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Governo e partidos debatem Orçamento de Estado para 2025

por Lusa
Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos são os dois principais protagonistas do debate sobre o OE Tiago Petinga - EPA

O Governo recebe esta sexta-feira os partidos com assento parlamentar sobre o Orçamento do Estado para 2025, a cerca de três meses da data limite da entrega do documento que tem aprovação incerta.

As reuniões começarão às 10h00 com o PAN, seguindo-se Livre, PCP, BE, IL, Chega, PS e, por último, uma reunião conjunta com PSD e CDS-PP marcada para as 18h30.

O Orçamento do Estado para 2025 tem de ser entregue no parlamento até 10 de outubro e os 80 deputados que suportam o executivo minoritário PSD/CDS-PP não são suficientes para a sua aprovação, sendo necessária a abstenção do PS (78 deputados) ou o voto favorável da bancada do Chega (50 parlamentares).

No debate do estado da nação, na quarta-feira, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, avisou que se o Governo quiser evitar eleições antecipadas tem que “negociar seriamente” o Orçamento do Estado, afirmando que se os socialistas fizerem uma avaliação positiva o viabilizam, mas caso contrário o chumbam.

Já o presidente do Chega, André Ventura, defendeu que o país “precisa de um Orçamento”, mas avisou que o documento tem de refletir a “mudança que os portugueses escolheram” nas últimas eleições legislativas e que o executivo “tem de escolher” com que partido vai negociar.

"É impossível ter um orçamento que agrade ao Chega e ao PS", afirmou.

O BE já anunciou que votará contra, o PCP antevê igualmente a rejeição se o documento mantiver a matriz do programa do Governo, o Livre acusou o Governo de querer transmitir a ideia de que as conversas com os partidos "não servem para nada", enquanto a IL disse estar disponível para negociar, mas votará contra se a proposta for "muito próxima" das apresentadas pelos anteriores executivos do PS.

Na semana passada, num Conselho Nacional do PSD, o líder social-democrata e primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que, se o PS estiver a fazer jogo sobre a negociação do Orçamento, então tenha a coragem de deitar abaixo o Governo.

"Querem ver vertidas nas propostas orçamentais algumas das suas propostas, sim, têm parceria. Se por um acaso tudo isto não passar de um jogo, então tenham a coragem de deitar abaixo o Governo, porque nós cá estaremos para poder dizer aos portugueses o que é que está em causa", disse.



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