos pensar no bem daqueles, que durante estes dias, não tiveram paz, sossego e tranquilidade para combater as chamas", frisou.

(Agência Lusa)

14h44 – PCP da Guarda defende Plano de Emergência para a serra da Estrela

O PCP da Guarda defendeu hoje um Plano de Emergência para a serra da Estrela e medidas de defesa da floresta e do sistema de proteção civil, "face ao incêndio que destruiu uma importante parte" do Parque Natural.

"Não obstante a decisão já anunciada de declaração de Estado de Calamidade, o PCP apresentará, ainda, uma proposta para a elaboração de um Plano de Emergência que assegure meios humanos, financeiros e técnicos para a sua gestão, a defesa e valorização da produção agrícola e pecuária e, em particular, da ovelha Bordaleira da Serra da Estrela, e a planificação e programação de medidas de intervenção para o repovoamento florestal e para o restabelecimento e proteção do património natural perdido", referiu a Direção da Organização Regional da Guarda (DORG) do PCP em comunicado enviado à agência Lusa.

Segundo a nota, o partido "apresentará, já no reinício da Sessão Legislativa, um Projeto-lei com vista ao estabelecimento de medidas de estabilização de emergência de solos, em todos os incêndios de grande dimensão, e à garantia dos meios públicos com esse objetivo".

(Agência Lusa)

14h26 – Calamidade por um ano na Serra da Estrela

O Governo declarou estado de calamidade durante o período de um ano na Serra da Estrela, devido aos incêndios que afetaram recentemente a região.

"Foi aprovada a resolução que declara a situação de calamidade no Parque Natural da Serra da Estrela por um período de um ano, em consequência dos danos causados pelos incêndios florestais registados em agosto de 2022, para efeitos de reposição da normalidade na respetiva área geográfica, salvaguardando a paisagem classificada do Estrela Geopark Mundial da UNESCO", lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.

Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Ministros realizado hoje, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, anunciou ainda que o levantamento dos danos e prejuízos causados por este incêndio será feito no prazo de 15 dias e que a mesma situação de calamidade alargar-se-á não apenas aos municípios afetados, como a todo os outros no país onde tenham ardido “mais de 4.500 hectares ou 10% da sua área”, em 2022.

13h38 - Valpaços. Situação mais tranquila na aldeia de Lamas

A equipa de reportagem da RTP descreveu as movimentações dos bombeiros em Lamas, ao início da tarde desta quinta-feira.


13h25 - Duas frente em Lamas

Continua a preocupar as autoridades o incêndio que começou na terça-feira em Valverde, no concelho de Valpaços. Nesta altura, as duas frentes ativas, na localidade de Lamas, mobilizam mais de duas centenas de operacionais e três meios áereos.
O fogo já tinha sido dado como dominado. Reativou-se na quinta-feira, esteve perto de uma aldeia e chegou a cortar a Estrada Nacional 213, entretanto reaberta.

O vento, as temperaturas altas e as condições do terreno têm dificultado o trabalho dos bombeiros.

12h56 - Viatura dos bombeiros ardeu no combate ao fogo em Valpaços

Uma viatura dos bombeiros ardeu esta manhã no combate ao incêndio que deflagrou na quarta-feira em Lamas, concelho de Valpaços, e que lavra em zona de mato e pinhal, segundo o comandante deste teatro de operações.

José Barros, comandante dos bombeiros de Sabrosa, disse que na sequência do incidente não se verificaram feridos, explicando que a viatura pesada foi atingida durante o combate ao fogo que lavra no concelho de Valpaços, distrito de Vila Real.

“Esta manhã ardeu mais uma viatura de bombeiros, felizmente sem consequências para os bombeiros que faziam parte da sua tripulação”, informou também a Liga dos Bombeiros Portugueses.

A viatura, explicou a Liga, “apoiava o combate ao fogo em Valpaços e pertence à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Carnaxide, Oeiras”.

José Barros referiu que o fogo lavra numa zona de mato e pinhal, tem duas frentes ativas e muitos pontos quentes, não havendo, neste momento, localidades em perigo.

As preocupações dos operacionais são também as “condições meteorológicas desfavoráveis” esperadas para esta tarde, nomeadamente o vento forte.

(Agência Lusa)

12h26 - Vila Real. Situação dos incêndios “controlada”, mas sob vigilância

Rui Santos, presidente da Câmara de Vila Real, disse há minutos em entrevista à RTP que “a situação dos incêndios está neste momento controlada”.
“Mas sabemos que a qualquer momento um reacendimento ou outro qualquer fator pode tornar mentira aquilo que agora estou a dizer”, alertou. “Todos estamos preparados para isso”.

9h20 - Meios aéreos reforçam combate às chamas em Valpaços

Pelo menos quatro aviões reforçam esta manhã o combate ao incêndio em Lamas, no concelho de Valpaços. De acordo com a Proteção Civil, é esta a "situação mais delicada" no distrito de Vila Real.

"No distrito, neste momento, a situação mais delicada é Valpaços, particularmente a ocorrência de Lamas, Ervões", afirmou o comandante distrital de operações de socorro (CODIS) de Vila Real, Miguel Fonseca, citado pela Lusa.

O mesmo responsável indicou que "os trabalhos estão a decorrer favoravelmente" e que, por agora, "não há aldeias na linha do incêndio".

O fogo lavra desde as 17h35 de quarta-feira e desenvolve-se em local de difícil acesso. Os ventos fortes são fator de preocupação.

No terreno, pelas 9h00, estavam 164 operacionais e 52 viaturas.

Quanto ao incêndio que deflagrou no domingo em Samardã, Vila Real, Miguel Fonseca adiantou que persiste "ainda um ponto quente" junto á aldeia de Relva e acima de Borbela. Os operacionais estão a "fazer uma ação profunda de consolidação", tendo em vista travar "qualquer tipo de reativação".

Relativamente ao resto do perímetro do incêndio, este está "devidamente consolidado", mantendo-se todavia um "dispositivo de vigilância" e "ações de consolidação".

Esta quinta-feira deverá ocorrer uma desmobilização de meios, ficando neste teatro de operações um "efetivo de cerca de 100 elementos".

Pelas 9h00, segundo o portal da ANEPC, estavam mobilizados para o local 305 operacionais e 82 viaturas, incluindo bombeiros, elementos da GNR, da Proteção Civil Distrital e Municipal e três pelotões das Forças Armadas.

9h07 - Apoios aos municípios serão definidos de acordo com as áreas ardidas

Retomamos as declarações proferidas na quarta-feira pela ministra da Coesão Territórial.
Ana Abrunhosa disse que haverá apoios aos municípios afetados pelos incêndios e serão semelhantes ao que foi aplicado no caso de Pedrógão Grande.

8h12 - Cem detenções. Instaurados 3.300 inquéritos por crime de incêndio

A Polícia Judiciária considera que o crime de incêndio florestal deve ser considerado doloso mesmo quando uma pessoa não tem intenção de provocar um incêndio.
Seria uma forma de penalizar duramente os que continuam a acender fogueiras numa altura em que é proibido.

7h46 - Mais de 200 operacionais combatiam dois fogos cerca das 7h00

Segundo dados da Proteção Civil, mais de 200 operacionais combatiam, pelas 6h45, dois fogos ativos em Portugal continental, com o incêndio no concelho de Valpaços, Vila Real, a mobilizar o maior número de meios.

Os dois incêndios estavam a mobilizar 208 operacionais, com o apoio de 61 meios terrestres.

O incêndio que mais meios mobilizava era o que deflagrou às 17h35 de quarta-feira em Lamas, freguesia de Ervões, concelho de Valpaços, no distrito de Vila Real, com 155 operacionais, apoiados por 47 veículos.

Em curso estava também o incêndio que deflagrou às 19h33 de quarta-feira na localidade de Vilela, freguesia de Rio Douro, concelho de Cabeceiras de Basto, distrito de Braga, que estava a ser combatido por 53 operacionais, com o apoio de 14 veículos.

7h36 - Incêndio de Valverde dominado. "Projeções lançadas a muita distância"

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Valverde, Luís Nogueira, explicou na última noite as dificuldades em combater o incêndio. Nas operações de rescaldo estão ainda perto de uma centena de operacionais.
O incêndio em Varverde, no concelho de Valpaços, já está dominado. Na quinta-feira, as chamas estiveram perto da aldeia de Meneses e da Estrada Nacional 213, que foi cortada cerca das 21h00.

7h28 - Estrada Nacional 213 reaberta ao trânsito

A Estrada Nacional 213, que liga Valpaços a Mirandela, cortada devido à reativação de um incêndio em Valverde, distrito de Vila Real, foi reaberta à circulação pelas 23h15 de quarta-feira.

O fogo, que deflagrou na terça-feira em Valpaços, distrito de Vila Real, sofreu na tarde de quarta-feira uma reativação no "mesmo local e mesma linha de incêndio", segundo fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, citada pela agência Lusa.

Pelas 6h15 desta quinta-feira, o incêndio mobilizava ainda 155 operacionais e 47 meios terrestres.

7h07 - Ponto de situação


  • O incêndio em Varverde, no Concelho de Valpaços, está dado como dominado. Na quarta-feira, as chamas estiveram perto da aldeia de Meneses e da Estrada Nacional 213, que foi cortada cerca das 21h00. Nas operações de rescaldo estão perto de uma centena de operacionais.

  • Em Vila Real, arderam já mais de seis mil hectares. Ao início da tarde de quarta-feira houve uma forte reativação em Cravelas. O incêndio está agora em fase de resolução, mas, ainda assim, é o que concentra mais meios. Estão no terreno perto de 300 operacionais, apoiados por mais de 70 viaturas.

  • A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, reuniu-se com o presidente da Câmara Municipal de Vila Real e admite que venha a ser decretado o estado de calamidade no concelho.

  • Este ano já foram instaurados cerca de 3.300 inquéritos por crime de incêndio florestal. Foram detidas mais de uma centena de pessoas.

  • O líder do PSD, Luís Montenegro, veio exigir um pedido de desculpas aos portugueses por parte da secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, por causa de declarações que considera inaceitáveis. A governante afirmou que, este ano, ardeu 70 por cento do território estimado.