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Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

Grande Reportagem Antena 1 - Iémen, o lado Houthi da guerra

por José Manuel Rosendo/Paulo Cavaco

Foto: José Manuel Rosendo

De acordo com as Nações Unidas, o Iémen enfrenta a pior crise humanitária do mundo e a fome é uma realidade violenta na vida de 13 milhões de iemenitas.

O Iémen está em guerra há cinco anos e acumula muitas outras guerras e conflitos nas últimas décadas. Unificado em 1990, depois de mais de duas décadas dividido entre o Iémen do Sul e o Iémen do Norte, o país também sentiu o vento da "Primavera Árabe". Aquando da primeira Guerra do Golfo, o Iémen foi o único dos quinze países do Conselho de Segurança da ONU que se absteve na votação da Resolução que autorizou a utilização da força militar para expulsar Saddam Husseín do Koweit. Como consequência, a Arábia Saudita expulsou mais de um milhão de emigrantes iemenitas. A crise económica que varreu o país agravou a situação social e política, e foi verdadeiro combustível para a instabilidade política que, ainda hoje, marca um país nos últimos lugares da classificação do Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas.

O actual conflito opõe um governo instalado em Aden e um outro governo instalado em Sana'a, a capital do Iémen unificado. O primeiro tem Abdrabbuh Mansur Hadi (vice-presidente de Ali Abdullah Saleh, afastado em 2011 na sequência da "Primavera Árabe") como Presidente e conta com o apoio de uma coligação liderada pela Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, tendo ainda o apoio de Estados Unidos, Reino Unido e França; do outro lado, o Movimento Houthi (Xiitas), que nega ter apoio do Irão, tal como tem sido acusado. Nesta reportagem, os Houthi dizem que o Iémen pode transformar-se num novo Vietname, negam qualquer apoio de Teerão, mas acrescentam que se algum país estiver disponível para vender armas, estão compradores.

Muitas vezes referida como a "guerra esquecida", a guerra no Iémen já terá provocado mais de 100 mil mortos, segundo a ONU.

Impedido de entrar no lado sul pelas forças pró-governamentais, o repórter José Manuel Rosendo atravessou a região noroeste do Iémen e testemunhou centenas de quilómetros de destruição, na grande reportagem "Iémen, o lado Houthi da guerra".
Um trabalho com sonoplastia de Paulo Cavaco.
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