Será que vamos ser substituídos por máquinas? Os robôs podem fazer o nosso trabalho? Estas perguntas serviram de mote para o segundo debate Fronteiras XXI, fruto da parceria da RTP com a Fundação Francisco Manuel dos Santos. Reveja os principais momentos do programa.
Durante 90 minutos, Manuela Veloso, António Moniz, Manuel Carvalho da Silva e João Paulo Oliveira debateram o futuro do trabalho e as suas consequências na vida dos cidadãos.
Este foi o segundo debate Fronteiras XXI, organizado pela RTP e pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.
O programa regressa no próximo mês com um novo debate de atualidade, com os pés no presentes e os olhos postos no futuro. Até lá pode rever aqui os momentos deste segundo programa.
O trabalho de Manuela Veloso
Os robots mais autónomos do mundo foram concebidos nos Estados Unidos por Manuela Veloso.
São uma das faces visíveis de um mundo onde já há máquinas que pensam, observam e executam e que, no futuro, poderão ser carteiros ou auxiliares em lares de idosos.
A evolução do "trabalhador ideal"
O que é um trabalhador ideal e como variam as qualidades que os empregadores procuram nas suas equipas?
Rendimento Básico Universal: uma oportunidade num mundo em mudança
Pode o Rendimento Básico Universal ser uma oportunidade num mundo em mudança?
Em entrevista à RTP, Guy Standing, um dos defensores da instauração de um rendimento básico universal para todos, aponta os benefícios deste tipo de política.
Avisa mesmo que os países devem caminhar nesse sentido para evitar o crescimento dos populismos. Poderá o Rendimento Básico Universal ser uma solução perante o aumento do recurso a máquinas e robôs?
Flexibilização e Requalificação
O Fronteiras XXI está aberto à participação do público através do site www.fronteirasxxi.pt. Mário Peixinho questionou Manuel Carvalho da Silva sobre uma eventual aposta por parte das empresas na flexibilização dos horários de trabalho.
Joana Baptista apelou à experiência de João Paulo Oliveira para questionar o que é melhor para um gestor: requalificar as equipas existentes ou contratar novas.
"Temos de garantir que estes jovens conseguem bons empregos"
A presidente do Grupo dos Trabalhadores do Comité Económico e Social Europeu considera que é preciso encontrar soluções para os mais jovens.
Em entrevista à RTP, Gabriele Bischoff ressalva que a nova geração é "a mais qualificada de sempre" mas não tem oportunidade para mostrar o que vale.
Conhecer as consequências do progresso
O gestor João Paulo Oliveira avisa que, face à velocidade do progresso tecnológico, "devemos estar todos atentos, principalmente os decisores políticos, para os efeitos que vamos ter na sociedade".
Os robôs podem fazer o nosso trabalho?
O sociólogo António Moniz considera que "a tecnologia é construída socialmente" e pode ser levada para uma direção onde é aplicada para substituir postos de trabalho.
“Temos muito desemprego que não tem nada a ver com tecnologia”
Na primeira intervenção no debate Fronteiras XXI, Carvalho da Silva assinalou que “há muito desemprego que não tem nada a ver com tecnologia”, estando relacionado com “opções económicas e políticas”.
“Este caminho é inevitável”
Manuela Veloso considera que “este caminho é inevitável” face ao acumular de dados, sendo por isso necessária "a automatização, o processamento de dados, a inteligência artificial, a ajuda que as máquinas darão aos humanos”.
“Estamos num caminho que é natural. É uma previsão do futuro que está a ser construída por nós, não caiu dos céus ou foi criada pelos marcianos”, explica.
A especialista assinala que, apesar de muitos trabalhos serem substituídos por máquinas, muitos outros trabalhos serão criados. “Olho para o problema e penso: tanto trabalho que ainda vai ter que ser feito”, afirma.
Trabalho e tecnologia: passado, presente e futuro
Será que vamos ser substituídos por máquinas? Os robôs podem fazer o nosso trabalho? Estas perguntas são o mote para o segundo debate Fronteiras XXI, fruto da parceria da RTP com a Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Os convidados de hoje
Começam as intervenções dos convidados na RTP3. Esta noite, os intervenientes são Manuela Veloso, António Moniz, Carvalho da Silva e João Paulo Oliveira.
Manuela Veloso
É uma das maiores referências mundiais na área da robótica. A investigadora portuguesa de 59 anos lidera o departamento de Machine Learning da Universidade de Carnegie Mellon, nos EUA onde dá aulas de Ciências da Computação.
António Moniz
Especialista em Sociologia do Trabalho e das Organizações tem feito investigação sobre o futuro do trabalho e o impacto da robótica na organização interna das empresas. É professor associado de Sociologia Industrial na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (UNL), onde coordena o programa de doutoramento em Avaliação de Tecnologia.
Carvalho da Silva
Esteve 25 anos à frente da CGTP, tornando-se o líder histórico da maior estrutura sindical portuguesa e um especialista nos direitos dos trabalhadores. Manuel Carvalho da Silva, de 68 anos, fez o curso de montador electricista na Escola Industrial de Braga e trabalhou como operário na mesma área. Esteve na Chromolit Portugal e na Electromecânica Portuguesa Preh.
João Paulo Oliveira
É administrador executivo da antiga Portucel, hoje The Navigator Company, empresa nacional de produção e transformação de papel. Durante mais de 25 anos esteve ligado à gigante alemã Bosch: Foi Presidente da Unidade de Negócios de Água Quente do grupo a nível mundial e liderou em Portugal a Bosch Termotecnologia. Neste grupo dirigiu também unidades de negócio na Alemanha, China, Índia e Brasil.
21h55: O futuro do trabalho em debate
Depois dos movimentos populistas, o debate segue para o assunto seguinte: o futuro do trabalho.
O segundo episódio do programa Fronteiras XXI tem como convidados Manuela Veloso, investigadora na área da robótica e professora nos EUA , o sociólogo e professor António Moniz, o ex-dirigente da CGTP Carvalho da Silva e o administrador da antiga Portucel, agora The Navigator Company, João Paulo Oliveira.
O debate é moderado pelo jornalista Carlos Daniel e transmitido em direto na RTP3 a partir das 22h00. Participe nas redes sociais através da hashtag #FronteirasXXI.