Homem acusado de matar mulher à facada em Gondomar condenado a 23 anos de prisão

por Lusa

O Tribunal de São João Novo, no Porto, condenou hoje a 23 anos de prisão o homem, de 48 anos, acusado de matar com uma faca a ex-mulher, em fevereiro de 2023, em Gondomar.

Na leitura do acórdão, a juiz presidente salientou a "violência extrema" do ato.

"Foi uma execução. Isto não foi só um homicídio, foi um ato de execução", afirmou.

Em audiência de julgamento, o arguido confessou o crime mas afirmou que não teve intenção de matar a ex-mulher.

"Não a queria matar. Queria apenas aleijar", disse.

O crime ocorreu em 23 de fevereiro do ano passado, quando o arguido matou com recurso a uma faca a vítima quando esta se encontrava no local de trabalho.

O casal estava separado desde 2022, sendo que foram frequentes os episódios de violência doméstica na vida do casal.

Em setembro desse ano, o arguido foi detido por violência doméstica e o tribunal proibiu-o de se aproximar da vitima, que tinha, desde então, um botão de pânico.

O casal tinha uma filha menor, sendo que o tribunal valorizou as "nefastas consequências" para a menor por ter perdido a mãe.

A pena teve igualmente em conta o facto de o tribunal não acreditar no arrependimento demonstrado pelo arguido.

"Pedir desculpa e chorar não chega, não significa que esteja arrependido e não sei que perdão se pode pedir depois de se ter feito uma coisa destas", considerou o tribunal.

 

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