Foto: Guilherme Colaço - RTP
Chegam com visto turístico, mas acabam por arranjar trabalho e querer ficar. Esta é a prática de muitos imigrantes que procuram nos postos de atendimento da AIMA a solução para permanecerem em solo português. Mas a lei mudou e agora apenas é preciso um visto laboral.
Para demonstrar o descontentamento com estas comunidades e contra as novas regras, que limitam o acesso à autorização de residência em Portugal, a maior associação de imigrantes do país convocou uma manifestação para esta sexta-feira em Lisboa.
A Solidariedade Imigrante, que tem 150 mil associados, marcou um protesto em frente ao Parlamento, para exigir o regresso das manifestações de interesse.
Para a tarde está marcada uma manifestação em frente à Assembleia da República. O objetivo é exigir que o Governo dê um passo atrás e que reponha a chamada manifestação de interesse, que permitia aos estrangeiros que entravam no país com visto turístico avançar com um processo de regularização, desde que tivessem 12 meses de descontos para a Segurança Social.
O presidente da Associação Solidariedade Imigrante diz que o país está de portas trancadas e que ficou mais difícil aos imigrantes terem acesso a direitos básicos.
Timóteo Macedo denuncia, em declarações à Antena 1, que a alteração da lei veio alimentar as máfias junto às embaixadas nos países de origem. E que há vistos a custar milhares de euros.