Uma casa de primeira habitação de um emigrante na Suíça foi destruída, na localidade de Moitas, pelo incêndio que deflagrou na sexta-feira no concelho de Castelo Branco e que progrediu para Proença-a-Nova.
"Trata-se de uma casa de madeira que é propriedade de um emigrante na Suíça. O senhor já tinha regressado definitivamente [às Moitas], mas o antigo patrão pediu-lhe ajuda e ele deslocou-se novamente à Suíça e tem o regresso marcado para setembro", afirmou hoje, à agência Lusa, o presidente da Câmara de Proença-a-Nova João Lobo.
O autarca adiantou ainda que o emigrante vive sozinho e que a Câmara Municipal vai apoiá-lo.
"Trata-se de um caso prioritário porque é uma primeira habitação. Vamos dar nota dos danos ao Governo e pedir apoio", afirmou.
O incêndio deflagrou na tarde de sexta-feira, na localidade de Carrascal, Santo André das Tojeiras, concelho de Castelo Branco, e progrediu para o concelho vizinho de Proença-a-Nova, e entrou no domingo em fase de resolução.
De acordo com o segundo comandante Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo, José Guilherme, o perímetro do incêndio ascende a cerca de 60 quilómetros, tendo ardido 7.000 hectares de um potencial "para cerca de 20.000 hectares", referiu.
Este responsável adiantou ainda, à agência Lusa, que o incêndio provocou um total de 14 feridos ligeiros.
Destes, oito feridos foram assistidos no teatro de operações e seis (quatro bombeiros, um civil e um militar) foram transportados para o hospital, sendo que todos já tiveram alta.
Face ao fogo, os municípios de Castelo Branco e Proença-a-Nova ativaram, no domingo, os seus planos municipais de emergência e proteção civil.
"Quer Proença-a-Nova, quer Castelo Branco, declararam estado de alerta e tem os planos de emergência municipais ativados. Solicitamos ainda a declaração de calamidade pelo Governo", afirmou João Lobo.
O autarca sublinhou ainda que a zona balnear de Cerejeira se encontra temporariamente encerrada e, na Serra das Talhadas, todos os percursos pedestres (PR3, PR6 e etapas 5 e 6 da Grande Rota da Cortiçada), percursos de Enduro BTT e Via Ferrata, se encontram desativados até serem repostas as condições para a sua prática. Também o PR1 na zona da Moita foi afetado.