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Incêndio Seixal. Centenas de operacionais combatem chamas

por Inês Moreira Santos - RTP
Filipe Amorim - Lusa

O incêndio que teve início ao princípio da tarde continua a progredir com duas frentes em direção à EN377, entre Fernão Ferro (Seixal) e Alfarim (Sesimbra), sem vítimas ou casas atingidas. O fogo terá deflagrado após uma viatura se incendiar na A33, propagando-se a uma zona de mato na Amora, no Seixal.

Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, as chamas estavam às 20h00 a ser combatidas por 416 operacionais, apoiados por 141 veículos terrestres e, com o cair da noite, já não está a atuar nenhum dos 11 meios aéreos que operaram ao longo da tarde. O fogo que deflagrou no concelho do Seixal já atingiu, devido ao vento forte, o concelho de Sesimbra.

"Neste momento ainda temos o incêndio ativo com duas frentes ativas", confirmou à RTP o segundo comandante da sub-região de Setúbal, no início da noite.

De acordo com Miguel Silva, "todos os meios encontram-se pré-posicionados a combate no perímetro do incêndio" e tendo em conta "as condições meteorológicas que se fizeram sentir ao longo do dia, nomeadamente o forte vento" dificultaram as "ações de combate".

"Houve seis veículos que arderam numa propriedade privada"
, adiantou ainda.

"Não temos, para já, vítimas a registar, nem habitações danificadas. Temos sim cinco veículos civis que arderam", disse também Sérgio Moura, lembrando que o incêndio continua ativo e que o vento forte continua a dificultar o trabalho dos bombeiros.

"O vento ainda se mantém intenso, a velocidade de propagação do incêndio ainda é elevada. Temos os meios empenhados em todo o perímetro do incêndio. Tencionamos dominá-lo no mais curto intervalo de tempo, mas ainda não é possível adiantar qualquer previsão", acrescentou. "Estamos a contar com um aumento ligeiro da humidade relativa com a entrada da noite, mas nada significativo. Mas estamos a trabalhar para concluir isto o mais rápido possível".

“Todos os operacionais estão no terreno em questão a desenvolver esforços”, reiterou.

Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, pelas 16h10 encontravam-se no local 355 operacionais, apoiados por 102 meios terrestres e 11 meios aéreos.

"Consigo respirar de alívio porque as habitações aqui do concelho (...) em principio estarão livres de perigo", afirmou à RTP, acrescentando que só descansa quando o incêndio estiver extinto.

O vento forte está a dificultar o combate ao incêndio, mas não há habitações em perigo, segundo o presidente da Câmara do Seixal.

"O incêndio está a afetar uma zona de mato onde não há habitações. As zonas urbanas mais próximas - de Belverde e da Verdizela --, de acordo com as últimas informações que nos foram transmitidas pelos bombeiros, não estão em perigo", disse Paulo Silva.

O autarca adiantou, no entanto, que, também segundo as informações dos bombeiros, as chamas já se terão propagado à Herdade da Apostiça, no concelho de Sesimbra, uma zona florestal ainda maior do que a zona de mato que está a arder na freguesia da Amora, no concelho do Seixal.

O fogo teve origem numa viatura que se incendiou na autoestrada A33 e se alastrou a uma zona de mato. A mesma fonte adiantou que “os dois acessos da A33 à zona estão cortados para evitar que as pessoas se desloquem para o local”.

Estes dois acessos eram os únicos que estavam cortados pouco depois das 15h00, “fluindo o trânsito normalmente na A33”.

Fonte do Comando Sub-Regional da Península de Setúbal indicou à comunicação social que “há habitações e uma bomba de gasolina” nas proximidades do incêndio, mas a Proteção Civil “não tem conhecimento de que estejam em perigo”.

O alerta para o incêndio – que deflagrou hoje, segundo o comando sub-regional, na localidade de Verdizela, numa zona de mato na freguesia da Amora - foi dado às 12h52. Nas operações de combate ao fogo estão envolvidas diversas forças de socorro e segurança, além da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e do Comando Sub-regional da Península de Setúbal: corpos de bombeiros, GNR, Força Especial de Proteção Civil, PSP, Cruz Vermelha, Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, Forças Armadas e os municípios do Seixal e Sesimbra.
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