Foto: José Manuel Rosendo
De acordo com as Nações Unidas, o Iémen enfrenta a pior crise humanitária do mundo e a fome é uma realidade violenta na vida de 13 milhões de iemenitas.
O actual conflito opõe um governo instalado em Aden e um outro governo instalado em Sana'a, a capital do Iémen unificado. O primeiro tem Abdrabbuh Mansur Hadi (vice-presidente de Ali Abdullah Saleh, afastado em 2011 na sequência da "Primavera Árabe") como Presidente e conta com o apoio de uma coligação liderada pela Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, tendo ainda o apoio de Estados Unidos, Reino Unido e França; do outro lado, o Movimento Houthi (Xiitas), que nega ter apoio do Irão, tal como tem sido acusado. Nesta reportagem, os Houthi dizem que o Iémen pode transformar-se num novo Vietname, negam qualquer apoio de Teerão, mas acrescentam que se algum país estiver disponível para vender armas, estão compradores.
Muitas vezes referida como a "guerra esquecida", a guerra no Iémen já terá provocado mais de 100 mil mortos, segundo a ONU.
Impedido de entrar no lado sul pelas forças pró-governamentais, o repórter José Manuel Rosendo atravessou a região noroeste do Iémen e testemunhou centenas de quilómetros de destruição, na grande reportagem "Iémen, o lado Houthi da guerra".
Um trabalho com sonoplastia de Paulo Cavaco.