O primeiro-ministro António Costa critica aquilo que considera ser um finca-pé dos sindicatos de professores, em relação à contagem do tempo de serviço.
"Da nossa parte mantemo-nos com uma postura construtiva, de diálogo, mas que pressupõe que, da outra parte, exista também abertura e diálogo”, acresentou.
António Costa falava à RTP, em Ravenna (Itália), à margem de um encontro do Partido Democrático italiano.
O primeiro-ministro reafirmou ainda que o novo ano letivo "está a ser preparado na sua normalidade" e que se mantém a negociação com os sindicatos sobre o descongelamento do tempo de serviço dos professores.
Costa reagia a declarações do secretário-geral da Fenprof. Mário Nogueira, disse que na próxima reunião de 7 de setembro, a Fenprof não aceitará manobras do Governo para adiar a questão da contagem integral do tempo de serviço de professores.
"Não estamos disponíveis para manobras dilatórias. Não vamos estar mais um ano em compromissos e textos. Já demos para esse peditório", disse Mário Nogueira.
Na quinta-feira, a FENPROF anunciou uma greve e uma manifestação nacional para 5 de outubro, reafirmando que não abdica de um único dia do tempo de serviço congelado dos docentes. A data da greve ainda não está definida.
Os protestos estão ainda dependentes das respostas que o Governo apresentar na reunião de 7 de setembro.
A Federação Nacional de Professores veio já esta sexta-feira anunciar na RTP que a greve poderá ser o caminho a seguir, para que fazer o Governo perceber que os professores "não desistem".