A greve da função pública começou hoje com uma adesão entre 90% e 100% entre os trabalhadores da recolha do lixo e da higiene urbana, disse o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL).
"Nos primeiros serviços de recolha noturna a entrar em funcionamento - Amadora, Loures, Évora, Moita, Palmela e Seixal - registou-se uma adesão de 100%", disse o STAL, filiado na CGTP.
Num comunicado enviado à Lusa, o sindicato disse que também não se efetuou a recolha de lixo nos concelhos do Barreiro e Oeiras, "com adesão na ordem dos 90%".
"Já em Almada e Vila Franca de Xira a adesão foi igualmente muito significativa, tendo a recolha de resíduos e os serviços de higiene urbana ficado seriamente prejudicados", acrescentou o STAL.
O sindicato disse antever "uma elevada adesão na generalidade das autarquias, escolas e empresas municipais" ao longo desta sexta-feira.
Sebastião Santana, da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, filiada na CGTP, antecipa "uma grande adesão e perturbações ou encerramento de vários serviços, como é o caso dos serviços de finanças, da segurança social e das lojas do cidadão".
A Frente Comum convocou a greve nacional de hoje em protesto contra a proposta do Governo de aumentos salariais para 2024 que considerou miserabilista - um mínimo de 52 euros ou de 3% para os trabalhadores da administração pública.
Os sindicatos reivindicam um aumento em pelo menos 15%, com um mínimo de 150 euros por trabalhador, para fazer face ao "brutal aumento do custo de vida".
Hoje é dia de greve da função pública e Sebastião Santana disse à Lusa que os efeitos da greve nacional estavam previstos para a noite de quinta-feira e madrugada de hoje, sobretudo nos hospitais e na recolha do lixo.