José Barros Correia tinha sido nomeado pelo anterior Governo e estava no comando nacional da PSP desde setembro de 2023. Diz que esta é uma decisão de "exclusiva iniciativa" da ministra da Administração Interna. O diretor nacional da PSP é agora substituído por Luís Carrilho, comandante da Unidade Especial de Polícia. Os polícias pedem mais explicações sobre esta alteração.
"O Governo agradece ao Diretor Nacional cessante, José Barros Correia a
elevação institucional, o profissionalismo e a entrega abnegada à missão
de serviço público que desenvolveu", lê-se no comunicado do Ministério
da Administração Interna, sem adiantar os motivos concretos que levaram à exoneração.
Numa nota interna a que a RTP teve acesso, nota essa enviada a todos os polícias da PSP poucos minutos após ser conhecida a exoneração, o até agora diretor nacional da Polícia de Segurança Pública adianta que a decisão foi de "exclusiva iniciativa" da ministra da Administração Interna.
"Hoje, pelas 18:45, a Sra. Ministra da Administração Interna, Juíza Conselheira Margarida Blasco, comunicou a minha exoneração, sendo esta decisão da sua exclusiva iniciativa", refere José Barros Correia.
Acrescenta que irá passar à situação de pré-aposentação depois de "cerca de 40 anos de dedicação à Polícia de Segurança Pública, à segurança dos nossos cidadãos e a Portugal".
José Barros Correia pede ainda aos polícias que continuem com todo o profissionalismo, dedicação e entrega à causa pública, a cumprir a importante missão e a merecer a confiança dos cidadãos.
O novo diretor nacional da PSP será Luís Carrilho, comandante da Unidade Especial de Polícia. Antes, Luís Carrilho tinha sido chefe do serviço de segurança da Presidência da República e comandante da polícia das Nações Unidas em diversas operações de paz.
Luís Carrilho assume o cargo de diretor nacional da PSP numa altura em
que o Governo está a negociar um suplemento de risco para as forças de
segurança.
Paulo Santos lembra que a PSP atravessa um contexto "muito difícil", não só pelas negociações em curso sobre o pagamento de um suplemento de risco, mas também pela "realidade da PSP", com "mais dificuldades e limitações para cumprir a sua missão" a cada dia que passa.
O presidente da ASPP ressalva que a PSP é uma instituição que "necessita de estabilidade" e que a ministra deve dar uma "explicação cabal" sobre esta alteração.