Incêndio em Cascais dominado. Bombeiros no terreno para prevenir reativações

por RTP
A Proteção Civil pediu aos automobilistas que não circulem nas áreas onde o fogo lavrou António Pedro Santos - Lusa

O incêndio que deflagrou na tarde de terça-feira em Alcabideche, Cascais, foi dominado na última madrugada e já não representa perigo para os habitantes. No local permanece um dispositivo reforçado de operacionais, acompanhados por meios terrestres e aéreos. Estão envolvidos em operações de rescaldo e atentos a eventuais reacendimentos.

Ao final da manhã, o incêndio estava em fase de resolução. Mas de acordo com Elísio Oliveira, comandante regional de Emergência e Proteção Civil, os meios aéreos vão permanecer no local “enquanto for necessário”.

“Com os meios aéreos disponíveis e de acordo com as nossas necessidades vamos garantir que temos meios aéreos em permanência”, explicou aos jornalistas, garantindo que já não havia focos de incêndio ativos, apenas “alguns pontos quentes”.

Os bombeiros estão ainda no local para evitar reacendimentos, visto que ainda se verificam condições meteorológicas que o podem provocar.
Referindo-se às operações da noite de terça-feira, o comandante frisou que o trabalho dos operacionais foi “muito árduo” e está a decorrer “a rendição dos elementos”, para garantir que há “capacidade de intervenção” nas próximas 12 horas.Dois dos feridos neste incêndio tiveram alta e outros seis mantêm-se em unidades hospitalares, de acordo com a Proteção Civil. Os animais removidos de canis já "regressaram aos locais de origem".


Já não há estradas cortadas na região de Cascais, nem constrangimentos em vias de comunicação.

“Temos o incêndio dominado”, explicou o comandante regional, o que significa que, com os meios na disposição em que se encontram, qualquer reativação não fará as chamas saírem do perímetro que já atingiram.

“Daí que este trabalho que vamos desenvolver será de operações de rescaldo e consolidação do rescaldo, ou seja, garantir que os pontos quentes existentes – que ainda são alguns – não irão causar algum problema”.Há pontos de maior preocupação por não terem acessos e, para esses, serão usados os meios aéreos.


O número de feridos na sequência do combate às chamas mantém-se: sete bombeiros continuam no Hospital de Cascais, estáveis, prevendo-se que nas próximas horas tenham alta. Um elemento está a ser acompanhado no Hospital de Santa Maria devido a um problema ocular.
Proteção Civil pede que se evite estradas
O comandante regional revelou que a preocupação neste momento é que o fogo possa chegar perto de habitações. “Nesse sentido, mantemos um dispositivo que permite trabalhar e garantir a segurança do património, das habitações e, por outro lado, temos equipas especializadas no âmbito do combate ao incêndio rural, que trabalham na área do Parque Natural de Sintra e Cascais”.
Ainda há algumas estradas cortadas, nomeadamente numa área próxima do Pisão, “devido ao próprio desenho da estrada” e para garantir “a segurança dos cidadãos” e circulação dos veículos dos bombeiros.

O responsável pediu aos automobilistas que não circulem nas áreas onde o fogo lavrou.

Elísio Oliveira disse ainda que os incêndios nesta zona de Cascais são “sempre difíceis”, por ser ventosa. “O trabalho feito pelos bombeiros foi de exceção, porque conhecendo a área (…) fizeram o reconhecimento dos pontos críticos”, elogiou.
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