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Reportagem

Incêndios em Portugal. A situação ao minuto

por Paulo Alexandre Amaral, Inês Moreira Santos, Andreia Martins - RTP

RTP

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos relacionados com os vários incêndios em curso no país.

Mais atualizações

01h20 - Cinco distritos do interior norte e centro do país vão estar em alerta vermelho esta sexta-feira

01h10 - Incêndios. Investigador alerta que ordenamento do território deve ser "causa nacional"

01h00 - Ponte da Barca. Vento leva chamas de novo em direção ao lugar de Lourido e freguesia de Ermida, que voltam a estar ameaçados


00h50 - Detidos três homens em Lamego, Trofa e Palmela por suspeitas de terem ateado fogos ou negligência

00h40 - Portugal pediu aeronaves a outros países mas já estavam ocupadas

00h30 - Fogo em Albergaria-a-Velha. Bombeiros continuam no terreno em trabalhos de rescaldo

00h25 - Ponte da Barca. Freguesia de Entre Ambos-os-Rios está cercada pelas chamas

O incêndio chegou a ser dado como dominado pelas 19h00. A RTP apurou junto dos bombeiros que, uma hora mais tarde, uma microcélula convectiva levou ventos em várias direções e provocou vários reacendimentos em apenas 10 minutos.


23h45 - Mais de 2.450 operacionais combatiam 27 fogos em todo o país às 23h00

O fogo em curso que começou na passada sexta-feira, em Vale da Pia, no concelho de Pombal (Leiria), mobilizava o maior número de meios, com 542 bombeiros apoiados por 141 viaturas.

No mesmo distrito, o fogo de Pombal (Leira), a lavrar desde terça-feira, também em curso, conta com 144 operacionais, apoiados por 49 viaturas.

Já o fogo que lavra desde terça-feira na localidade de Caranguejeira, no concelho de Leiria, que se encontra em fase de resolução, mobiliza 257 operacionais, com a ajuda de 74 viaturas.

No distrito de Aveiro, o incêndio que começou na quarta-feira em Oliveira de Azeméis e transitou para Albergaria-a-Velha e Estarreja, está em fase de resolução, mas é o segundo que mobiliza mais meios: 343 operacionais com a ajuda de 117 viaturas.

23h34 - Ponte da Barca. Fogo continua a aproximar-se das freguesias da Ermida e Germil

O fogo no Lindoso, concelho de Ponte da Barca (Viana do Castelo), que começou na noite de terça-feira, está a ser combatido por 127 operacionais, apoiados por 39 viaturas e já obrigou à retirada da população da aldeia de Froufe.

23h19 - Ponte da Barca. Aldeia de Froufe evacuada devido à proximidade das chamas

A freguesia está cercada pelas chamas. Froufe já foi evacuada, segue-se Lourido e Ermida.

22h40 - A aldeia de Froufe, Ponte da Barca, acaba de ser evacuada, segue-se a Ermida

Froufe, no concelho de Ponte da Barca, foi evacuada devido ao incêndio florestal que lavra há vários dias no Lindoso, adiantou à Lusa o presidente da autarquia, que reclama "mais meios".

"Neste momento estamos a retirar a população da aldeia de Froufe e estamos a avaliar a possibilidade da mesma situação para a aldeia de Lourido", explicou Augusto Marinho, presidente da Câmara de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo.

A outra aldeia em risco, Ermida, está "mais isolada (do fogo) para já", acrescentou.

Augusto Marinho alertou para "condições extremamente difíceis" devido ao vento forte que piorou a situação desde o meio da tarde.

O autarca salientou ainda que os meios de combate necessitam de reforço perante uma situação "extremamente difícil".

22h15 - Patrícia Gaspar. "Grande parte dos incêndios tem mão humana"

Patrícia Gaspar, secretária de Estado da Proteção Civil, esteve na RTP 3 para falar sobre este período excepcional de incêndios.


21h56 - Chamas ameaçaram aldeia de Pia Furada

A região centro do país continua a ser a mais afetada pelos incêndios.

Durante a tarde, mais de mil bombeiros combateram incêndios no distrito de Leiria.


20h45 -  Onda de calor provocou excesso de mortalidade de 238 óbitos

Portugal registou um excesso de mortalidade entre 07 e 13 de julho correspondente a 238 óbitos, atribuídos à onda de calor que se verifica no continente nos últimos dias, anunciou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS).

"Neste caso concreto, este excesso pode ser atribuído à onda de calor. De facto, temos tido nos últimos dias temperaturas extremas muito elevadas, quer as máximas, quer as mínimas, e por um período bastante prolongado", disse a diretora-geral da Saúde à agência Lusa.

Segundo Graça Freitas, quando se analisa a mortalidade observada num determinado período com a mortalidade que seria esperada se não houvesse essa onda, há mais óbitos, o que "não quer dizer que essas mortes fossem evitáveis".

De acordo com a diretora-geral da Saúde, caso se mantenham os fenómenos meteorológicos idênticos aos que se têm registado nos últimos dias, é previsível que "continue a acontecer um número de mortes superior àquele que seria esperado se não houvesse calor" extremo.

Graça Freitas salientou que, para isso, é relevante o facto de as temperaturas mínimas também estarem elevadas, assim como a duração da onda de calor, o que causa um impacto maior do ponto de vista fisiológico.

Segundo referiu, as pessoas mais fragilizadas são mais atingidas por esta situação, sobretudo, idosos que, em regra, acumulam várias doenças, mas também crianças e pessoas com doenças crónicas.

"O calor interfere sobre essas patologias, caso das doenças respiratórias e cardiovasculares, descompensando as doenças de base que as pessoas tenham", alertou Graça Freitas, que reiterou o apelo para o acompanhamento próximo das pessoas mais vulneráveis nestas ocasiões.

A diretora-geral da Saúde salientou também a necessidade de manter a hidratação, principalmente dos grupos vulneráveis, que deve ser feita com a ingestão de oito copos de água por dia, "o mínimo necessário para manter o corpo hidratado".

(agência Lusa)

20h35 - Incêndio em Palmela consumiu 430 hectares e fez dois feridos graves

O incêndio em Palmela, Setúbal, fez vários feridos, dois deles graves: um bombeiro e um idoso de 84 anos, que foram encaminhados para o hospital de São José. O fogo foi dominado esta manhã, depois de ter atravessado uma área de 430 hectares, e ter provocado horas de aflição na Baixa de Palmela e em Aires.

20h33 - Albergaria-a-Velha. Bombeiros permanecem no terreno para evitar reacendimentos

As chamas destruíram duas empresas. Arderam 2.500 hectares de floresta.

20h31 - Fogo originado em Oliveira de Azeméis destrói fábricas em concelhos vizinhos

O fogo que ontem deflagrou em Oliveira de Azeméis alastrou aos concelhos de Albergaria-a-Velha e Estarreja. As chamas destruíram duas fábricas e ameaçaram várias habitações.

20h20 - Ansião e Alvaiázere com fogos que ameaçam aldeias e populações

20h17 - Incêndio Baião. Chamas aproximam-se das habitações

19h35 - Ministros analisam situação e preparam resposta para próximos dias

O governo está reunido na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Oeiras. Seis ministros participam, presencialmente e à distância, numa reunião para analisar os incêndios em curso no país e preparar os próximos dias.

19h31 - Às três da tarde, "o vento tocou" em Pombal e a calma desapareceu

O dia estava a ser relativamente calmo, mas o histórico do incêndio de Pombal não tem deixado ninguém descansar. Hoje, às três da tarde, o vento voltou a "tocar" numa região já cansada de ver o fogo chegar uma, duas, três, quatro vezes.

De um momento para o outro tudo mudou no Rebolo, aldeia do concelho de Pombal. As chamas subiram e uma das frentes aproximou-se de Milhariças. No entanto, tal como o vento, que de repente se levantou, também depressa amainou e permitiu controlar o avanço das chamas, com a ajuda rápida de dois meios aéreos.

Numa das encostas, já em Milhariças, Natália ainda estava sobressaltada depois de ter visto as chamas a irem até às "barbas" da sua casa.

"Deus me livre, Deus me livre, Deus me livre", repetia, como um mantra.

"Estava tudo sossegadinho, mas às três da tarde virou tudo. É sempre às três que o vento toca", comentava Natália, que agradecia a ajuda de particulares, nomeadamente um camião com um tanque de água, que permitiu uma rápida intervenção.

Desde segunda-feira que o vai e vem do fogo e do vento não lhe tem deixado ter qualquer sossego.

"Há duas noites que não prego o olho", afirmou Natália.

Do outro lado do monte, no Rebolo, a situação também se complicou com o vento, por volta das 15:00.

De manhã, a agência Lusa tinha falado com Vitória Gonçalves que já tinha visto o fogo passar três vezes pela localidade.

Pouco descansou, quando chegou pela quarta vez à tarde, pelo outro lado da encosta.

Sentada a ver carvalhos e sobreiros ainda a fumegar, lamentava à Lusa o cenário desolador.

"Até haver onde arder, ele não para", disse Vitória Gonçalves, de 76 anos, a olhar para uma paisagem toda enegrecida, recordando como era "tudo verdinho" à beira do Nabão, rio onde hoje não se avista qualquer água. Corre seco.

"É uma dor. Por mais incêndios que passem aqui, é sempre uma dor. Já não vai dar para mim, já não vai dar para os meus filhos, se calhar para os netos", lamentou.

"As pessoas dizem que não têm nada. Agora é que não têm mesmo nada. Só terra e pedras", comentou Maria das Neves, sentada ao lado de Vitória, com o cenário dos montes negros à sua frente.

A mulher de 87 anos conta que antes, "se precisasse de qualquer coisa, vendia uns pinheiros".

"Agora vendo o quê? Cinza?", questiona.

Contabiliza "muitos bocadinhos" de terras espalhadas pelo território, alguns se calhar com um metro, mas que "não valem nada".

Vitória entra na conversa e diz que "só queria ter um terreno em Pombal".

"Aí ao menos vendia para alguém construir. Aqui não vale nada", frisou.

Entre Ansião e Pombal, onde ainda não tinha ardido, viam-se populares, sentados em muros ou junto a tratores com pequenos tanques de água, prontos, à espera, a olhar para o horizonte, à procura de avistar alguma das poucas colunas de fumo que hoje se avistaram pelo território.

Na Macieira, já no concelho de Alvaiázere, mas próxima de Rebolo, Joana Neves não descansa desde sexta-feira, sempre com "o coração nas mãos" e os olhos a fitar o horizonte, à procura de sinais do fogo.

"Estive aqui a noite toda, com a minha mãe. Na terça-feira, o incêndio já cá tinha passado, na quarta-feira, também, e depois hoje. De manhã e agora à tarde", conta a habitante da Macieira, que viu as chamas a subirem à tarde a encosta junto à sua casa num instante.

Sozinha com a sua mãe a vigiar a evolução do fogo, assistiram, impotentes, às chamas a pegar a um barracão de lenha perto da casa, que acabou destruído.

Ligaram a conhecidos e lá apareceu um vizinho, depois um primo, militares da GNR e duas carrinhas com tanques de água de duas juntas de freguesia dos concelhos de Alvaiázere e Ansião, contou a mãe de Joana.

A ação rápida permitiu conter o fogo ao barracão.

"Desde sexta-feira [quando o incêndio deflagrou] que estou nisto. É impossível descansar", afirma Joana Neves.

(agência Lusa)

19h29 - Marcelo Rebelo de Sousa pede "mais um pouco" de civismo para evitar incêndios

O Presidente da República diz que está satisfeito com a resposta que está a ser dada à vaga de fogos que assola o país. Marcelo Rebelo de Sousa pede a todos um esforço suplementar até ao próximo domingo.

18h24 - Calor extremo tem levado mais pessoas aos centros de saúde

Os centros de saúde têm recebido utentes com problemas associados às altas temperaturas.

Nuno Jacinto, presidente da Associação de Medicina Geral e Familiar, diz que quem tem problemas respiratórios deve redobrar os cuidados.

Deve-se evitar andar na rua nas horas de maior calor, ter uma hidratação regular e consumir refeições mais leves, segundo os conselhos da Associação de Medicina Geral e Familiar.

As crianças e os idosos devem ter uma atenção especial nesta matéria.

18h17 - Presidente e ministro visitam bombeiro ferido no incêndio de Palmela

À saída da visita ao bombeiro que ficou queimado com gravidade, o Presidente da República deixou um apelo aos portugueses para fazer face a este período mais crítico em termos de incêndios: mais civismo e menos comportamentos de risco, apelou Marcelo Rebelo de Sousa.

18h07 - Mais de 2.400 bombeiros combatiam 26 fogos ativos às 18:00

Mais de 2.400 bombeiros combatiam às 18:00 de hoje os 26 fogos ativos no país, com mais de mil operacionais concentrados no distrito de Leiria, segundo a Proteção Civil.

De acordo com os dados disponíveis às 18:00 no 'site' da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), no combate estavam 2.409 operacionais, apoiados por 686 veículos e 30 meios aéreos.

O incêndio que deflagrou na sexta-feira às 14:50 em Vale de Pia, na freguesia de Abiul (concelho de Pombal), tendo depois alastrado ao município vizinho de Ansião, também no distrito de Leiria, é o fogo que mobiliza mais meios, num total de 519 bombeiros, apoiados por 132 viaturas e três meios aéreos.

Segundo as informações divulgadas ao final da manhã pelo comandante nacional da ANEPC, André Fernandes, neste incêndio já foram afetadas "12 habitações, uma 'roulotte', dois armazéns, um aviário e uma serração".

Também ao final da manhã, o presidente da Câmara de Ansião, António Domingues, reclamou mais meios aéreos, salientando não querer uma tarde como a de quarta-feira.

Igualmente no distrito de Leiria, o fogo que teve início na terça-feira na Caranguejeira, e que esta madrugada chegou a entrar "em resolução", sofreu uma reativação e continua a mobilizar 294 operacionais, com 86 veículos e um meio aéreo.

Segundo disse à Lusa pelas 13:00 o vereador com o pelouro da Proteção Civil da Câmara de Leiria, Luís Lopes, houve várias reativações no perímetro do incêndio, nomeadamente em Portela do Outeiro, Lourais e Crasto, na União de Freguesias de Colmeias e Memória.

Outro fogo que deflagrou também no concelho de Pombal na terça-feira, na localidade de Barrocal-Sicó, continua a mobilizar mais de 170 bombeiros, com 55 viaturas e um meio aéreo.

Quase 400 operacionais continuam ainda mobilizados para o fogo que deflagrou na quarta-feira na localidade de Pinheiro da Bemposta, no concelho de Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro. O combate às chamas está a ser apoiado por 386 bombeiros e 127 veículos.

Também na quarta-feira deflagrou um fogo no concelho de Seia, distrito da Guarda, que está a ser combatido por 199 bombeiros, 64 viaturas e dois meios aéreos. Este incêndio já chegou a estar "em resolução", mas foi novamente reativado.

No distrito de Viseu, mobilizados para o fogo que teve início no município de Mangualde, na localidade de Vila Mendo de Tavares, na madrugada de quarta-feira, estão ainda quase 194 operacionais, com 52 veículos e quatro meios aéreos. Tal como o incêndio de Seia, também neste caso a Proteção Civil chegou a colocá-lo como "em resolução", mas foi posteriormente considerando como "ativo".

O incêndio que deflagrou na terça-feira à noite na freguesia de Montenegro, concelho de Faro, e que na quarta-feira passou para o concelho de Loulé, foi dado como dominado hoje às 09:19 e às 18:00 já se encontra extinto, mobilizando, contudo, 272 operacionais e 97 veículos.

Portugal Continental está em situação de contingência até às 23:59 de sexta-feira devido às previsões meteorológicas, com temperaturas que podem ultrapassar os 45º em algumas partes do país, e ao risco de incêndio.

A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na lei da Proteção Civil e é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.

Oito distritos de Portugal continental mantêm-se sob aviso vermelho, o mais grave, devido ao tempo quente, com mais de uma centena de concelhos em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

Para as 18:30 está agendada uma reunião entre os ministros da Administração Interna, da Defesa Nacional, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, da Saúde, do Ambiente e Ação Climática e da Agricultura e Alimentação, para avaliar as medidas adotadas no âmbito da declaração de situação de contingência e decidir sobre o seu prolongamento.

(agência Lusa)

17h49 - Presidente da República e ministro da Administração Interna visitam bombeiro ferido

17h07 - Situação de Contingência. O que implica

16h53 - Ponto de situação Ponte da Barca

Pelas 16:15, segundo a página do Comando Distrital de Operações de Socorro, estavam no combate às chamas 83 operacionais apoiados por 23 viaturas e dois meios aéreos.

Portugal Continental está em situação de contingência devido às previsões meteorológicas, com temperaturas que podem ultrapassar os 45º em algumas partes do país, e ao risco de incêndio.

A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na lei da Proteção Civil e é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.

Oito distritos de Portugal continental mantêm-se sob aviso vermelho, o mais grave, devido ao tempo quente, com mais de uma centena de concelhos em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

16h48 - Câmara de Ponte da Barca pediu meios aéreos pesados para o Lindoso

O presidente da Câmara de Ponte da Barca reclamou hoje o envio de meios aéreos pesados para o combate ao incêndio que lavra há dias no Lindoso, revelando ter endereçado o pedido para o gabinete do primeiro-ministro.

Segundo Augusto Marinho, o incêndio "agravou-se hoje de forma muito substancial, tendo agora duas frentes que não estão a conseguir controlar, por ser um território de difícil acesso", e onde "o combate faz-se apeado, tendo os homens de percorrer grandes distâncias".

Sublinhando que desde quarta-feira que contam com "o apoio de dois meios aéreos ligeiros", o autarca do distrito de Viana do Castelo frisou que o agravamento hoje verificado levou, numa das frentes, as chamas para "a Serra Amarela, enquanto a outra dirige-se para as aldeias de Lourido e Ermida".

"Nas duas aldeias vivem cerca de 150 pessoas. Para já não estamos a equacionar evacuar nenhuma delas", disse.

De um cenário em que, descreveu, "as temperaturas estão elevadas e o vento está forte", avançou com o pedido ao Governo, argumentando que "os meios aéreos ligeiros são insuficientes para este combate".

"Do gabinete do primeiro-ministro responderam-me que iam direcionar o pedido e ver os meios que conseguem colocar aqui", revelou.

Recordando que "o incêndio está a lavrar dentro do Parque da Peneda-Gerês", e que "na madrugada de quarta-feira tiveram de evacuar, entre a 01:00 e as 05:00, a aldeia de Mosteirô, num total de 30 pessoas", Augusto Marinho afirmou-se, por isso, "muito preocupado com a evolução desfavorável do incêndio".

"Se não for feito nada, teremos incêndio até ao início da próxima semana", alertou o autarca, persistindo na necessidade de se avançar para "um combate mais musculado".

(agência Lusa)

16h01 - Reacendimentos em Leiria. Chamas voltaram à zona de Crasto

Há notícia de um reacendimento na freguesia de Crasto, em Leiria. As chamas estiveram muito próximas de habitações e de terrenos agrícolas, mas já foram controladas pelos bombeiros.
O incêndio florestal que deflagrou na terça-feira na Caranguejeira, concelho de Leiria, e que esta madrugada entrou em resolução, reacendeu na manhã de hoje, segundo o vereador com o pelouro da proteção civil, Luís Lopes. Segundo o autarca, houve vários reacendimentos no perímetro do incêndio, com destaque para Portela do Outeiro, Lourais e Crasto, na União de Freguesias de Colmeias e Memória.

15h48 - Vento pode complicar incêndio que continua a lavrar em Ansião

Em Ansião, há receio de que o vento volte a complicar a situação nas próximas horas. Elementos dos bombeiros falam em fortes reativações neste momento e já houve mais operacionais a deslocarem-se para o perímetro de incêndio que continua a lavrar no concelho. Por enquanto não há habitações em perigo.


15h37 - Novo foco de incêndio em lixeira no Algarve

Em Faro há um novo foco de incêndio numa lixeira, perto da concentração de motas. Estão a arder materiais como plásticos e muita matéria de risco de combustão. A preocupação dos bombeiros é arrefecer este ponto quente e evitar incêndio à volta.


15h29 - Incêndio em Faro. "Qualquer reativação pode ser grave"

Está já dominado o incêndio no Algarve. Foi circundada toda a área do fogo, que começou às 23h30 de terça-feira em Gambelas, uma zona residencial junto à Universidade de Faro.

Avançou para a Quinta do Lago e Vale de Lobo, na freguesia de Almancil, concelho de Loulé, e chegou a uma das entradas da freguesia de Quarteira.

Foram 27 quilómetros entre Faro e Trafal, em Quarteira, onde uma frente de fogo chegou a ter 600 metros. Até ao momento não há notícia de casas totalmente destruídas.

Em Faro, o comandante operacional admite que face às previsões meteorológicas qualquer reativação pode ser grave, mas sublinha que esta manhã o incêndio foi dado como dominado.

15h11 - Operacionais continuam em Palmela para prevenirem reacendimentos

O fogo de Palmela deixou um raio de destruição que chegou de forma subtil. No local continuam os bombeiros de Cacilhas, para evitarem reacendimentos. No ar continua um meio aéreo de prevenção.


14h29 - Câmara de Ansião exige mais meios aéreos para acelerar rescaldo

O presidente da Câmara de Ansião, no distrito de Leiria, reclamou esta quinta-feira mais meios aéreos para uma rápida consolidação do rescaldo do incêndio, que já destruiu várias casas devolutas.

"Temos ainda alguns focos e mais uma vez tenho de dizer que é preciso fazer uma análise à coordenação dos meios. Se tivéssemos, neste momento, um ou dois meios aéreos a fazer descargas, em duas horas tínhamos a situação resolvida", afirmou o presidente António Domingues.

Segundo o autarca, a noite "foi complicada".

"Só quem conhece o concelho sabe que só por milagre não arderam casas de primeira habitação. Houve muitas casas devolutas que foram destruídas", adiantou. "Não quero uma tarde como a de ontem, mas também já ardeu quase tudo".

O fogo em Ansião resulta de um incêndio no concelho de Pombal, que deflagrou na sexta-feira, pelas 14h50.

C/Lusa

14h25 - Incêndio de Abiúl já passou por várias localidades

O incêndio que começou há uma semana, em Vale da Pia, no concelho de Pombal, é um dos que concentra maiores preocupações e mais meios de combate. Há momentos, mais de 500 homens, quase 130 viaturas e seis meios aéreos combatiam o fogo. Este incêndio já passou por várias localidades. Durante a noite, os moradores da aldeia do Vale foram retirados das habitações.


14h15 - Bombeiros combatem novo fogo em Alvaiázere

Em Alvaiázere há um novo incêndio, vindo de Pombal. As autoridades informaram que está quase em resolução, mas considerando as condições meteorológicas a situação pode agravar-se novamente.


14h09 - Incêndio em Palmela deixou rasto de destruíção

Está dominado o incêndio que deflagrou na quarta-feira em Palmela. Há 12 feridos entre bombeiros e civis dois em estado grave.
Pelo caminho as chamas deixaram um rasto de destruição e obrigaram à retirada de dezenas de pessoas.

13h43 - Fogo destruiu 350 hectares em Seia

O incêndio que deflagrou na quarta-feira em Seia, no distrito da Guarda, e que está em fase de resolução, consumiu uma área de cerca de 350 hectares, mas não atingiu habitações, disse hoje o presidente do município.

Segundo o presidente da Câmara Municipal de Seia, Luciano Ribeiro, o incêndio, que deflagrou em Santa Eulália, Freguesia de Sameice e Santa Eulália, queimou uma área de terreno que "deve rondar os 350 hectares". As chamas destruíram alguns arrumos agrícolas e não atingiram habitações, embora tenham estado "a uns 100 metros" de distância de algumas aldeias, adiantou.

Segundo o autarca, o incêndio também destruiu alguns pomares e manchas de olival e de vinha, e uns "20 metros" de uma extensão total de dois quilómetros de passadiços de madeira existentes num trajeto do rio Seia, que foram executados pelo município no âmbito de um projeto de valorização patrimonial e turística daquele curso de água. O incêndio foi dado como resolvido pelas 3h59, altura em que foram iniciados os trabalhos de consolidação, com máquinas de rasto, indicou Luciano Ribeiro.

13h22 - Vários reacendimentos em Albergaria-a-Velha

A madrugada de quarta-feira foi de muito trabalho no combate ao fogo que deflagrou em Oliveira de Azeméis. A Proteção Civil fala num incêndio "extremamente violento". Há nesta altura vários reacendimentos. A A1 poderá ter de vir a ser novamente cortada.

12h49 - Três famílias desalojadas e um bombeiro ferido em Alvaiázere

O incêndio que lavra em Alvaiázere há uma semana já destruiu três casas de primeira habitação e provocou ferimentos num bombeiro. A informação foi adiantada pelo presidente da Câmara, João Paulo Guerreiro, em declarações à agência Lusa.

O bombeiro em causa sofreu uma fratura no fémur durante uma manobra de combate e está hospitalizado.

12h30 - Fogo em Oliveira de Azeméis destruiu duas fábricas

O incêndio de Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro, destruiu duas fábricas. Começou na freguesia de Pinheiro da Bemposta durante a tarde de ontem.

O calor intenso e mudanças do vento fizeram com que as chamas chegassem ao concelho vizinho de Albergaria-a-Velha. Nesse concelho, duas fábricas ligadas ao trabalho em madeira foram destruídas pelas chamas.


12h00 – Proteção Civil preocupada com seis ocorrências em todo o país

No briefing diário da Proteção Civil, o comandante André Fernandes anunciou que, neste momento, há seis ocorrências que carecem de maior preocupação e assistência: dois em Pombal, em Caranguejeira (Leiria), em Lindoso (Ponte da Barca), em Oliveira de Azeméis (Aveiro) e em Baião (Porto).

“Na globalidade, nestas seis ocorrências estão envolvidos 1.454 operacionais, 425 meios terrestres e 20 meios aéreos”, afirmou.

Quanto aos incêndios em resolução, o comandante indicou que a ocorrência em Ourém, em Santarém, “já se encontra dominada”. Assim como, a em Montenegro (em Faro), a de Palmela, de Caminha, Seia e de Salvaterra de Magos. Estas ocorrências, explicou, envolveram 1.363 operacionais, 446 meios terrestres e quatro meios aéreos – que ainda estão em operação nestas ocorrências.

Como medidas de reforço, estão 1280 operacionais envolvidos em “adição ao dispositivo normal”. Os corpos de bombeiros também reforçaram o dispositivo “com mais 32 grupos de combate”, 15 máquinas de arrasto, quatro companhias de unidade da Proteção Civil e da GNR, entre outros.

Desde o dia 7 de julho, há 160 vitimas destas ocorrências, sendo quatro feridos graves.

Quanto a estradas cortadas, mantém-se a EN10 (entre a Quinta do Anjo e Cabanas), IC8 (nó de Barquinha e nó de Nogueiros/nó de Barracão e Leiria).

11h31 - Fogo que começou em Vilar de Mouros, em Caminha, em fase de resolução

O incêndio que deflagrou na quarta-feira em Vilar de Mouros, concelho de Caminha, no distrito de Viana do Castelo, está em resolução depois de uma "noite de sobressalto" devido a reacendimentos, disse hoje o presidente da Câmara.

"Passámos uma noite de sobressalto porque, apesar de haver algum controlo sobre o fogo, havia muitos fogachos que se reacendiam e isso junto a casas é igual a sobressalto", afirmou à agência Lusa o socialista Miguel Alves.

O autarca referiu que, pela manhã, a "situação estava mais controlada", realçando ainda a mobilização de um meio aéreo (helicóptero ligeiro) que, "logo à primeira hora do dia", foi até Lanhelas onde andou a "apagar fogo atrás das casas que estavam mais ameaçadas".

"A situação neste momento é de alguma serenidade e a sensação de controlo. As equipas vão manter-se posicionadas, algumas foram rendidas, e as equipas municipais quer de sapadores, quer de funcionários com cisterna estão também no local, porque achamos que a tarde pode ser complicada, com algum vento a entrar de sul", explicou Miguel Alves.

(Agência Lusa)

11h07 - Fogo que começou em Faro e se estendeu a Loulé em fase de resolução

O incêndio que deflagrou na terça-feira à noite em Gambelas, no concelho de Faro, e que se estendeu a Loulé, entrou em fase de resolução às 09h19, segundo a Proteção Civil. Contudo, Pelas 10h20 permaneciam no local 349 operacionais, auxiliados por 121 meios terrestres e um meio aéreo.

10h50 - Fogo que deflagrou em Oliveira de Azeméis já consumiu mais de 2.500 hectares

O incêndio que deflagrou na quarta-feira em Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro, e alastrou a Albergaria-a-Velha e Estarreja, consumiu já uma área superior a 2.500 hectares e atingiu duas fábricas e uma casa devoluta.

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Albergaria-a-Velha, António Loureiro, disse hoje que o incêndio queimou uma área superior a 2.500 hectares e destruiu uma "pequena serralharia familiar", uma empresa de 'pellets', bem como o respetivo 'stock', e uma casa devoluta.

O autarca adiantou que esta manhã o incêndio "já não tem nenhuma frente ativa", mas têm surgido vários reacendimentos num perímetro "muito significativo" que atinge três municípios.

"Vai ser um trabalho longo que vamos ter durante os próximos dois dias, porque, com estas temperaturas e os ventos, vão surgir vários reacendimentos e por isso é uma operação de desgaste para os bombeiros, porque estamos sempre a mudar o posicionamento dos bombeiros em função dos vários reacendimentos que vamos tendo", disse Loureiro.

O presidente da Câmara de Albergaria-a-Velha disse ainda que atualmente não há habitações em risco, mas apelou às populações para estarem atentas aos reacendimentos que vão surgir ao longo das próximas horas.

(Agência Lusa)

10h10 - Incêndio de Palmela dominado mas operacionais continuam no terreno para evitar reativações

O incêndio de Palmela está praticamente dominado, segundo as autoridades. Há a registar, contudo, 12 feridos, 21 ocorrências e nove assistidos, incluindo bombeiros, civis e militares.

Estão no terreno 142 veículos operacionais e um meio aéreo para controlar os pontos quentes ainda na região.


10h03 - Autoridades preocupadas com incêndios de Ourém e Pombal

O incêndio de Ourém lavra há uma semana. De acordo com os bombeiros, uma frente de incêndio de Pombal poderá chegar ao incêndio de Ourém. Em cada um dos incêndios há nesta altura mais de 400 operacionais.


9h45 - Incêndios: Dois fogo em Leiria são os que mais preocupavam os bombeiros às 08h30

Dois incêndios em Vale da Pia e em Barrocal-Sicó no distrito de Leiria eram às 08h30 os que mais preocupavam os bombeiros, podendo nas próximas horas juntarem-se meios aéreos no combate, disse à Lusa fonte da proteção civil.

"Neste momento temos duas ocorrências a causar mais preocupação, em Vale da Pia e Barrocal-Sicó, no distrito de Leiria. Na serra do Sicó temos duas frentes, uma em combate e outra arde livremente em zona de difícil acesso e, por isso, vamos mobilizar assim que for possível os meios aéreos", disse à Lusa o oficial de operações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Segundo Rodrigo Bretelo, o incêndio que deflagrou na sexta-feira em Barrocal-Sicó, no concelho de Pombal, distrito de Leiria, mobilizava 132 operacionais, incluindo grupos de reforço de Lisboa, Coimbra e Portalegre, com o apoio de 40 veículos.

"Em Vale da Pia, o incêndio está dividido em quatro setores, dos quais três estão em consolidação e um encontra-se ativo em cerca de 30% da sua área. Estão mobilizados no combate 465 operacionais, com 127 veículos", referiu.

Rodrigo Bretelo justificou a preocupação com este incêndio com as grandes dimensões e porque está ativo desde sexta-feira, tendo sofrido várias reativações.

"As temperaturas que nos esperam hoje são mais reduzidas, mas preocupam na mesma, temos parca humidade com valores na ordem dos 5%, o que não facilita o combate e os operacionais no terreno", disse.

Destacou igualmente, os fogos em Gambelas, no distrito de Faro, com 359 operacionais, com o apoio de 126 veículos, e o de Palmela, no distrito de Setúbal, que mobilizava 398 operacionais, com o apoio de 123 meios terrestres e um meio aéreo.

"Neste incêndio tivemos ontem (quarta-feira) cinco feridos de uma corporação de bombeiros do Pinhal Novo e tiveram de ser deslocadas algumas pessoas que estavam num campo de férias da EDP perto daquela zona", indicou.

De acordo com Rodrigo Bretelo, não há povoações, nem pessoas em risco. Às 08h50, mais de três mil operacionais combatiam 47 incêndios - entre fogos em curso, resolução e conclusão - em Portugal continental, com o auxílio de 1032 veículos e 20 meios aéreos.

(Agência Lusa)

9h35 - Guardas florestais com greve marcada para sexta-feira

Com o país a arder, os guardas florestais da GNR e do Serviço da Natureza e do Ambiente marcaram uma greve para sexta-feira.

Exigem uma reunião com o governo para discutir a tabela remuneratória, suplementos de função e escalas de serviço.

Para sexta-feira está também marcada uma concentração no Terreiro do Paço, em Lisboa, frente ao Ministério da Administração Interna.

9h00 - "Precisamos de mais cuidado do que nunca", adverte primeiro-ministro

Em conferência de imprensa, após a reunião com o IPMA, António Costa alertou para o risco de, esta quinta-feira, “termos as condições meteorológicas mais graves do ponto de vista do aumento de temperaturas, do crescimento do vento de leste, e para baixos níveis de humidade”.

“Portanto, hoje é o dia em que precisamos de mais cuidado do que nunca para evitar que haja novas ocorrências”, advertiu o primeiro-ministro, acrescentando que no dia de ontem houve mais de 200 ocorrências. “Foi um dia muito duro”.

O quadro meteorológico dos últimos dias, segundo informou o chefe de Governo, “vai prolongar-se para além de sexta-feira, vai estender-se durante o fim de semana”. Por esse motivo, há necessidade de “prolongar o estado de contingência” para, pelo menos, a meia-noite de domingo.

Contudo, mesmo com a previsão de ligeiras descidas da temperatura, a partir de segunda-feira, as temperaturas vão superar os 30ºC. Por isso, mesmo no fim do estado de contingência, “não podemos passar para um estado de despreocupação”, na próxima semana.

“Somos nós cidadãos que temos de ter um extremo cuidado a evitar que por descuido se provoque um incêndio”.

Os meios estão todos mobilizados, assegurou Costa. Mas a resposta “não são mais meios”, “é mais cuidado”. “Se houver cuidado não há incêndios”, porque o “fogo não nasce de geração espontânea”, mas de "mão humana".

Respondendo aos jornalistas, António Costa disse que se fala “muito de meios” para combater os incêndios, mas que se devia “falar sobretudo de nós” e do “cuidado”.


8h51 - Situação de contingência alargada até domingo

A situação de contingência em Portugal, devido aos incêndios, vai prolongar-se de sexta-feira até domingo, anunciou o primeiro-ministro durante uma visita ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), esta manhã. Esta posição de António Costa de renovar a situação de contingência foi tomada após ter estado reunido com o presidente do IPMA, Miguel Miranda, e com responsáveis da Autoridade Nacional de Emergência e da Proteção Civil, em que também esteve presente o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.

O primeiro-ministro questionou se a decisão política deveria passar pelo prolongamento da situação de contingência em Portugal e recebeu uma resposta afirmativa.

"A temperatura vai baixar nos próximos dias, mas temos uma acumulação de incêndios nos últimos dias. Apesar de as ignições terem tendência para baixar, há um legado que passa de dia para dia, para além do crescente desgaste das forças que estão no terreno", concluiu António Costa.

(Agência Lusa)

8h28 - Incêndio no concelho de Seia obriga a saída de pessoas das habitações

O incêndio no concelho de Seia, que começou ontem a meio da tarde de está em resolução desde as 4 desta madrugada, indica o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) da Guarda.
No local permanecem 192 operacionais apoiados por 58 veículos para os trabalhos de consolidação.

O incêndio teve início em Santa Eulália, Freguesia de Sameice e Santa Eulália. O combate às chamas chegou a mobilizar mais de 230 operacionais e quatro meios aéreos.

Por precaução foi preciso retirar três pessoas de casa, referiu à Antena 1 o presidente da câmara de Seia, Luciano Ribeiro.

8h13 - Várias casas arderam e outras estão em perigo em Palmela

Em Palmela arderam várias casas. O incêndio obrigou à retirada de várias pessoas, incluindo os utentes de um Centro Social e também 36 crianças de uma colónia de férias. Há registo de cinco feridos, um deles em estado grave.


O centro de comando da Proteção Civil de Setúbal esperava ontem à noite conseguir, madrugada dentro, conter o incêndio que seguia de Palmela para Setúbal.

Elisio Oliveira, comandante distrital operacional de setúbal, localizava o núcleo deste fogo e a forma como se previa que evoluísse. O comandante confirmou ainda a operação de retirada das pessoas de um lar de idosos , ontem, por precaução.
Quanto aos cinco bombeiros feridos "nenhum corre perigo de vida". Os bombeiros sofreram queimaduras, sendo que dois estão internados na Unidade de Queimados do Hospital de São José, em Lisboa.

De referir que, durante a tarde de quarta-feira, o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal tinha dado conta de outros cinco feridos civis, um deles em estado grave.

O incêndio que deflagrou pouco depois do meio-dia, na encosta do Castelo de Palmela, esteve perto de algumas zonas urbanas da sede do concelho, mas a localidade de Aires e de Baixa de Palmela foram as mais afetadas e onde houve mais habitações ameaçadas pelas chamas.

7h57 - Mais de 1.900 operacionais combatem 11 fogos ativos

Às 7h00, mais de 1.900 operacionais combatiam 11 incêndios ativos com o apoio de 602 viaturas. Os fogos em Leiria, Setúbal, Faro e Aveiro são os que mobilizam mais meios de combate, segundo a Proteção Civil.

O incêndio de Vale da Pia, em Pombal, que começou na última sexta-feira, era o que mobilizava mais meios, com 466 operacionais de 127 veículos.

7h35 - Incêndio florestal de Caranguejeira dominado durante a noite

O incêndio que começou na terça-feira no concelho de Leiria ficou dominado durante a noite. Segundo informação da Proteção Civil. Entrou em resolução pouco depois da meia-noite.

Este incêndio levou a Câmara de Leiria a pedir à população entre as localidades de Figueiras e Mata dos Milagres para saírem das casas e se abrigarem no pavilhão dos Pousos e no Estádio Municipal

7h31 - Incêndio de Azeméis alastrou a Albergaria-a-Velha e consumiu fábricas

A noite foi de intenso combate ao incêndio de Oliveira de Azeméis, tendo destruído áreas de construção civil. O fogo consumiu duas fábricas do concelho vizinho de Albergaria-a-Velha. Trata-se de uma serralharia e de uma fábrica de madeiras.

O incêndio deflagrou ao início da tarde de quarta-feira no lugar da Senhora da Ribeira, na freguesia de Pinheiro da Bemposta, em Oliveira de Azeméis. O vento fez com que as chamas chegassem a Albergaria-a-Velha.
Ponto da situação
  • Este é o quarto dia de situação de contingência devido ao agravamento do risco de incêndio e ao tempo quente que se faz sentir em grande parte do território português. A situação de contingência deverá terminar às 23h59 de sexta-feira, mas poderá ser prolongada caso as condições meteorológicas o justifiquem.

  • Tal como na quarta-feira, a maioria dos distritos de Portugal continental estão sob aviso vermelho, o mais grave na escala do IPMA, sobretudo devido ao tempo quente. Há mais de uma centena de concelhos em perigo máximo de incêndio rural.

  • Entre as 14 ocorrências consideradas significativas pela Proteção Civil durante a madrugada desta quinta-feira, destacam-se o incêndio de Abuil, em Pombal, que envolve 450 operacionais, o de Caranguejeira, em Leiria, com 371 operacionais, o de Faro com 370 e o de Palmela, com 460 bombeiros.

  • A A1 e a A29, que estavam cortadas devido ao incêndio que deflagrou na quarta-feira em Oliveira de Azeméis e alastrou para os concelhos de Estarreja e Albergaria-a-Velha já foram reabertas, segundo a GNR. “A A29 foi reaberta às 5h24 e a A1 às 5h39”, disse à agência Lusa fonte da Guarda Nacional Republicana (GNR), acrescentando que às 6h30 não havia nenhuma estrada cortada devido a incêndios.