Reportagem

Incêndios em Portugal. A situação ao minuto

por Joana Raposo Santos, Carlos Santos Neves - RTP

Simão Martinho - RTP

Acompanhamos neste artigo, ao minuto, a evolução dos incêndios em Portugal.

Mais atualizações

00h40 - Mais de 200 operacionais combatiam quatro fogos ativos às 00:30

Mais de 200 operacionais combatiam hoje às 00:30 quatro incêndios ativos em Portugal continental, estando o de Rojão do Meio, em Mesão Frio (Vila Real), a mobilizar 81 bombeiros, segundo o ‘site’ da Proteção Civil.

Os incêndios em curso pelas 00:30 estavam a ser combatidos por 207 operacionais e 59 meios terrestres.

De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), à mesma hora, estavam em resolução cinco fogos, com 424 operacionais, apoiados por 122 viaturas.

O incêndio que lavra desde domingo em Rojão do Meio, em Mesão Frio, continuava ativo e a ser considerado “ocorrência importante” para a ANEPC.

Em Rojão do Meio estavam 81 operacionais, com o apoio de 28 viaturas.

Às 00:30, encontravam-se em conclusão 40 fogos, envolvendo 1.324 e 435 meios terrestres.

(agência Lusa)

00h20 - Governo admite possibilidade de vir a decretar estado de calamidade noutras áreas

O ministro da Administração Interna admite que possa vir a ser declarado estado de calamidade noutras regiões afetadas pelos incêndios.
José Luís Carneiro garante que o governo terá em atenção os prejuízos de todas as zonas do país.

23h00 - Mais de 120 operacionais combatiam nove fogos ativos às 22h30

Mais de 120 operacionais estavam hoje às 22:30 a combater nove incêndios ativos em Portugal continental, sendo o de Rojão do Meio, em Mesão Frio (Vila Real), a mobilizar mais bombeiros, segundo o ‘site’ da Proteção Civil.

Os nove incêndios rurais em curso pelas 22:30 estavam a ser combatidos por 128 operacionais e 36 meios terrestres.

De acordo com Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), à mesma hora, estavam em resolução três fogos, com 567 operacionais, apoiados por 166 veículos.

O incêndio que lavra desde domingo em Rojão do Meio, em Mesão Frio, continuava ativo e a ser considerado “ocorrência importante” para a ANEPC.

Em Rojão do Meio estavam 73 operacionais, com o apoio de 23 viaturas.

O incêndio que deflagrou domingo na Samardã, Vila Real, entrou em fase de resolução esta noite, mas vai manter-se no terreno “um forte dispositivo” em operações de rescaldo e de vigilância, de acordo com a Proteção Civil.

O alerta para este incêndio foi dado pelas 07:00 de domingo na serra do Alvão, na zona da Samardã, e devido ao vento forte e inconstante espalhou-se em três frentes.

Também o incêndio que deflagrou na tarde de hoje em Paredes, no distrito do Porto, foi dado como dominado às 22:10.

(agência Lusa)

22h10 - Área ardida. Bombeiros indignados com declarações de secretária de Estado

21h50 - Vai ser declarado Estado de Calamidade na região da Serra da Estrela

21h30 - Incêndio de Alenquer ameaçou habitações na Aldeia do Bairro

21h15 - Frente na aldeia de Fortunho já lavra com pouca intensidade
21h00 - O dia em Ourém. Casas e uma empresa de madeiras ameaçadas pelas chamas
20h50 - Ourém. Fim de tarde tranquilo após vários reacendimentos
20h40 - Vila Real. Perspetivas "muito positivas" de dominar o incêndio durante a noite

O incêndio, que deflagrou domingo na Samardã, Vila Real, poderá assim ser dado como dominado na "próxima hora" mantendo-se no terreno "um forte dispositivo" em operações de rescaldo e de vigilância, disse o comandante distrital da Proteção Civil.

"Das três frentes que tivemos ativas durante o dia temos já duas delas completamente dominadas, sendo que falta uma pequena frente que está neste momento a ceder aos meios operacionais e, por essa forma, queremos acreditar que daqui a muito pouco tempo poderemos ter essa frente também dominada dando, por fim, o incêndio como dominado", afirmou Miguel Fonseca.

O CODIS prevê que o fogo poderá estar dominado na "próxima hora" e disse que "tudo está a ser feito para manter os operacionais quer em ações de consolidação, quer em ações de vigilância, não só durante esta noite, como nos próximos dias".

As preocupações, apontou, são as dimensão do fogo e as condições meteorológicas, designadamente o vento forte.

"Neste momento estamos a contar que durante a noite haja efetivamente uma alteração das condições do vento, temos uma oportunidade no que toca à temperatura, mas no que toca ao vento estamos a contar que nos traga algumas preocupações", referiu.

Miguel Fonseca reforçou que, nos próximos dias, manter-se-á em Vila Real um "forte dispositivo para garantir que as ações de vigilância e, principalmente, as de consolidação se desenvolvam da forma mais competente possível para que não ocorram reativações que ponham em risco as populações".

O alerta para este incêndio foi dado pelas 07.00 de domingo na serra do Alvão, na zona da Samardã, e devido ao vento forte e inconstante espalhou-se em três frentes.

O presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, apontou para uma área ardida, de acordo com dados ainda provisórios, na ordem dos 4.500 hectares essencialmente de mato e algum pinhal.

Segundo o `site` da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção (ANEPC), pelas 20:30, estavam mobilizados para o local 443 operacionais e 129 viaturas. Durante o dia chegaram a estar neste teatro de operações nove meios aéreos.

No distrito de Vila Real, há um outro incêndio que está a queimar uma área de pinhal no concelho de Mesão Frio. O alerta para este fogo foi dado às 15:02 de domingo e o combate mobiliza 63 operacionais e 17 viaturas.

(com Lusa)

20h20 - Estado de alerta mantém-se apenas até às 24h de dia 23

Em direto a partir da sede da Agência Nacional de Emergência e Proteção Civil após uma reunião para a avaliar a Situação de Alerta em Portugal por causa dos incendios, o ministro da Administração Interna anunciou que o estado de alerta se vai manter apenas até às 24h00 de terça-feira.

Na base da decisão, a melhoria das condições atmosféricas, incluindo a descida das temperaturas e o aumento dos níveis de humidade que nas zonas do litoral "poderá chegar aos 80 por cento".

Fica assim marcado o regresso a partir de quarta-feira a um "quadro regular de verão, pese embora o quadro conhecido de todos de seca severa e seca extrema".

"Em função deste quadro de melhoria significativa a partir de quarta-feira das condições meteorológicas, entendemos que era possível aliviar as restrições associadas ao perigo de incêndios rurais e decidimos, por isso, não prolongar a situação de alerta para além das 24:00 do dia de amanhã [terça-feira]", disse o ministro José Luís Carneiro em conferência de imprensa.

Terça-feira irão manter-se 16 distritos sob "alerta laranja", com o número a descer a somente cinco distritos no dia 26, especialmente do interior norte e centro já que "a situação continua a exigir especiais cuidados".

(com Lusa)

20h10 - Frente dominada na Serra do Alvão

As chamas lavraram ali quase todo o dia

19h40 - Mais de 200 operacionais combatem fogo em Rio Maior sem habitações em risco

Mais de duas centenas de operacionais combatem um incêndio que deflagrou esta tarde no concelho de Rio Maior, e que não está a colocar habitações em risco, disse fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém.

O incêndio teve início pelas 15:56 numa zona de mato da freguesia de Arrouquelas, no concelho de Rio Maior, e mobilizava, pelas 19:28, 217 operacionais, apoiados por 62 viaturas e cinco meios aéreos, segundo o `site` da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Em declarações à Lusa, fonte do CDOS de Santarém adiantou que, apesar de o incêndio lavrar num "perímetro grande", está a ceder aos meios.

"Ainda está ativo, com alguma intensidade, mas está a ceder aos meios de combate. Portanto, a situação é favorável", apontou.

A mesma fonte disse ainda que não existe registo de habitações que estejam em risco.

(agência Lusa)

19h20 - André Ventura critica apoio do Presidente ao Governo

O Líder do Chega considera que o Presidente da República esteve mal ao apoiar e justificar a atuação do Governo nos incêndios.

André Ventura acusa Marcelo Rebelo de Sousa de ter uma fixação política pelo Primeiro-ministro, mesmo com falhas graves no combate às chamas.

19h10 - Fogos de Ourém entram em fase de resolução

O incêndio que deflagrou na sexta-feira em Espite, concelho de Ourém, e que se reativou hoje entrou em fase de resolução, assim como o novo foco que surgiu esta tarde na freguesia de Matas e Cercal, segundo a Proteção Civil.

De acordo com o sítio da internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o incêndio em Carvalhal, na freguesia de Espite, está em fase de resolução, sendo que, pelas 18:36, estavam ainda 200 operacionais no terreno, apoiados por 65 veículos e um meio aéreo.

Pelas 16:30, o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém precisou à agência Lusa que a reativação do incêndio de Espite "ocorreu junto a Caxarias".

"Os meios foram imediatamente disponibilizados para o local. O combate ao incêndio está a evoluir favoravelmente", disse na altura a fonte do CDOS de Santarém.

A mesma fonte acrescentou que o fogo esteve próximo das habitações, mas os operacionais estiveram na defesa das casas.

Também no concelho de Ourém, distrito de Santarém, deflagrou hoje um novo foco de incêndio, em Ninho de Águia, na freguesia de Matas e Cercal, pelas 15:37, estando este fogo também em resolução.

"Existe vento forte no local, com projeções a média distância. Está a ser um combate difícil", referiu a mesma fonte do CDOS, esta tarde.

Pelas 18:36 estavam no terreno 175 elementos, 43 viaturas e seis meios aéreos.

(agência Lusa)

19h00 - Há, nesta altura, oito incêndios ativos em Portugal.

O que continua a preocupa mais os bombeiros é o fogo em Vila Real.

Os incêndios em Santarém e Viana do Castelo estão também a mobilizar quase 300 bombeiros e dezenas de meios no terreno.

18h15 - Serração salva

Numa reativação em Ourém as chamas estiveram muito perto de uma serração, na localidade de Caxarias.

A serração esteve cercada pelo fogo, mas a ação dos bombeiros e dos populares evitou o pior.

O fogo ganhou força com o tempo quente e a intensidade do vento.

A esta hora o fogo está em resolução, mas os meios mantém-se no terreno para evitar reativações.

18h00 - Ponto da situação

Há, nesta altura, 11 incêndios ativos em Portugal. O que mais preocupa os bombeiros é o fogo em Vila Real.

Os fogos em Ourém e Viana do Castelo estão também a mobilizar mais de 100 bombeiros e dezenas de meios no terreno.

O tempo quente e seco e os ventos muito fortes estão a dificultar o combate às chamas.

O incêndio em Vila Real teve esta tarde várias reativações. O presidente da câmara insistiu em "mão criminosa" na origem do fogo.

Já se previam dificuldades no combate às chamas, devido às altas temperaturas e aos ventos fortes.

O ponto que mais preocupa os bombeiros é o da freguesia de São Tomé do Castelo, em plena Serra do Alvão. Este é o incêndio que envolve mais operacionais no terreno.

Há três frentes, duas em consolidação, combatidas por 500 bombeiros, com ajuda de sete meios aéreos.

Já arderam 4.500 hectares de floresta.

Os meios estão a ser reposicionados para vigilância de possíveis reativações.

17h20 – Noite “voltará a ser complicada” em Vila Real, prevê autarca

O presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, acaba de avançar que duas das frentes ativas estão em consolidação, estando a restante ainda a progredir.

“Temos cerca de 550 homens mobilizados, sete meios aéreos, 4,5 mil hectares ardidos. É nossa expectativa que, nos próximos dois dias e meio, três dias, estes reacendimentos possam continuar”, declarou o autarca.

“Os reacendimentos obrigam-nos a um posicionamento constante de meios”, explicou, adiantando que durante o dia as chamas têm sido essencialmente combatidas pelos meios aéreos.

Durante a noite que se aproxima prevê-se o aumento da intensidade do vento e, por isso prevê-se “que a noite voltará a ser complicada”.

16h50 – Populares e bombeiros combatem reativação em São Cosme, Vila Real

Populares munidos de sachos, giestas e mangueiras de água juntaram-se aos bombeiros para combater um incêndio que se aproximou esta tarde de habitações da aldeia de São Cosme, em Vila Real, após uma reativação.

Mauro Silva trazia um sacho na mão e relatou momentos de aflição desde domingo à hora do almoço até esta tarde, devido ao incêndio que deflagrou na serra do Alvão, na zona da Samardã, e já queimou cerca de 4.000 hectares de mato e pinhal, no concelho de Vila Real.

"Também tive ajuda ontem (domingo) e temos que nos ajudar uns aos outros", afirmou. Primeiro, o fogo lavrou perto da sua casa. Esta tarde é do outro lado da aldeia, tendo chegado perto de habitações.

(Agência Lusa)

16h35 – Vila Real. Principal ponto quente é o da aldeia de Fortunho

Em Vila Real, o principal ponto quente é neste momento o da aldeia de Fortunho, freguesia de São Tomé do Castelo, onde arde uma zona densa de pinhal.

Um helicóptero da Proteção Civil faz o reconhecimento da área, onde estão vários operacionais.

Este tinha já sido um dos principais pontos críticos no domingo.

A RTP está no local a acompanhar todos os desenvolvimentos e falou com um habitante que contou os momentos de sobressalto vividos no último dia.

16h24 - Ourém pede estado de calamidade como na serra da Estrela

O presidente do município de Ourém disse hoje esperar que seja decretado o estado de calamidade naquele concelho do distrito de Santarém, à semelhança do que foi avançado hoje pelo Governo em relação à serra da Estrela.

"Acabei de ouvir decretar o estado de calamidade na serra da Estrela. Espero que o tratamento seja idêntico para o concelho de Ourém, onde temos prejuízos incalculáveis, sobretudo na agricultura e na floresta. Os prejuízos são avultadíssimos", reforçou Luís Albuquerque.

Os incêndios deste verão já destruíram seis mil hectares em Ourém, acrescentou o autarca, ao lembrar que 70% do concelho é constituído por floresta.

"Já não havia grandes incêndios há alguns anos e foi-se acumulando todo o combustível. Mesmo com a limpeza das faixas, era praticamente impossível travar o fogo, dada a intensidade do vento e a velocidade do incêndio", constatou.

(Agência Lusa)

16h12 – Presidente da Câmara de Monção quer "vigilância apertada" a pirómanos

O presidente da Câmara de Monção defendeu hoje para os pirómanos a mesma vigilância aplicada à pedofilia, que "reduziria em 90%" o número de fogos no país, apontado o exemplo do incêndio que lavra desde domingo no concelho.

"Tal como existe uma lista para a pedofilia e para outras áreas, porque não nesta também? Isto tem custos elevadíssimos para o país e tem de ser repensado. A forma como nós fazemos a vigilância, como nós fazemos o acompanhamento destas situações, deve ser feita, senão andamos todos nós a investir meios, tempo e dinheiro para depois não valer absolutamente nada porque todos os anos acontece a mesma coisa", afirmou à agência Lusa António Barbosa.

O autarca social-democrata adiantou que "se houvesse os cuidados respetivos com os pirómanos, os incêndios reduziriam 90%".

"Eu falo pelo concelho de Monção. O que tem acontecido nos últimos anos, seja por negligência seja por mão criminosa, os incêndios têm sempre mão humana", sustentou.

(Agência Lusa)

16h01 - Governo antecipa um milhão de euros para bombeiros da serra da Estrela

O Governo vai "antecipar o pagamento" de um milhão de euros a oito corporações de bombeiros para que possam pagar despesas imprevistas que tiveram com o incêndio na serra da Estrela.

"Tomámos a decisão de antecipar os pagamentos às corporações de bombeiros, às associações humanitárias, tendo em vista garantir que têm liquidez para pagar despesas que tiveram que realizar", anunciou o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.

O ministro falava aos jornalistas após uma reunião na sede dos Bombeiros Voluntários de Manteigas, distrito da Guarda, e na qual marcaram presença mais sete corporações da região da serra da Estrela, entre presidentes de associações humanitárias e comandantes.

"Despesas imprevistas que tiveram de realizar, nomeadamente com alimentação e com despesas relativas aos combustíveis. Há também necessidades que têm a ver com viaturas que ficaram danificadas", acrescentou o ministro.

(Agência Lusa)

15h31 – Reacendimento em Ourém mobiliza bombeiros junto a habitações

Em Caxarias, Ourém, houve uma nova ignição e os bombeiros estão a chegar ao local para a tentar extinguir. Mesmo ao lado do lugar que arde há uma serração com muita madeira no exterior.

Pinheiros e eucaliptos começaram a arder subitamente junto a uma zona com casas e um centro de saúde.

A RTP falou com um habitante que revelou preocupação com as habitações e que mostrou surpresa com a velocidade das chamas, numa zona que ainda não tinha ardido.

15h17 – Ourém teve nova ignição que os bombeiros apagaram rapidamente

Na freguesia de Caxarias, em Ourém, são visíveis as marcas deixadas pelo incêndio, que queimou muita área florestal e chegou a ameaçar habitações. Arderam mais de dois mil hectares em três dias.

Hoje tem sido dia de consolidação e de vigilância para que não haja reacendimentos. Há pouco houve uma nova ignição, rapidamente apagada pelos bombeiros no local.

A intensidade do vento e o aumento das temperaturas continuam a causar preocupação aos operacionais, que são cerca de 500 neste momento.

14h03 – Governo vai declarar estado de calamidade na Serra da Estrela

No final da reunião entre o Governo e autarcas da Serra da Estrela, a ministra da Presidência anunciou a declaração do estado de calamidade na região.

“O estado de calamidade será decretado pelo Conselho de Ministros", o que "dará condições para que todos, Estado e autarquias, possam responder às necessidades deste território”, adiantou Mariana Vieira da Silva. "Essa é a garantia principal que aqui trouxemos".

Segundo a ministra, haverá uma primeira fase imediata no terreno, “por exemplo de apoio à alimentação animal, de recuperação e retirada de madeira queimada que coloque uma situação de perigo iminente, e de apoio social no terreno”.

“Durante os próximos 15 dias será feito o levantamento de todos os danos e prejuízos deste incêndio, e esse é um prazo muito curto que responde a esta situação de urgência e calamidade que aqui vivemos”, declarou Mariana Vieira da Silva.

13h53 – Serra da Estrela. Equipas no terreno já fazem levantamento dos danos

Já terminou a reunião entre Governo e autarcas da Serra da Estrela em Manteigas. No final, Flávio Massano, presidente da Câmara de Manteigas, disse estarem já a ser postas em prática “várias medidas de curto prazo, e isso é uma tranquilidade que podemos passar a quem aqui vive: há trabalho a ser feito e estamos a ser acompanhados em particular por todos os membros do Governo”.

“Para o futuro, é preciso planear. É preciso fazer mais pela Serra da Estrela e fazer com que esta serra, este parque natural, continue a ser um dos ativos mais importantes do centro do país e de todo o Portugal”, declarou o autarca.

Por essa razão, a partir de setembro entrar-se-á numa segunda fase, anunciou. “Depois de estabilizado todo o solo e todo o território, passaremos para a construção do grande plano de revitalização da Serra da Estrela, que fará com que este território continue a ser uma marca muito importante para todo o país”.

Flávio Massano defendeu que o importante nesta fase é fazer a proteção de bens e de pessoas, o que “vai ser feito nos próximos dias”, estando já equipas no terreno a fazer o levantamento dos estragos para perceberem quem são as pessoas em situação de emergência.

Questionado sobre o pedido de declaração do estado de calamidade na região, o autarca avançou que “o Governo mostrou abertura para acompanhar essa situação”.

13h25 - Incêndio em Benagouro com três frentes ativas

Em Benagouro, no concelho de Vila Real, o fogo tem três frentes ativas, uma delas lavra com bastante intensidade. Miguel Fonseca, comandante distrital de Vila Real, afirmou à RTP que no combate às chamas estão meios aéreos e que a esperança é que nas próximas horas se consiga dominar a frente da Serra do Alvão.

13h15 - Vila Real. Acessos dificultam combate às chamas

Os acessos são a principal dificuldade no combate ao fogo em zona de rochas e às reativações que vão surgindo.
As chamas ameaça colmeias e animais na zona.

13h03 – Ponto de situação

  • O comandante nacional de Emergência e Proteção Civil avançou que “esta noite vai ser caracterizada por uma fraca recuperação noturna, especialmente nas zonas que estão a ser afetadas pelos incêndios”.

  • O incêndio em Vila Real tem ativas três frentes, duas das quais em fase de consolidação e outra “a evoluir favoravelmente”, avançou aos jornalistas o presidente da Câmara, Rui Santos.

  • O incêndio que começou no domingo na União de Freguesias de Troporiz e Lapela, em Monção, está a ser combatido por 126 homens e um meio aéreo, disse o comandante dos bombeiros, considerando que teve origem "criminosa".

  • Em Ourém há, neste momento, dois incêndios em resolução, indicou o comandante David Lobato.

  • À entrada para a reunião com os autarcas da Serra da Estrela, em Manteigas, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, sublinhou que "a responsabilidade" do Governo "é de compreender as dificuldades e fazer tudo o que pudermos e o que estiver ao nosso alcance para apoiar aqueles que precisam".

12h56 – Acesso ao parque da praia de São João da Caparica reaberto

O acesso ao parque de estacionamento da praia de São João, na Costa da Caparica, concelho de Almada, cortado no sábado devido a um incêndio, reabriu esta manhã, indicou o responsável pela infraestrutura.

"Reabriu ao público cerca das 7h00, encontrando-se a funcionar com normalidade", disse à Lusa o responsável pelo parque de estacionamento, José André.

Fonte oficial da Câmara Municipal de Almada (distrito de Setúbal) tinha dito à agência Lusa no domingo que durante a noite o parque, que é de propriedade privada, iria manter-se encerrado e com uma equipa de prevenção, sendo reaberto ao público hoje de manhã.

Já hoje de manhã decorreu uma nova reunião entre as forças operacionais e os responsáveis autárquicos sobre a situação no terreno.

(Agência Lusa)

12h42 – Detido incendiário em Travanca, Amarante

A Polícia Judiciária, “através da Diretoria do Norte, procedeu à detenção fora de flagrante delito, de um indivíduo indiciado pela autoria de um crime de incêndio florestal” ocorrido no domingo na localidade de Travanca, Vila Meã, Amarante, comunicou hoje a PJ.

Segundo a Judiciária, “o incêndio pôs em perigo várias habitações e uma mancha florestal considerável, apenas não atingindo maiores proporções pela rápida intervenção dos bombeiros e populares ali residentes”.

“O detido, um homem de 65 anos de idade, sem antecedentes criminais, residente naquela área, vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas”, acrescenta a nota enviada às redações.

12h38 – Mais de 120 homens e um meio aéreo combatem fogo em Monção

O incêndio que começou no domingo na União de Freguesias de Troporiz e Lapela, em Monção, está a ser combatido por 126 homens e um meio aéreo, disse o comandante dos bombeiros, considerando que teve origem "criminosa".

"O incêndio começou junto a uma estrada municipal, a antiga Estrada Nacional (EN) 101, e é mão criminosa, acertadamente", sublinhou José Passos.

Contactado pela agência Lusa, o responsável referiu que a frente de fogo, com mais de 600 metros de extensão e que progride com média intensidade, lavra em zona de pinhal novo, com poucos acessos, o que dificulta o combate, que contava também com o apoio de 33 viaturas.

(Agência Lusa)

12h20 – Noite vai caracterizar-se por “fraca recuperação”

“A situação do vento preocupa-nos e agrava aquilo que é o potencial de evolução dos incêndios”, vincou o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil durante o ponto de situação. “Esta noite vai ser caracterizada por uma fraca recuperação noturna, especialmente nas zonas que estão a ser afetadas pelos incêndios”.

Por essa razão, “importa estabilizar os incêndios durante o dia, tentar que eles não afetem mais área, para que durante a noite se consiga aproveitar a pouca janela meteorológica existente para continuar a estabilização dos incêndios”, explicou.

“Estes são incêndios complicados, não só pela sua dimensão mas pelos sítios onde se desenvolvem - a área florestal, a área de montanha, as condições meteorológicas -, e importa passo a passo ir estabilizando os incêndios”, sublinhou.

Questionado sobre os aviões gregos emprestados pela Grécia a Portugal para o combate aos incêndios, André Fernandes adiantou que estes já estão empenhados no fogo de Samardã, em Vila Real, e que durante o dia deverão continuar nesse local.

12h05 – Proteção Civil faz ponto de situação

O comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, avançou em conferência de imprensa que, nos últimos três dias, foram registadas 215 ignições relacionadas com incêndios rurais que mobilizaram 8.034 operacionais.

No ponto de situação, o comandante nacional declarou que se mantêm três ocorrências ativas, duas das quais no distrito de Vila Real – Samardã, que é aquela que empenha mais meios envolvidos: 462 operacionais, 135 veículos e sete meios aéreos; e Mesão Frio, com 82 operacionais, 21 veículos e três meios aéreos.

A terceira ocorrência é em Viana do Castelo, Monção, mobilizando 116 operacionais, 34 veículos e um meio aéreo.

Segundo André Fernandes, na região Norte há um reforço de 801 operacionais.

11h14 – Vila Real. Duas frentes em consolidação e outra “a evoluir favoravelmente”

O incêndio em Vila Real tem ativas três frentes, duas das quais em fase de consolidação e outra “a evoluir favoravelmente”, avançou aos jornalistas o presidente da Câmara, Rui Santos.

Segundo o responsável, estão no terreno 440 operacionais, 130 veículos e cinco meios aéreos, aos quais vão juntar-se mais dois aparelhos gregos ao abrigo do mecanismo de apoio europeu.

“Estamos preocupados, porque é expectável que o vento durante a tarde, sobretudo a partir das 15h00, ganhe alguma intensidade. A temperatura também está a subir”, pelo que podem surgir reacendimentos, vincou o autarca.

Rui Santos estima que os prejuízos sejam sobretudo agroflorestais. “Felizmente, habitações de primeira habitação nenhuma delas ardeu. Não há também nota de que alguém se tenha ferido”, indicou.

10h35 – Incêndios de Ourém em resolução, mas com “bastantes pontos quentes”

Em Ourém há, neste momento, dois incêndios em resolução, indicou há momentos o comandante David Lobato.

À RTP o comandante adiantou que não há chama ativa, mas há “bastantes pontos quentes, tanto no incêndio de Carvalhal como no incêndio de Mosqueiro”, havendo meios em todo o perímetro para os trabalhos de rescaldo.

David Lobato contou ainda que a população ajudou a extinguir as chamas com água e motobombas pessoais.

10h22 - Prejuízos das chamas na Serra da Estrela. Governo ouve autarcas

À entrada para a reunião com os autarcas da Serra da Estrela, em Manteigas, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, sublinhou que "a responsabilidade" do Governo "é de compreender as dificuldades e fazer tudo o que pudermos e o que estiver ao nosso alcance para apoiar aqueles que precisam".

"A nossa mensagem é, por um lado, de consternação por aquilo que se passou neste incêndio e nos incêndios por todo o país", apontou, para acrescentar que "tudo tem sido feito em circunstâncias difíceis".

Questionado sobre eventuais medidas de apoio, José Luís Carneiro remeteu para a ministra da Presidência.

9h55 - Ponto de situação

  • Mais de 1.800 operacionais estavam, pelas 9h30, mobilizados para o combate aos incêndios em território continental. Mais de 600 combatiam os três maiores, nos distritos de Vila Real e Viana do Castelo.

  • Segundo o portal da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, ao todo estavam envolvidos no combate aos incêndios 1.815 elementos das forças de socorro e segurança, dos quais 623 em fogos ainda "em curso", 600 em incêndios já "em resolução" e 592 em fogos "em conclusão".

  • O incêndio ainda em curso que mais meios mobilizava pelas 9h30 de hoje era o de Samardã, no concelho de Vila Real, onde estavam 442 elementos, apoiados por 128 viaturas e sete meios aéreos.

  • No concelho de Mesão Frio, igualmente no distrito de Vila Real, combatiam o incêndio que deflagrou pelas 15h00 de domingo, na localidade de Rojão do Meio, 82 elementos, apoiados por 21 viaturas e três meios aéreos.

  • Em Monção, distrito de Viana do Castelo, o incêndio que deflagrou pelas 15h30 de domingo na freguesia de Troporiz e Lapela estava a ser combatido por 98 elementos, apoiados por 30 viaturas.

  • Em Ourém, distrito de Santarém, o incêndio já está em fase de resolução. Todavia, mantêm-se no terreno 257 elementos, apoiados por 86 viaturas e um meio aéreo.

  • Também em Alenquer, distrito de Lisboa, o fogo que teve início no domingo estava "em conclusão" cerca das 9h00 desta segunda-feira, mantendo-se ali 144 efetivos, apoiados por 49 viaturas.

  • Em Bragança, no incêndio de Carrazeda de Ansiães, que segundo a Proteção Civil também já está "em resolução", mantinham-se no terreno 109 elementos, apoiados por 37 viaturas e um meio aéreo.

9h43 - Detido suspeito de três crimes de incêndio florestal em Seia

Em comunicado, a Polícia Judiciária adianta esta segunda-feira ter detido, com a colaboração da GNR do Destacamento Territorial de Gouveia, "o presumível autor de pelo menos três crimes de incêndio florestal, ocorridos dias 7, 15 e 18 de agosto corrente, todos junto à zona industrial de Seia".

"Os incêndios terão sido ateados todos por meio de chama direta, tendo em qualquer uma das situações existido perigo de propagação das chamas, dada a continuidade horizontal e vertical do combustível existente no local e por se tratar de todo um período de muito elevadas temperaturas", lê-se no mesmo comunicado.

"Só mesmo a pronta e muito eficaz intervenção dos bombeiros evitou danos de maior gravidade".

O detido, com 58 anos, é estrangeiro e reside em Portugal há cerca de 30 anos. Está, segundo a PJ, "referenciado pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas".

"O mesmo foi presente às competentes autoridades judiciárias e sujeito a interrogatório judicial, na sequência do qual lhe foi aplicada a medida de coação de prisão preventiva, suscetível de ser alterada para obrigação de permanência na habitação, com sujeição a pulseira eletrónica, assim que fossem reunidas as necessárias condições de natureza técnica", remata a Judiciária.

9h21 - Vila Real. Noite ajudou a consolidar duas das frentes de incêndio

O incêndio na Samardã, em Vila Real, mantinha-se na manhã desta segunda-feira com três frentes ativas, como constatou no local a equipa de reportagem da RTP.Havia mais 400 operacionais no terreno.
Foram entretanto mobilizados cinco meios aéreos para travar as chamas.

9h19 - Alenquer. Incêndio dominado desde a noite de domingo

O trabalho dos bombeiros permitiu salvaguardar casas e populações. "Foi um incêndio completamente alinhado pelo vento", explicou à equipa de reportagem da RTP o comandante dos Bombeiros de Alenquer, Rodolfo Batista.
As condições de trabalho dos bombeiros para a tarde desta segunda-feira poderão complicar-se, admitiu o responsável.

9h09 - Três incêndios ativos a norte

Há neste momento três incêndios em curso. Ardem todos no norte do país. Distribuem-se pelos distritos de Vila Real, Viana do Castelo, Porto e Aveiro.

O incêndio que concentra mais meios é o que teve início na Samardã, em Vila Real.

Entre os incêndios ativos e em fase de resolução, há quase dois mil operacionais no terreno.

9h00 - Meios aéreos no combate. Fogo em Vila Real com frente que preocupa bombeiros

O incêndio que deflagrou no domingo na Samardã, Vila Real, mantém-se esta manhã com três frentes, uma das quais suscita maior preocupação. Estão mobilizados 421 operacionais para um combate que será reforçado com cinco meios aéreos.

"O incêndio mantém-se ativo, com três frentes, embora uma delas a apresentar maior preocupação, que é esta frente que se desenvolve na cumeada do Alvão [serra]", afirmou o comandante distrital de operações de socorro de Vila Real, Miguel Fonseca, citado pela agência Lusa.

Num ponto de situação, pelas 8h00, no posto de comando instalado perto da aldeia de Benagouro, Miguel Fonseca afirmou que uma das outras frentes está "em consolidação, praticamente toda fechada e em processo de rescaldo", e uma terceira, voltada para o concelho de Vila Pouca de Aguiar, também está "praticamente a entrar em processo de consolidação".

"Contamos com que vá ser um dia complicado, até porque a área do incêndio é bastante grande, ainda há muitos pontos quentes", advertiu.

8h54 - Ourém. Incêndio em fase de resolução

A equipa de reportagem da RTP ouviu o segundo comandante operacional de distrital, João Pitacas, que descreveu um quadro de acalmia da situação em Ourém. Ao início da manhã desta segunda-feira, o incêndio encontrava-se já em fase de resolução.

"Durante a noite, no decorrer dos trabalhos, verificou-se a entrada de alguma humidade, alguma recuperação noturna. Para o dia de hoje, vamos continuar com as ações de consolidação, ações de rescaldo, com o apoio de máquinas de rasto", indicou o responsável.
"O dispositivo está em todo o perímetro de incêndio e pronto para responder", acrescentou.

8h24 - Imagem do Dia. O combate às chamas em Alenquer


7h57 - Incêndios em Vila Real. Autarca apela à colaboração da população

Ao início da manhã desta segunda-feira, havia dois fogos ativos no distrito de Vila Real: um em Samardã e outro em Rojão do Meio. Samardã concentrava mais meios.

Estão no terreno cerca de 450 operacionais, apoiados por 130 viaturas. Várias povoações estiveram em perigo, mas a situação alterou-se durante a madrugada.
O presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Rui Santos, pede a colaboração das pessoas. Rui Santos diz que é fundamental que permaneçam em casa e em segurança.

7h46 - Fogo em Vila Real avançou em três frentes

As chamas levaram ao corte da A24 e da Estrada Nacional 2, entre Vila Real e Vila Pouca de Aguiar. O fogo deflagrou na manhã de domingo, na freguesia de Samardã, e a meio da tarde ficou descontrolado.

Este incêndio avançava, ao fim da tarde de domingo, em três frentes: uma delas dirigia-se mesmo para o centro de Vila Real.

7h37 - Mais de 100 concelhos de 12 distritos em perigo máximo

Mais de uma centena de concelhos dos distritos de Bragança, Vila Real, Porto, Aveiro, Viseu, Coimbra, Leiria, Guarda, Castelo Branco, Santarém, Portalegre e Faro encontram-se esta segunda-feira sob perigo máximo de incêndio.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera colocou também vários concelhos de todos os distritos de Portugal continental em perigo muito elevado e elevado de incêndio rural.

De acordo com o IPMA, o perigo de incêndio rural vai manter-se elevado em algumas regiões do continente pelo menos até sexta-feira.

Para esta segunda-feira, prevê-se, no continente, céu pouco nublado ou limpo, apresentando-se muito nublado no litoral oeste até ao meio da manhã, e possibilidade de ocorrência de chuvisco no litoral Norte e Centro até ao meio da manhã. A previsão aponta também para vento por vezes forte na faixa costeira ocidental e nas terras altas e pequena subida da temperatura máxima no Norte e Centro, em especial no litoral.

As temperaturas mínimas vão oscilar entre os 16 graus Celsius (em Viana do Castelo, Braga e Porto) e os 22º (em Portalegre) e as máximas entre os 26º (em Aveiro) e os 39º (em Évora).

Recorde-se que o Governo determinou a declaração da situação de alerta no continente, a vigorar até às 23h59 de terça-feira. A situação será esta segunda-feira reavaliada.

7h20 - Secretária de Estado da Proteção Civil descarta falhas no combate

A secretária de Estado da Proteção Civil frisou, entrevistada no 360 da RTP3, que "estamos num ano muito atípico", propício aos incêndios, acrescentando que o país tinha "condições para a área ardida ser ainda pior". Patrícia Gaspar rejeita que haja falhas no combate aos fogos.

“Obviamente que 93 mil hectares não deixa ninguém satisfeito”, mas “não podemos deixar de valorizar o trabalho enorme que tem sido feito por estes 13 mil operacionais que integram o dispositivo especial de combate a incêndios”, declarou a responsável, acrescentando que é “o mais robustecido dos últimos anos”.

Questionada sobre se há algo a falhar no combate aos incêndios, a secretária de Estado respondeu que existem condições graves, muito severas no terreno e que isso dificulta o trabalho dos operacionais.
“Eu não diria que há aqui falhas, há um ano muito difícil e muito atípico”, defendeu.

Patrícia Gaspar explicou que há hoje mais profissionalização e mais bombeiros e considerou que “o trabalho na prevenção é muito importante”.

“Fiscalizámos todas as freguesias prioritárias”, assegurou a secretária de Estado, deixando claro que o foco sempre foi “garantir a máxima proteção da população”.

A responsável avançou ainda que os aviões pesados anfíbios (Canadair) gregos avançam para o terreno já esta segunda-feira.

7h13 - Ponto de situação


  • Há dois incêndios ativos no distrito de Vila Real - um em Samardã e outro em Rojão do Meio. O fogo de Samardã deflagrou na manhã de domingo e é aquele que mobiliza mais meios. Estão no terreno cerca de 450 operacionais apoiados por 130 viaturas. Várias povoações estiveram em perigo, mas situação alterou-se durante a madrugada.

  • O presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Rui Santos, apelou às pessoas para que permaneçam em casa.

  • A circulação na Linha do Norte, entre Caxarias e Albergaria dos Doze, em Pombal, já foi restabelecida. A linha esteve cortada no domingo por causa do incêndio de Ourém. O fogo, que teve uma forte reativação, aproximou-se de casas e da zona industrial de Caxarias.

  • O incêndio de Alenquer estava, ao início da manhã, em fase de resolução. O fogo esteve muito perto de algumas casas, mas os bombeiros conseguiram evitar que ardessem. Estão agora atentos a eventuais reativações.

  • Ao amanhecer desta segunda-feira, havia cinco incêndios em curso, todos no norte do país. Distribuíam-se pelos distritos de Vila Real, Viana do Castelo, Porto e Aveiro. Entre os incêndios ativos e em fase de resolução eram quase dois mil os operacionais no terreno.

  • O Governo reúne-se esta segunda-feira com os autarcas da Serra da Estrela para avaliar os prejuízos provocados pelos incêndios. A reunião decorre durante a manhã em Manteigas. Vão estar presentes os presidentes das câmaras da Covilhã, Guarda, Manteigas, Celorico da Beira e Gouveia. O Executivo faz-se representar por diversos ministros: da Presidência, Administração Interna, Trabalho, Ambiente, Coesão Territorial e Agricultura.

  • Os apoios que estão a ser equacionados serão para famílias e empresas das zonas florestais mais afetadas pelo incêndio no Parque natural da Serra da Estrela.

  • Os guardas florestais estiveram no domingo em greve. Estes profissionais, cerca de 400, reclamam a constituição de um Corpo Nacional de Guardas Florestais e aguardam pela negociação da tabela salarial com o Ministério da Administração Interna. A Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais diz que a adesão foi de 95 por cento.