A associação Frente Cívica pediu ao Governo para explicar por que razão nomeou Alexandra Reis, atual secretária de Estado do Tesouro, para a TAP "para, oito meses depois, a destituir", de acordo com um comunicado enviado à Lusa.
"O poder de a exonerar, ou promover a sua renúncia, é do acionista. É pois ao Governo que compete explicar por que razão pediu a Alexandra Reis que abandonasse a TAP escassos meses depois de a nomear; e se a sua indigitação para a presidência da NAV fez parte deste acordo de renúncia", lê-se na carta assinada pelo presidente da Frente Cívica, Paulo de Morais, e pelo vice-presidente João Paulo Batalha.
"Sem estas explicações, fica a suspeita de que a atual Secretária de Estado do Tesouro beneficiou, não de um, mas de dois 'paraquedas dourados' – o primeiro com uma indemnização suspeita dada pela TAP; o segundo com nova nomeação para outra empresa pública, dada pelo Governo", referiu.
A associação pediu também a publicação do acordo de renúncia entre Alexandra Reis e a TAP, pretendendo ainda que o ministro esclareça se "à data da renúncia de Alexandra Reis, já tinha sido discutida, formal ou informalmente, a sua nomeação para a NAV" e que "condições objetivas faziam da gestora em causa uma má escolha para a Administração da TAP, mas uma boa escolha para a Administração da NAV".