Hospital das Caldas da Rainha. ERS vai avaliar assistência a mulher com aborto espontâneo

por RTP
Foto: António Antunes - RTP

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) anunciou esta terça-feira a instauração de um processo de avaliação à assistência prestada a uma mulher que chegou ao hospital das Caldas da Rainha com um aborto espontâneo e forte hemorragia.

Em comunicado, a ERS adianta que irá, em conjunto com a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, cooperar na investigação deste caso “no quadro das respetivas atribuições”.

“A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu um processo de inquérito aos factos relacionados com a assistência prestada a uma utente grávida na manhã do dia 5 de agosto de 2024, na unidade hospitalar de Caldas da Rainha, integrado na Unidade Local de Saúde do Oeste, E.P.E.”, elucida a ERS no comunicado.

Os bombeiros presentes no momento em que a grávida chegou ao hospital das Caldas da Rainha relatam que a mulher, que sofreu um aborto espontâneo e estava a ter uma hemorragia, só foi atendida depois de muita insistência da equipa de socorro e do CODU.

A nota refere ainda que, em junho de 2022, a IGAS realizou uma inspeção às circunstâncias envolvidas na assistência de urgência a uma mulher grávida em trabalho de parto nesta mesma unidade hospitalar, no âmbito do qual foram emitidas cinco recomendações, quatro das quais foram dirigidas ao então Centro Hospitalar do Oeste e a quinta foi dirigida à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

“Este processo foi concluído em maio de 2023, tendo o órgão de gestão do estabelecimento apresentado evidências do acolhimento das quatro recomendações que lhe foram dirigidas”, acrescenta.

Entretanto, a Ordem dos Médicos reúne-se esta terça-feira com a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde para esclarecer o que falhou no atendimento à mulher grávida no Hospital das Caldas da Rainha.
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