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Hierarquia no Ministério Público contestada pelos magistrados

por Antena 1

Foto: Lusa

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público faz duras críticas e promete impugnar judicialmente a diretiva da Procuradoria-Geral da República que legitima a intervenção da hierarquia em processos judiciais.

O motivo para a revolta é um parecer do conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República, cuja doutrina a procuradora-geral, Lucília Gago, determinou que seja seguida e aplicada pelo Ministério Público.

O parecer prevê que a hierarquia do Ministério Público possa intervir nos processos-crime, modificando ou revogando decisões anteriores.

António Ventinhas, do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, avisa que a manter-se esta diretiva pode provocar o divórcio entre a Procuradoria-Geral e os magistrados do Ministério Público.

Alerta de António Ventinhas, que explica ainda que a diretiva faz com que não se saiba quem dirige os processos. Declarações aos jornalistas à margem de um encontro de magistrados, na tarde de quinta-feira, na Universidade Católica.

Naquele espaço Luís Fábrica apresentou um estudo sobre a autonomia do Ministério Público e explicou que os procuradores não são um braço longo da Procuradoria e explicou que é preciso que se perceba a diferença nas hierarquias.
Os magistrados do Ministério Público estão contra uma diretiva que, na prática, os obriga a cumprir ordens, mesmo que não concordem, pondo assim em causa a autonomia que a lei lhes confere.
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