Em direto
Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

Governo admite vinculação de professores após três contratos

por RTP
João Costa, ministro da Educação Miguel A. Lopes - Lusa

O Ministério da Educação está disponível para vincular professores ao cabo de três contratos, apurou a RTP junto de fonte do Governo. Passaria assim a vigorar o mesmo tempo necessário para vinculação na restante Administração Pública.

Esta é uma das propostas que o Executivo vai levar para a mesa das negociações com os sindicatos de docentes, na semana que agora se inicia. Os próximos dias voltam a ser marcados por greves nas escolas de todo o país, mas também por uma nova "ronda negocial" entre sindicatos e Governo.


O Executivo leva três propostas concretas para a mesa das negociações, segundo fonte do Governo ouvida pela RTP. A novidade está na vinculação.

Por outro lado, a tutela quer ir mais longe na proposta de reconfiguração dos quadros de zona pedagógica. Ou seja, diminuir o tamanho das áreas em que os professores se têm de deslocar para dar aulas.

Vão ser abertos lugares de quadro de escola, em detrimento de outros tipos de vínculo, para fixar os professores em estabelecimentos de ensino concretos.
O primeiro-ministro havia afirmado, no sábado, que era preciso desbloquear estes pontos: "Quem está 15 anos como precário, não é um recurso eventual, é mesmo um recurso para uma necessidade permanente e essa necessidade permanente tem de se traduzir num contrato estável".

"A única forma que nós temos de dar estabilidade à carreira de docente, de reforçar a integração de cada docente na comunidade educativa é, tão cedo quanto possível, fixar à escola onde está e onde deseja prosseguir", vincou António Costa, na intervenção que fez perante a Comissão Nacional do PS.
Semana de contestação
Na próxima semana mantém-se a pressão sobre o Executivo. Além da greve parcial do S.T.O.P., arranca esta segunda-feira a paralisação por distritos convocada pela Fenprof, até 8 de fevereiro.

A greve começa em Lisboa e é acompanhada por concentrações de professores, que culminam na sexta-feira à porta do Ministério da Educação. Dia em que a Federação Nacional dos Professores participa na ronda negocial agendada para esta semana.

Recai agora no ministro das Finanças, Fernando Medina, a responsabilidade de pôr fim aos protestos na educação. Sem avanços nas negociações, os professores e demais profissionais das escolas afiançam que a luta é para continuar.
PUB