A Igreja Católica portuguesa apresenta esta quarta-feira em Lisboa o grupo de apoio às vítimas de abuso sexual em ambiente eclesiástico e que vai trabalhar em articulação com as Comissões Diocesanas de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis.
“Será constituído por uma equipa de profissionais tecnicamente competentes e terá a missão de acolher, escutar, acompanhar e prevenir as situações de abuso sexual de crianças e adultos vulneráveis no contexto da Igreja em Portugal, dando atenção às vítimas e aos agressores”, esclareceu a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), na passada quinta-feira, quando anunciou a constituição do Grupo VITA.
A criação do Grupo VITA surge na sequência do trabalho da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica, liderada pelo pedopsiquiatra Pedro Strecht, que, ao longo de quase um ano, validou 512 testemunhos de casos ocorridos entre 1950 e 2022, apontando, por extrapolação, para um número mínimo de 4.815 vítimas.
Como consequência, algumas dioceses decidiram afastar cautelarmente alguns padres, enquanto decorrem os respetivos processos.