Greve da Transtejo e Soflusa nos dias 11 e 12 de junho

por RTP
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As empresas que operam o transporte fluvial na região de Lisboa declararam greve sem serviços mínimos. Na véspera dos santos de Lisboa não vai ser possível atravessar o Tejo por barco.

Segundo a agência Lusa, a decisão do tribunal arbitral, de dispensar os serviços mínimos, publicada na internet na terça-feira, dia 5 de junho, foi tomada por se considerar "não ter sido demonstrada a existência de necessidades sociais impreteríveis”.

O tribunal decretou apenas “a prestação de serviços adequados à manutenção e segurança do equipamento em todas as vertentes”, uma vez que a greve é de apenas dois dias. Os trabalhadores da Transtejo agendaram a paralisação nos dias 11 e 12 de junho e a Soflusa apenas no dia 12.

É dito no acórdão que “a situação mereceria, porventura, uma resposta diferente, caso a greve se prolongasse por vários dias, ou caso se tratasse de uma paralisação setorial dos transportes coletivos”. Não se tratando desta situação, não serão assegurados os serviços mínimos mas o tribunal salienta que é imprescindível “o cumprimento da obrigação de segurança”.

O tribunal considera também que as populações não ficam “desprovidas de meios de transporte”, argumentando que existem “diversas alternativas” para a travessia do Tejo.

Os trabalhadores das empresas responsáveis pelo transporte fluvial em Lisboa reivindicam a actualização de salários, que se encontram congelados desde 2009. A Transtejo é a empresa responsável pelo transporte fluvial do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão à capital e a Soflusa liga o Barreiro e Lisboa.
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