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Notas nos exames nacionais. Fosso entre escolas públicas e colégios é menor

por Antena 1

Lusa

As notas nos exames nacionais desceram mas os resultados dos alunos das escolas públicas estão mais próximos dos colégios. A conclusão é do ranking das escolas, que mostra outras tendências: é cada vez menor o fosso que separa os estudantes mais carenciados dos restantes e há cada vez menos alunos a reprovar ou a desistir dos estudos.

Os dados fornecidos pelo Ministério da Educação e trabalhados pela agência Lusa mostram ainda que, nas escolas profissionais, a maioria dos estabelecimentos conseguiu que pelo menos metade dos alunos terminasse o curso no tempo esperado. Ainda assim registam-se desistências.

As escolas privadas continuam a dominar o topo da tabela das médias nos exames, mas nos últimos dois anos letivos, como resposta ao impacto da pandemia, os exames nacionais deixaram de contar para o cálculo da nota final das disciplinas, servindo só para acesso ao ensino superior.

As escolas públicas continuaram a comunicar ao ministério da educação as notas que os professores dão aos alunos em cada disciplina, mas os colégios já não têm essa obrigação, revela o jornal Expresso.

Ou seja, o Ministério deixou de ter acesso às classificações internas das escolas privadas, perdendo assim controlo sobre uma possível inflação de notas.

Três colégios e três escolas públicas foram este ano letivo alvo de 12 processos disciplinares relacionados com a atribuição de notas. Em causa a alegada falta de rigor na aplicação dos critérios de avaliação das disciplinas do ensino secundário.

Em declarações ao Expresso, o responsável pelo organismo que produz todas as estatísticas da educação, Nuno Rodrigues, admite que neste momento não há forma de controlar o fenómeno de inflação de notas nas escolas privadas.
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