Greve da Função Pública. Frente Comum adverte para "fortes perturbações"

por Inês Moreira Santos - RTP
Os sindicatos mostram-se esperançados nos efeitos da greve António Pedro Santos - Lusa

Esta sexta-feira é marcada pela greve da Função Pública. A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública admite que espera "uma grande adesão", prevendo "fortes perturbações" em vários serviços públicos, como finanças e segurança social, nos hospitais e nas escolas.

A paralisação foi convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, afeta à CGTP. Entre os serviços mais afetados poderão estar escolas, hospitais, finanças, segurança social, lojas do cidadão e recolha do lixo.

“Avançamos com esta luta, nas vésperas da votação no Parlamento do Orçamento do Estado para 2024, por entender que a proposta do Governo não satisfaz de maneira nenhuma as reivindicações dos trabalhadores”, afirmou o coordenador da organização sindical que exige um aumento mínimo de 150 euros , para todos os trabalhadores, de forma a atenuar a perda de poder de compra.

Além das questões centrais e salariais, Sebastião Santana destacou ainda um “conjunto de outras matérias”, como o sistema de avaliação, a valorização das carreiras e dos próprios serviços públicos, que não estão contempladas “neste Orçamento do Estado”.
De acordo com o líder da Frente Comum, os efeitos da greve nacional começaram a sentir-se já durante a noite de quinta-feira e esta madrugada, sobretudo nos hospitais e na recolha do lixo.

"Prevemos uma grande adesão e perturbações ou encerramento de vários serviços, como é o caso dos serviços de finanças, da segurança social e das lojas do cidadão
", indicou o sindicalista, citado pela Lusa.

Sebastião Santana disse que "várias escolas deverão fechar em todo o país" uma vez que sindicatos dos professores e do pessoal não docente anunciaram a adesão ao protesto.

A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública (da CGTP) anunciou em 9 de outubro a greve nacional de trabalhadores que esta sexta-feira decorre, considerando que a proposta do Governo de aumentos salariais para 2024 é "miserabilista".

Para o próximo ano está previsto um aumento salarial mínimo de 52 euros ou de 3 por cento para os trabalhadores da Administração Pública. A Frente Comum, contudo, reivindica um aumento dos salários em pelo menos 15 por cento, com um mínimo de 150 euros por trabalhador, para fazer face ao "brutal aumento do custo de vida".

c/ Lusa
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