Os sindicatos dos funcionários judiciais reúnem-se esta sexta-feira com a ministra da Justiça numa nova ronda de negociações, numa altura em que a classe promete intensificar as greves e protestos caso não haja uma proposta concreta do Governo.
O presidente do SFJ, António Marçal, já afirmou que se nesta reunião com o Governo não houver uma proposta concreta, as greves e protestos serão intensificados, admitindo ações durante a campanha para as europeias.
No início do mês de maio à saída da reunião com Rita Júdice, o presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais falou de um aumento "indigno". Por isso, António Marçal garantiu que os funcionários judiciais regressam à greve às horas extraordinárias já na próxima terça-feira.
“A senhora ministra propôs-nos um aumento atendendo, nas suas palavras, às dificuldades das famílias, do suplemento de 1,66%. Pelas minhas contas, no ordenado base isto dá para uma família de oficiais de justiça compre quatro papos-secos”, afirmou.
Do lado do Governo, fonte do Ministério da Justiça disse que esta primeira proposta foi um sinal de boa fé do executivo, que espera até ao final do ano conseguir resolver os outros problemas apontados pelos profissionais, nomeadamente os aumentos salariais e a revisão do estatuto.