Um estudo da Universidade do Minho analisou os consumidores de jogos instantâneos como a Raspadinha e aponta para a existência de 100 mil pessoas com problemas de adicção.
A repórter Oriana Barcelos esteve esta manhã a visitar cafés e papelarias, na zona do Areeiro, no centro de Lisboa, onde muitos portugueses compram raspadinhas de forma compulsiva.
Os especialistas em dependência do jogo defendem medidas urgentes para prevenir casos de adição relacionados com a “raspadinha”, em Portugal.
Ouvido pela Antena 1, o psicólogo Pedro Hubert, que trabalha com pessoas com dependência do jogo, defende medidas para minimizar este problema, entre as quais permitir que os jogadores possam pedir para ser impedidos de participar neste jogo de azar.
Pedro Hubert pede cuidados e muita prevenção porque a raspadinha tem um potencial de risco considerável.
Também o psiquiatra Pedro Morgado, um dos coordenadores do estudo da Universidade do Minho, traça o perfil dos jogadores e explica que são pessoas mais velhas e menos instruídas, que não conseguem resistir ao vício.
O psiquiatra Pedro Morgado considera necessário actuar para reduzir a dimensão deste problema.
O investigador sugere uma aposta em campanhas de informação e também regulamentação para o jogo da Raspadinha.
O estudo foi comissionado pelo Conselho Económico e Social.
