Em nota enviada às redações pelo Ministério da Justiça, é revelado que o Instituto Nacional de Medicina Legal fez esta segunda-feira o levantamento de todos os processos relativos a corpos que deram entrada nos seus 28 serviços desde o passado dia 18 de junho até à presente data, não tendo sido obtida qualquer informação adicional relativamente à que já existia e assim se mantendo a nota da identificação de 64 vítimas mortais. O executivo escusa-se ainda a divulgar a lista de vítimas, considerando que o processo está em segredo de justiça.
Depois de várias notícias em que é questionado o número oficial de vítimas mortais na sequência do incêndio de Pedrógão Grande, o Governo vem reiterar que "havendo suspeita ou informação sobre eventuais vítimas mortais do incêndio para além das 64 já referidas, devem as mesmas ser transmitidas ao MP [Ministério Público]. Uma indicação que tem sido partilhada pelo Executivo, mesmo por António Costa.
O Governo reitera que todos os corpos foram entregues até 25 de junho às respetivas famílias, "não restando nenhum corpo à guarda das autoridades por identificar, examinar ou entregar à respetiva família".
A nota refere que 61 vítimas mortais foram enviadas para a delegação do Instituto Nacional de Medicina Legal na noite de domingo e madrugada de segunda-feira. Durante a manhã de segunda foram ainda transportados dois outros corpos referenciados pela GNR à PJ.
A estas 63 vítimas mortais veio a juntar-se ainda um bombeiro da corporação de Castanheira de Pera, falecido já no hospital, refere a nota.
Ministério Público investiga uma morte em Pedrógão
Durante os últimos dias, a imprensa noticiou que o verdadeiro número de vítimas é superior.
O Governo nega que exista uma lista secreta das vítimas do incêndio de Pedrógão Grande e insiste que os seus nomes não são conhecidos porque estão em segredo de justiça.