"O processo de inspeção tem como finalidade verificar a regularidade dos certificados de incapacidade temporária para o trabalho emitidos aos elementos do corpo profissional da PSP", refere a IGAS, numa resposta escrita à Lusa.
A IGAS refere que o processo de inspeção foi aberto na sequência das notícias publicadas em órgãos de comunicação social sobre o adiamento de três jogos de futebol organizados pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (Liga Portugal) no passado sábado e segunda-feira.
Em virtude das ausências dos polícias, esses jogos tiveram de ser cancelados.
Os polícias alegaram doença para não comparecer. Mas, como coincidiram com o momento dos protestos públicos e foram vários em simultâneo, levantou-se a suspeita sobre a veracidade dos certificados de incapacidade temporária apresentados.
"Tendo sido levantada a suspeita de os certificados de incapacidade temporária apresentados por esses profissionais terem sido emitidos de forma irregular, informa-se que, por despacho do Inspetor-Geral, de 8 de fevereiro, foi determinada a abertura de um processo de inspeção", lê-se no comunicado da IGAS.
A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia admitiu que há efetivos que, de forma concertada, recorreram às baixas médicas, mas avisa que são legítimas, já que muitos agentes acusam exaustão física e mental. A associação sindical lembra que todas as baixas estão a ser validadas pelos médicos.
O processo de inspeção do IGAS será articulado com a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI).