O Governo e os sindicatos dos bombeiros sapadores retomam hoje as negociações que tinham sido interrompidas a 03 de dezembro de 2024 por causa dos protestos.
A reunião está marcada para as 15:30, no edifício sede do Governo, em Lisboa.
Apenas o Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS), que tem uma greve e uma manifestação agendadas para o dia 15 de janeiro, recebeu a convocatória para 16 de janeiro.
Para a reunião de hoje, o Governo disse estar disponível, através de uma carta enviada a quatro dos sindicatos presentes nas negociações, para fazer a revisão da carreira "com valorização faseada no menor tempo possível", manter as atuais sete categorias na carreira especial - ao contrário das cinco categorias da anterior proposta - e manter as atuais 35 horas semanais de trabalho - ao contrário das 40 horas propostas na última reunião.
O Governo compromete-se ainda a eliminar a proposta de criação de dois suplementos apresentada no ano passado. Na última reunião, que foi interrompida na sequência das manifestações feitas à porta do edifício da sede do Governo, em Lisboa, Hernâni Dias tinha avançado aos sindicatos a proposta de criar dois suplementos: um de risco e um de função.
Com esta eliminação, lê-se na carta, será criado "um suplemento único - suplemento de Bombeiro Sapador - que integra os conceitos de risco, insalubridade, penosidade e prontidão de comparência em percentagem de retribuição base".
A carta foi enviada aos Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (SNBP), Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), Sindicatos dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) e Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL), algumas das estruturas sindicais que se vão reunir hoje com o secretário de Estado.
No início de dezembro, o executivo suspendeu as negociações com os bombeiros sapadores, acusando-os de estarem a fazer pressão ilegítima, com um protesto que incluiu petardos, tochas e fumos junto à sede do Governo.
Os bombeiros sapadores já realizaram três manifestações desde outubro com rebentamento de petardos e lançamento de tochas, além de uma ocupação da escadaria da Assembleia da República.