Incêndios. Cerca de 650 operacionais combatem fogo no Fundão e 211 estão em Seia

por RTP
Foto: Miguel Pereira da Silva - Lusa

O combate ao incêndio, que deflagrou na sexta-feira no concelho do Fundão, já tem as frentes dominadas e em fase de rescaldo. Ao início da manhã estavam 647 operacionais e 205 viaturas no terreno, segundo fonte do Comando Sub-regional das Beiras e Serra da Estrela. Nas últimas horas juntaram-se meios aéreos às operações. Também o fogo que lavra em Paranhos, no concelho de Seia, distrito da Guarda, conta com 309 operacionais e 90 veículos no combate às chamas e as aldeias Sobreda e Seixo da Beira "não estão ameaçadas, mas estão próximas do incêndio".

A situação no Fundão está "bastante mais calma", este sábado de manhã. Em Barroca do Zêzere, depois de uma noite atribulada, este incêndio estará a entrar numa fase de consolidação. Mas ainda é necessário controlar os pontos de combustão.

O comandante Sub-regional Beiras e Serra da Estrela confirmou à RTP que "a maior parte das frentes, que estiveram ativas durante a noite, estão praticamente dominadas e em rescaldo".

"Temos dois ou três pequeno fragmentos (...) que estão a ser combatidos eficazmente"
, adiantou António Fonseca.

Segundo o mesmo responsável, estão "quatro aviões e um helicóptero que têm estado a fazer o arrefecimento de alguns pontos quentes" destas frentes já dominadas.

Neste momento, "não há qualquer habitação em perigo" e a "povoação está completamente liberta".


Nas próximas horas, as autoridades vão manter a vigilância e um "trabalho de consolidação", de forma a garantir que o "rescaldo" é "bem feito" e que não há reativações.

Estão no terreno sete meios aéreos e 680 operacionais no combate às chamas. Aguarda-se agora o ponto de situação dado pelos responsáveis dos bombeiros.

As autoridades receavam que o fogo chegasse à Pampilhosa da Serra e atingisse proporções maiores.

O incêndio no Fundão, que já causou ferimentos ligeiros em dois bombeiros, apresenta "uma grande extensão de área ardida, com muitos meios empenhados" aos quais se vão juntar, "pela manhã, meios áereos", disse o segundo comandante, José Costa, do comando da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

No terreno, estavam ao início da manhã 647 operacionais, 205 veículos e nove máquinas de arrasto, indicou a mesma fonte.

"A estrada nacional [EN] 238 está interdita entre Dornelas e Silvares"
, adiantou.

A mesma fonte referiu ainda que um outro incêndio deflagrou pelas 00h21, na zona de Vale de Igreja, no concelho de Seia. José Costa destacou o fogo que lavra em Paranhos, no mesmo concelho de Seia, conta já com 309 operacionais e 90 veículos no combate às chamas, acrescentando que duas aldeias, Sobreda e Seixo da Beira, "não estão ameaçadas, mas estão próximas do incêndio".

Sobre o incêndio na zona de Silvares, Paulo Fernandes, presidente da Câmara do Fundão, no distrito de Castelo Branco, tinha indicado, ao início da madrugada, que a autarquia tem todos os recursos no terreno, em articulação com as autoridades, para antecipar "todas as situações de risco perante a imprevisibilidade" do fogo, alertando para um "cenário muito crítico".

Os difíceis acessos, devido à mancha densa de floresta, e o vento forte estão a dificultar o combate ao incêndio que deflagrou na sexta-feira, disseram as autoridades locais, apontando para um "cenário muito crítico".

Já o comandante do Comando Sub-regional das Beiras e Serra da Estrela, António Fonseca, destacou que os operacionais estão a garantir o perímetro de segurança para as habitações nas várias localidades no caminho do fogo, sendo essa uma preocupação durante a noite.

C/Lusa

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