Reportagem

Incêndios em Portugal: a situação ao minuto

por RTP

A Polícia Judiciária pretende ouvir Jaime Marta Soares no âmbito da investigação ao incêndio de Pedrógão Grande, depois de o presidente da Liga dos Bombeiros ter manifestado na TSF a convicção de que as chamas tiveram origem em "mão criminosa". A Proteção Civil deu o incêndio de Pedrógão Grande como dominado. O trabalho no terreno continua, tanto em Góis como em Pedrógão Grande.

Mais atualizações

20h05 - GNR também respondeu ao PM e fala em incêndio que atingiu estrada “de forma totalmente inesperada, inusitada e assustadoramente repentina”

O Comando Geral da GNR considera que a Estrada EN-236-1, onde ocorreu um elevado número de mortes no sábado, foi atingida de forma "inesperada e assustadoramente repentina, surpreendendo todos" – vítimas e Guarda.

No documento agora enviado ao primeiro-ministro, a GNR sustenta que "foi num contexto de fenómeno invulgar que terão ocorrido os fatídicos acontecimentos da EN 236-1, uma vez que o fogo terá atingido esta estrada de forma totalmente inesperada, inusitada e assustadoramente repentina, surpreendendo todos, desde as vítimas aos agentes da proteção civil, nos quais se incluem os militares da Guarda destacados para o local".

19h44 - IPMA já respondeu aos pedidos de esclarecimento do PM

Nessa resposta, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera conclui que houve no sábado, dia dos grandes incêndios em Pedrógão Grande, condições excecionais para a propagação do fogo.


Uma "dinâmica" gerada pela conjugação entre incêndio e instabilidade climatérica que gerou no terreno condições excecionais para a propagação das chamas.

Na carta ao primeiro-ministro António Costa, o IPMA sustenta que as suas previsões para a tarde de sábado, na região de Pedrógão Grande, estiveram dentro da margem de erro e os avisos à população seguiram as regras fixadas na relação com os serviços de proteção civil.

Esta terça-feira, António Costa dirigiu ao instituto um pedido de esclarecimento urgente relativamente às previsões e posteriores condições meteorológicas verificadas no sábado à tarde na zona de pinhal do distrito de Leiria, em particular no concelho de Pedrógão Grande.

19h32 - O jornal americano New york Times cita Marta Soares nessa nova hipótese de que fogo posto estará na origem dos incêndios que fizeram 64 vítimas.


18h52 - Ministra diz que todas as autópsias estão concluídas

Francisca Van Dunem acaba de dizer que o Instituto Nacional de Medicina Legal concluiu "num tempo recorde" de 48 horas todas as autópsias aos cadáveres recolhidos durante a tragédia de Pedrógão Grande.

"É manifesto que havia aqui pessoas em estado de exaustão completa porque estavam a trabalhar há mais de 24 horas, conseguindo fazer as autópsias de acordo com todas as regras exigidas por esta arte".

De acordo coma ministra da Justiça, isso não invalida que alguns desses corpos estejam ainda por identificar.

18h44 - Aumentam os meios no terreno

O incêndio que lavra em Góis está neste momento a mobilizar 1.153 operacionais, apoiados por 403 veículos e 14 meios aéreos.

No total, das frentes a lavrar no país, há no terreno 3.100 bombeiros e 29 meios aéreos.

18h38 - Correção da Proteção Civil

Carlos tavares, comandante das operações de socorro, esclarece que houve duas pessoas feridas e 37 assistidas na sequência do incêndio de Góis e não 18 feridos ligeiros, como tinha afirmado.

17h33 - Incêndios em Arganil e Pampilhosa preocupam

No Centro de Comando de Góis, o comandante da Proteção Civil fez o ponto da situação dos incêndios no local. As frentes que se encontram ativas em Pampilhosa e Arganil são as que mais preocupam as autoridades que estão no terreno.


17h07: Incêndio de Góis com duas frentes ativas

O incêndio de Góis continua com duas frentes ativas, estando uma localizada no concelho de Pampilhosa da Serra e a outra em Arganil, anunciou o comandante operacional Carlos Tavares. Estes são os locais que preocupam os bombeiros e para os quais estão a ser dirigidos os meios aéreos.

A Proteção Civil deu conta de que há 35 pessoas que foram assistidas, entre bombeiros e desalojados. A ANPC afirma que há dois feridos ligeiros que foram levados para o hospital.

No terreno, as chamas continuam a ser combatidas por 1152 operacionais, apoiados por 401 meios terrestres e 15 meios aéreos, segundo informação publicada no site da Proteção Civil.

17h05: Igreja Católica promove peditório nacional nas missas de 2 de julho 

A Igreja Católica promove um peditório nacional nas missas de 2 de julho para as vítimas dos incêndios, que provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos, anunciou hoje o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).

"Pedimos a todas as comunidades cristãs e a quem deseje associar-se que, além de outras iniciativas solidárias, dediquem a oração, o sufrágio e o ofertório do primeiro domingo de julho a esta finalidade", afirmou o padre Manuel Barbosa, no final de uma assembleia plenária extraordinária da CEP e à margem das jornadas pastorais do episcopado português, que decorrem em Fátima, distrito de Santarém.

Na leitura de uma mensagem da CEP, o sacerdote pediu ainda que a verba recolhida seja enviada para a Cáritas Portuguesa (conta na Caixa Geral de Depósitos IBAN PT50 0035 0001 00200000 730 54) para que seja encaminhada "com brevidade para aqueles que necessitam".

16h53: PCP rejeita "mais comissões" e relatórios" e quer "cabal esclarecimento"

O secretário-geral do PCP desvalorizou hoje mais "comissões, relatórios e recomendações" de prevenção de incêndios e exigiu o "cabal esclarecimento" de "causas e circunstâncias" do fogo na zona Centro que vitimou até agora 64 pessoas.

"Será preciso apurar integralmente causas e circunstâncias em que este incêndio se desenvolveu ao ponto de ter provocado tamanha perda de vidas e destruição de recursos e bens. Não é para repetir comissões, relatórios, recomendações, mas para concretizar medidas e ações concretas há muito identificadas como necessárias à prevenção dos fogos florestais", afirmou Jerónimo de Sousa no parlamento, reunido em sessão solene de homenagem às recentes vítimas de fogos florestais.

16h41: Estrada Nacional 236 reabriu ao trânsito esta manhã - GNR

A Estrada Nacional 236, que esteve cortada em dois troços nos concelhos de Castanheira de Pera, distrito de Leiria, e Lousã, em Coimbra, já reabriu ao trânsito pelas 08:00 de hoje, avançou fonte da GNR à agência Lusa.

A estrada Nacional 236 esteve cortada ao trânsito em Castanheira de Pera, desde as 09:00 de segunda-feira, enquanto o troço da localidade Candal, no concelho da Lousã, esteve interdito desde as 16:15 de domingo.

A circulação continua, porém, impedida no troço da Estrada Nacional 2 em Góis, distrito de Coimbra.

16h37: Proteção Civil dá incêndio de Pedrógão Grande como dominado

O incêndio que começou no sábado em Pedrógão Grande foi dominado hoje à tarde, disse o comandante operacional, Vítor Vaz Pinto.

O comandante operacional sublinhou no entanto que o fogo continua, estando sim resolvido a progressão do incêndio. Ou seja, o incêndio não se deverá expandir para além do perímetro em que se encontra.

No terreno, as chamas continuam a ser combatidas por 1199 operacionais, apoiados por 414 meios terrestres e 3 meios aéreos, indica 

16h32: Marta Soares mantém suspeita de “mão criminosa” mas espera pela investigação 

Jaime Marta Soares mantém que suspeita de mão criminosa no incêndio de Pedrógão Grande. O presidente da Liga dos Bombeiros diz que não avançará mais informações à comunicação social, aguardando pela investigação das autoridades.

“A partir do momento em que é tornado público que vai ser aberto um inquérito, vou guardar-me”, explicou Marta Soares. Jaime Marta Soares garantiu que prestará todos os esclarecimentos à Polícia Judiciária.

16h01 - Ponto de situação

Oito incêndios mobilizavam neste momento 29 meios aéreos, 1.016 viaturas e 3.061 operacionais.

Os dados são da Autoridade Nacional de Proteção Civil: um dos fogos que está a consumir mais meios é o de Pedrógão Grande, num total de 1.206 homens, 415 veículos e dois meios aéreos.

O incêndio de Pedrógão Grande já provocou 64 mortos e mais de 200 feridos, tendo desde sábado alastrado desde o distrito de Leiria para os distritos de Castelo Branco e de Coimbra.

No total consumiu à volta de 30.000 hectares de floresta, segundo números do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais.

Em Góis, município que faz fronteira com Pedrógão Grande e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, e com o concelho da Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, estão mobilizados 1.156 operacionais, 403 viaturas e 17 meios aéreos.

Outras ocorrências são registadas nos concelhos de Mirandela (Bragança), Guarda, Montijo (Setúbal), Chamusca (Santarém), Sernancelhe (Viseu) e Beja.

15h48 - Parlamento homenageia vítimas dos incêndios de Pedrógão

Parlamento aprova voto de pesar pela morte das vítimas dos incêndios dos últimos dias no centro do país provocada pela "maior tragédia humana provocada por fogos florestais em Portugal".

O voto foi subscrito por todos os partidos e pelo presidente da Assembleia da República e lido pelo próprio Ferro Rodrigues no início de uma sessão solene de homenagem às vítimas dos incêndios que já fizeram 64 mortos e mais de 20 feridos desde sábado.









15h45 - PS diz sim a comissão técnica independente proposta por PSD

Carlos César manifestou a disponibilidade dos socialistas para viabilizar a proposta do PSD referente à criação de uma comissão técnica independente paara apurar causas do incêndio de Pedrógão Grande: "O PS nada tem a opor a essa proposta".

15h41 - Produtores de leite oferecem feno para animais

A Associação dos Produtores de Leite de Portugal (APROLEP) vai enviar 20 toneladas de feno oferecido por produtores de leite para alimentar os animais afetados pelo incêndio de Pedrógão Grande.

15h37 - Apoio psicossocial da Segurança Social

A Segurança Social alterou os locais de apoio psicossocial de emergência dado às populações afetadas pelos incêndios nos distritos de Leiria e de Coimbra.

"A Segurança Social informa que, em conjunto com outras entidades, dispõe de locais onde disponibiliza apoio psicossocial direto, de emergência, às populações que dele necessitem", assinala o comunicado.

E são estes os novos locais:

No distrito de Leiria: postos de apoio em Castanheira de Pera (Santa Casa da Misericórdia de Castanheira de Pera, no Lar de São José e no Lar de São Domingos); em Figueiró dos Vinhos (Pavilhão Gimnodesportivo), em Pedrógão Grande (Santa Casa da Misericórdia de Pedrógão Grande), Ansião (Bombeiros Voluntários) e na localidade de Avelar (Bombeiros Voluntários).

No distrito de Coimbra: no concelho de Góis o apoio está concentrado no edifício municipal da residência de estudantes.

15h34 - Agradecimento da Liga dos Bombeiros Portugueses

Na pessoa do seu presidente, a Liga dos Bombeiros Portugueses enalteceu o trabalho dos operacionais que combatem os incêndios e assinalou o "momento particularmente difícil" pela morte de um bombeiro em Pedrógão Grande.

"Neste momento particularmente difícil em que choramos a morte de um dos nossos bombeiros, que se junta ao universo de muitos outros que no passado também foram vítimas do seu esforço e abnegação", sublinhou Marta Soares em comunicado enviado às redações, onde pode ainda ler-se que a Liga "não pode deixar de enaltecer e realçar o esforço titânico desenvolvido pelas bombeiras e bombeiros de todo o país na luta contra as chamas, na defesa de pessoas e de bens".

15h00 – Jaime Marta Soares reitera suspeitas de mão criminosa

À Antena 1, o presidente da Liga dos Bombeiros diz manter a convicção de que o incêndio de Pedrógão Grande teve origem criminosa, garantindo que essa suspeita advém de um conjunto de conhecimentos que chegaram à sua posse. “Assento a minha convicção em tudo aquilo que foram as envolventes que chegaram ao meu conhecimento”, afirmou.



“Não quero contrariar quem quer que seja”, garante Jaime Marta Soares quando confrontado com as afirmações do diretor nacional da Polícia Judiciária que atribuía a origem do fogo a causas naturais.

O presidente da Liga dos Bombeiros considera que, poderá levar o seu tempo até que se analise com profundidade as razões da sua ignição primeira. “Cabe a quem tem competência de analisar os factos, provar que não tenho razão. Isso não me preocupa minimamente", garante.

Fonte da Polícia Judiciária disse à RTP que vai chamar o Presidente da Liga dos Bombeiros para que, em sede própria, explique os fundamentos da afirmação. A Polícia Judiciária quer saber em rigor o que leva Jaime Marta Soares a dizer que o incêndio teve mão criminosa.

A PJ reitera que o incêndio teve uma causa natural, a trovoada seca, tal como afirmou no domingo o diretor nacional Almeida Rodrigues.

14h45 - Góis: Habitantes de três aldeias já regressaram a casa

Os habitantes das aldeias de Sobral Bendito, Cabreira e Cadafaz já regressaram aos seus lares.

"As pessoas já regressaram de forma tranquila, de forma segura. Já estão nas suas casas com o apoio do gabinete social da Câmara Municipal de Góis", explicou Carlos Tavares, comandante das operações de socorro.

O incêndio mantém duas frentes ativas, sendo a de Capelo aquela que dá mais preocupações aos bombeiros.

14h30 - Conselho de Ministros vai constituir um fundo de apoio às vítimas

Dentro de dez dias vai estar completo o levantamento de prejuízos e medidas de ação no terreno para os concelhos mais afetados pelos incêndios. Garantia dada pelo ministro do Planeamento e das Infraestruturas.



O ministro garante que a prioridade vai para a reconstrução das habitações e recuperação de maquinaria agrícola e das empresas do concelho. E anunciou que vai amanhã ser constituído em Conselho de Ministros um fundo de apoio às vítimas.

14h00 - "Mão criminosa"?

Durante a manhã, na rádio TSF, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses disse-se convicto de que o incêndio de Pedrógão Grande "teve origem em mão criminosa". Isto porque "já estava a decorrer há cerca de duas horas" antes da trovoada.

A Polícia Judiciária quer agora ouvir Jaime Marta Soares, para perceber estas suspeitas.

13h58 - Casas assaltadas

Várias casas foram assaltadas depois de abandonadas por famílias em fuga às chamas. Em Castanheira de Pera, os ladrões aproveitaram a ocasião para levar objetos de valor.


13h46 - Remoinhos, um problema para os bombeiros

Em direto para o Jornal da Tarde, a equipa de reportagem da RTP em Góis mostrou um fenómeno que tem dificultado o trabalho dos bombeiros: remoinhos que podem criar "reativações fortes".


13h40 - Marcelo intervém em Pedrógão Grande

O Presidente da República afirmou esta tarde, após o minuto de silêncio pelas vítimas dos incêndios, que é "preciso encontrar para o futuro melhores soluções do que as soluções do passado".

"Estamos todos de acordo. Para o país é importante vencer este combate e é importante retirar lições para o futuro, sempre. Também nisso estamos unidos", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.

13h00 - País cumpre minuto de silêncio

Em homenagem às vítimas do mais trágico incêndio que ocorreu em Portugal, cumpriu-se um minuto de silêncio.

O Presidente da República esteve em Pedrógão Grande, junto à Câmara Municipal. Em Lisboa, nas escadarias da Assembleia da República, o primeiro-ministro António Costa, os membros do executivo e os deputados prestaram homenagem a quem morreu no incêndio que deflagrou no sábado.

12h30 - Detida mulher suspeita de atear incêndio em Anadia

A Polícia Judiciária de Aveiro anunciou a detenção de uma mulher, de 48 anos, suspeita de ter ateado um incêndio florestal na passada terça-feira, em Vila Nova de Monsarros, Anadia.

A mulher foi detida pela GNR nas imediações do local onde ocorreu o incêndio, um terreno agrícola composto por matos e silvas.

Em comunicado, a PJ refere que a mulher provocou o incêndio "com o recurso a chama direta com a utilização de fósforos", adiantando que, caso o fogo não tivesse sido prontamente detetado e combatido, "poder-se-ia ter propagado à extensa mancha florestal adjacentes, bem como a inúmeras habitações próximas".

"Não foi possível determinar qualquer motivação racional para a prática dos factos em investigação, tendo os mesmos sido cometidos num quadro de aparente compulsividade”, refere a mesma nota.

12h25 - Pedrógão Grande: Presidente da República cumpre minuto de silêncio na vila

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai associar-se hoje, às 13h00, na vila de Pedrógão Grande, ao minuto de silêncio nacional pelas vítimas do incêndio que deflagrou no sábado neste concelho.

"O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa associa-se à manifestação de pesar votada pela Assembleia da República e observará um minuto de silêncio hoje às 13:00, em Pedrógão Grande, em memória das vítimas", lê-se numa nota divulgada na página da Presidência da República na Internet.

O primeiro-ministro, António Costa, e outros membros do Governo juntam-se hoje aos deputados, na escadaria principal da Assembleia da República, no cumprimento do minuto de silêncio.

A decisão de apelar à realização de um minuto de silêncio à escala nacional, às 13h00, foi tomada na terça-feira, em conferência de líderes parlamentares, e anunciada pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues.

12h05 – Góis: Duas frentes ativas a ceder aos meios

No ponto de situação desta manhã, o comandante Carlos Tavares revelou que as duas frentes de fogo que permanecem ativas estão a ceder aos meios de combate no terreno.

As autoridades têm vindo a combater vários reacendimentos que têm vindo a surgir e esperam dominar o fogo o mais rapidamente possível. As temperaturas a aumentar e um aumento na velocidade do vento são fatores adversos por esta altura.



Ao serviço do combate a este incêndio estão 11 meios aéreos, sendo que vão chegar dois meios áereos pesados.

Carlos Tavares adianta que durante a tarde deverão ser analisadas as condições de segurança nas aldeias evacuadas, para aferir a possibilidade de as pessoas deslocadas conseguirem voltar às suas casas.

11h45 - Atividades letivas retomadas na Sertã e parcialmente em Figueiró dos Vinhos

As atividades letivas que tinham sido suspensas devido aos incêndios ainda ativos em Pedrógão Grande e em Góis foram retomadas na Sertã e, parcialmente, em Figueiró dos Vinhos, anunciou hoje o Ministério da Educação.

Em comunicado, a tutela indica que, "na sequência dos contactos que o Ministério da Educação tem vindo a fazer, de forma próxima e contínua, quer com os municípios, quer com os agrupamentos e escolas dos concelhos mais atingidos pela tragédia da região Centro, as atividades letivas foram retomadas [...] na Sertã e, parcialmente, em Figueiró dos Vinhos".

"Em Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Pampilhosa da Serra as atividades letivas permanecem suspensas, o mesmo acontecendo em Góis, tendo em conta os desenvolvimentos dos últimos dias", acrescenta.

Na nota, o Ministério da Educação reitera que "está assegurado que os alunos das comunidades educativas afetadas terão oportunidade de realizar os exames e provas em datas alternativas", razão pela qual "não serão prejudicados".

11h20 - Área afetada em Pedrógão Grande estimada em 30 mil hectares

Na conferência de imprensa desta manhã, a GNR revelou que a estimativa é de que este incêndio terá afetado uma área de 30 mil hectares em Pedrógão Grande.

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Números que não são finais, já que o incêndio ainda não está totalmente dominado.

11h10 – Trabalho no terreno tem sido de “excelência”, diz Vaz Pinto

Quando questionado sobre eventuais erros no combate às chamas, o comandante diz que há sempre coisas que não correm como pretendido, mas garante que o trabalho de todos tem sido de excelência.


10h 55 – Atualização do número de feridos: 204, em Góis e Pedrógão Grande, sete deles graves

Até às sete da manhã desta quarta-feira, há registo de 204 feridos em Góis e Pedrógão Grande, sendo que sete deles são graves. Entre os feridos graves está uma criança e quatro bombeiros.


10h50 – Pedrógão Grande: falhas nas comunicações “não têm tido influência”

O comandante Vaz Pinto assumiu que tem havido falhas no sistema de comunicações SIRESP, "como há em qualquer sistema", até pela utilização massiva numa grande área, mas garante que a redundância do sistema permite ultrapassar essas situações.

Diz que as falhas são de “meio minuto ou um minuto” e que não têm tido influência no teatro de operações, ressalvando que “não têm sido notórias as falhas, são diminutas”.

10h40 - Meios no terreno são "os adequados", diz comandante

Questionado sobre os meios no terreno, Vítor Vaz Pinto considera que os meios são os adequados, lembrando que não se pode desguarnecer o resto do país.

A caminho de Pesdrógão Grande estão ainda 40 militares espanhóis, que vem reforçar o apoio do país vizinho ao combate aos incêndios.

O comandante garante ainda que está a ser feita uma gestão de esforço dos bombeiros, para garantir um padrão de segurança.

10h30 – Moradores deslocados já regressaram a casa

Muitas das pessoas que foram retiradas das suas casas em quatro localidades por precaução já regressaram a casa. Foram, em Pedrógão Grande, evacuadas 23 aldeias, numa atualização de dados entretanto efetuada.

No que Vítor Vaz Pinto chamou de “ilhas” que não arderam, há ainda meios prontos no terreno caso seja necessário retirar mais pessoas das suas casas.

10h18 - Incêndio em Pedrógão Grande: 95 por cento do perímetro do incêndio em vigilância e rescaldo

A proteção civil faz neste momento um ponto de situação do incêndio em Pedrógão Grande, que lavra desde sábado. Vítor Vaz Pinto afirmou aos jornalistas que a melhoria das condições meteorológicas abriu uma janela de oportunidade no combate às chamas.

No entanto, cerca de cinco por cento do perímetro do incêndio continua ativo, com “grande potencial de risco”, afirma o comandante, apesar de estar a arder neste momento com pouca intensidade. A zona é, no entanto, de muito difícil acesso. É aqui que estão concentrados os meios de combate às chamas.

Esta linha tem cerca de 20km, mas não é uma linha contínua de fogo.

Há ainda algumas "ilhas" que não arderam, algumas com 20 hectares, que concentram a atenção dos bombeiros, pelo risco que apresentam para as populações.

Em Pedrógão, estão 1203 bombeiros a trabalhar, 411 veículos e cinco meios aéreos, havendo a reportar algumas dificuldades técnias recentes que diminuíram a operacionalidade dos meios aéreos devido ao teto de fumo.

A caminho do local estão ainda 40 militares da unidade militar de Espanha.

10h05 – Góis: Ponto de situação

Os moradores que foram retirados ontem das suas casas devido à evacuação de várias aldeias esperam esta quarta-feira voltar a casa. A meteorologia ajudou ao combate às chamas durante a noite, havendo uma redução do número de frentes de fogo ativas de cinco para duas frentes ativas.



Colmeal foi uma das localidades que ao início da noite foi evacuada. A situação esta manhã é bastante mais calma e espera-se que as temperaturas mais baixas esta quarta-feira possam ajudar ao controle total da situação.

A estrada municipal 543 que liga várias pequenas localidades, permanece encerrada.

9h50 – Reunião entre Governo e autarcas

Está prevista para esta quarta-feira uma reunião entre o ministro do Planeamento e seis secretários de Estado com os autarcas de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra.

A delegação chefiada por Pedro Marques quer trabalhar num plano de ação que responda às situações urgentes.

As prioridades são o realojamento e o restabelecimento das condições de segurança das populações.

9h15 – Góis: duas frentes ativas

Três das cinco frentes de incêndio em Góis já foram extintas. Há duas frentes de fogo ativas, nos lugares de Capelo e de Carvalhal.

Para este teatro de operações estão previstos operar hoje 11 aviões pesados, sendo que logo às primeiras horas de luz do dia dois aviões começaram a operar.

9h10 – Alerta da Segurança Social

A Segurança Social alerta que há pessoas a fazerem-se passar por técnicos da estrutura, realizando visitas em nome do organismo em Pedrógão Grande e em Góis, zonas afetadas pelos incêndios.



A Segurança Social alerta as populações que os técnicos no terreno estão devidamente identificados.

8h50 - Condicionamentos de trânsito

A estrada nacional 347 (entre Relvas e Póvoa) já foi reaberta. De acordo com a GNR, a circulação continua interdita na Nacional 2 em dois troços: um no concelho e Góis e outro no concelho de Pedrógão Grande.

A Estrada Nacional 236 ainda está cortada ao trânsito. A alternativa no concelho de Castanheira de Pêra é o IC3.

8h30 – ponto de situação

Retomamos agora o acompanhamento em permanência da evolução dos incêndios em Portugal continental.

É ainda no centro do país que se concentram as situações a inspirar maior preocupação entre os bombeiros.

Em Góis, distrito de Coimbra, as chamas lavram em duas frentes e obrigaram, nas últimas 24 horas, a evacuar um total de 30 povoações – as últimas três, Saião, Salgado e Mimosa, foram evacuadas durante a madrugada desta quarta-feira; a maioria das 150 pessoas retiradas das suas casas foi encaminhada para o quartel dos Bombeiros de Góis.

No terreno estão mais de mil operacionais e quase quatro centenas de veículos. Pelas 8h00, as operações envolviam já 13 meios aéreos, segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil.

As baixas temperaturas que se verificaram durante a noite ajudaram os bombeiros a enfrentar o incêndio, assim como a menor intensidade do vento.

Às primeiras horas da manhã, as linhas de fogo eram mais reduzidas.

Pedrógão Grande

Em Pedrógão Grande, as frentes do violento incêndio que provocou 64 mortos e mais de 150 feridos já estarão nesta altura controladas pelos bombeiros, que ainda assim enfrentaram durante a noite muitos reacendimentos.

Naquele concelho, perto de 1200 bombeiros asseguram o combate às chamas, com o apoio de mais de 400 viaturas.

Tal como em Góis, por precaução, foram evacuadas 13 aldeias.

Níveis de risco

Perto das 5h00 desta quarta-feira, a Proteção Civil registava 11 incêndios ativos, combatidos por 2.559 operacionais apoiados por 880 veículos.

De acordo com o Instituto do Mar e da Atmosfera, mais de 30 concelhos de 11 distritos de Portugal continental, entre os quais os fustigados distritos de Leiria, Castelo Branco e Coimbra, estavam esta manhã sob risco “máximo” ou “muito elevado” de incêndio.

Os concelhos de Pedrógão Grande, Góis e Penela apresentam risco “muito elevado” de incêndio, assim como Alvaiázere, Figueiró dos Vinhos, e Sertã.

Em risco “máximo” estão os concelhos de Pampilhosa da Serra e Arganil, no distrito de Coimbra, Vila Velha de Ródão, Proença-a-Nova e Oleiros, Covilhã, Penamacor (Castelo Branco), Mação (Santarém), Sabugal, Guarda, Pinhel, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Trancoso, Figueira de Castelo Rodrigo, Meda e Vila Nova de Foz Coa (Guarda).

Ainda em sob risco “máximo” estão os concelhos de Alcoutim (Faro), Marvão, Gavião e Nisa (Portalegre), Sernancelhe, Penedono, Tabuaço, Vila Nova de Paiva, Tarouca (Viseu), Sabrosa, Alijó, Murça (Vila Real), Carrazeda de Ansiães, Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta, Vila Flor, Mogadouro, Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Bragança e Vimioso (Bragança).