
O primeiro-ministro manifestou a esperança que o Metro Sul do Tejo (MST) represente um "sucesso" equivalente ao do Porto em termos de procura de utentes e sirva para impulsionar a competitividade da área metropolitana de Lisboa.
As declarações de José Sócrates foram proferidas na cerimónia de inauguração do primeiro troço da primeira fase deste metro de superfície, que representou um investimento de 95 milhões de euros e que liga Corroios e Cova da Piedade.
Quando estiver construída a primeira fase do projecto, haverá ligações entre Corroios, Pragal e Monte da Caparica (inauguração prevista para Dezembro deste ano), mas também entre Corroios e Cacilhas (conclusão no final de 2008) - um investimento que ascenderá a 268 milhões de euros e que servirá cerca de cem mil habitantes.
Na cerimónia de inauguração, que decorreu no concelho de Almada - e que se distribuíram aos convidados cravos vermelhos -, além do chefe do Governo, estiveram presentes o ministro das Obras Públicas Transportes e Comunicações, Mário Lino, a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, os presidentes das câmaras de Almada (Maria Emília Sousa), do Seixal ((Alfredo Monteiro) e do Barreiro (Carlos Humberto).
Entre os convidados, estavam também o presidente do PSD/Setúbal, Luís Rodrigues, e o deputado do CDS-PP eleito por este círculo, Nuno Magalhães.
No seu discurso, José Sócrates considerou que a inauguração do primeiro troço do metro representou "um dia histórico" para a população da margem sul da área metropolitana de Lisboa.
"Não há que ter medo das palavras: é um dia histórico, porque esta nova infra-estrutura de transportes permitirá aumentar a competitividade económica da região, aumentar a qualidade de vida e uma melhoria em termos ambientais", sustentou.
"Este metro é um meio de transporte rápido, seguro e, como tal, será um factor de atracção de elites e fixação de pessoas", apontou.
Antes de viajar no novo metro entre Corroios e Cova da Piedade, o primeiro-ministro referiu-se às dificuldades que este projecto teve em termos de concretização, justificando os problemas com "a escassez de terrenos disponíveis, numa zona densamente povoada".
"Apesar de tudo, fizemos o que devíamos e garanto que este projecto é para andar para a frente, porque se trata de um projecto nacional e essencial para toda a área metropolitana de Lisboa", frisou.
José Sócrates manifestou depois a sua esperança de que a população dos concelhos da margem sul do Tejo se "identifique com o novo metro".
"Nunca houve um metro que se tenha construído tão rapidamente como o do Porto. Espero que este represente idêntico sucesso em termos de adesão das pessoas", declarou o primeiro-ministro, que elogiou o papel dos autarcas desta zona (na sua maioria da CDU), que "fizeram uma negociação madura com o Governo".