Fogo em Penafiel que ameaçou casas em fase de rescaldo

por Lusa

O incêndio que lavra em Penafiel, no distrito do Porto, desde segunda-feira e que chegou a pôr casas em risco, na última noite, entrou em fase de rescaldo, disse à Lusa fonte da proteção civil.

Segundo a fonte, o incêndio começou na zona das Termas de São Vicente, atingindo grande intensidade, evoluindo para territórios vizinhos. No terreno encontravam-se ainda, pelas 17:30, 53 bombeiros e 15 viaturas.

Também em Penafiel, na zona de Capela/Lagares, outro incêndio rural preocupa os meios da proteção civil devido à velocidade de propagação, provocada pelos ventos fortes, que está a acontecer em direção ao concelho vizinho de Paredes.

Neste caso, porém, não há ainda residências em risco, porque as chamas consomem zonas de mato.

Ainda em Penafiel, noutra extremidade do concelho, deflagrou por volta do meio-dia, em Abragão, um incêndio nas proximidades de habitações.

A proteção civil local queixa-se que os meios de combate são insuficientes para tantas ocorrências em simultâneo.

Pelo menos sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo a região norte e centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real e Viseu, destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas, como a A1, A25 e A13.

As mais recentes vítimas são três bombeiros que morreram hoje num acidente quando se deslocavam para um incêndio em Tábua, distrito de Coimbra.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que na região norte e centro, atingida pelos incêndios desde o fim de semana, já arderam 47.376 hectares.   

Hoje, cerca das 17:30, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registava 180 ocorrências, envolvendo mais de 6.300 operacionais, apoiados por 1.900 meios terrestres e 39 meios aéreos.

O Governo alargou até quinta-feira a situação de alerta devido ao risco de incêndios, face às previsões meteorológicas, e anunciou a criação de uma equipa multidisciplinar para lidar com as consequências dos fogos dos últimos dias, coordenada pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, que teve hoje a sua primeira reunião em Aveiro.

 

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